sexta-feira, 14 de outubro de 2011

N9 em pré-venda no Brasil



O N9, o primeiro e último aparelho comercial da Nokia com o já finado sistema Meego (sem considerar o N950, que é só para desenvolvedores), não é exatamente um produto na qual a Nokia esteja apostando suas fichas. Já foi dito que não será lançado em muitos mercados importantes, incluindo os EUA. Como falei neste post anterior, o N9 provavelmente foi lançado apenas porque já estava tudo pronto para isso antes da decisão de abraçar o Windows Phone 7 de vez, e seria mais caro desistir.

Agora recebo hoje um email da Nokia oferecendo o N9 em pré-venda no Brasil, por R$ 1.699,00. No email não é sequer citado que o sistema operacional é o Meego. Nem esta é uma das informações mais visíveis na página da loja. Tem que entrar em "descrição completa" e descer até "software e aplicativos". Quer dizer, o maior diferencial do produto, aquilo pelo qual muitos esperaram, agora é um ponto a ser quase escondido.



Me pergunto quem pagará 1,7K para ter "uma curiosidade" destas. Por mais que o hardware e o próprio sistema operacional sejam bons, eles estão isolados no tempo e no mercado, sem quantidade suficiente de apps na loja, sem perspectiva de continuidade, sem parcerias com desenvolvedores, em resumo, sem tem o tal "ecossistema" que o Elop quer buscar no WP7. Tenho certeza que ainda assim existirão alguns interessados no N9 pelo mundo, mas ao que parece nem tantos. Ter vindo para o Brasil em pouco tempo pode significar que está sobrando estoque. Apenas lembrando que o antecessor do N9, o N900 (com o sistema Maemo, o pré-Meego) demorou mais de um ano depois do lançamento mundial para chegar por aqui, e quando finalmente veio foi com português de Portugal. Ou a Nokia agora está levando nosso mercado mais a sério como consumidor de produtos high end, ou está sobrando N9 por aí. Você escolhe.

Revendo a foto do N9, confirmo minha impressão original de um excelente design, ressaltando a ausência total de botões frontais (meu N900 já não tem, só que ele não tem este visual tão "limpo"). As especificações também são tentadoras. Eu até pagaria "alguma coisa" para tê-lo como (mais um) aparelho secundário, só que não por 1,7 mil, o preço de um smartphone "com ecossistema" :-). Diante da situação atual do Meego, não sei exatamente qual seria o preço justo.

Ao que parece o N9 é um bom aparelho, mas ficou meio perdido no limbo de mercado, o que é realmente uma pena. O Meego é que poderia ser a terceira opção, e não o WP7. A quem devo culpar por isso? Resta esperar que o Tizen algum dia se torne a nova terceira (ou quarta) opção em sistema de smartphones.

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