O Linux está bem estabilizado no mercado, está dentro do Android, na maioria dos servidores Web, e nos desktops continua pelo menos vivo. A Canonical continua desenvolvendo um sistema usável pelo consumidor comum, o Ubuntu, e que agora já tem até Steam em fase beta (apesar das objeções do Stallman, é um dos produtos que mantém o linux visível neste segmento dos PCs). Mas como chegamos a esta situação? O Linux é apenas um kernel, o que instalamos nos nossos PCs são as distribuições (ou 'distros'), como o próprio Ubuntu por exemplo. Mas desde o início do Linux muitas distribuições começaram, algumas terminaram, com diferentes graus de influência no sistema como um todo.
No Brasil, tivemos algumas iniciativas de distros relevantes mundialmente, como a Conectiva, que tinha foco comercial mas acabou sendo comprada por uma multinacional, e diversas distros comunitárias. Entre elas a mais conhecida talvez tenha sido a Kurumin. Esta distribuição, que era desenvolvida pelo Carlos Eduardo Morimoto, no momento está descontinuada (página dela com o status no site DistroWach). Mas sua contribuição histórica permanecerá.
Fui usuário do Kurumim por vários anos, seguindo o sistema por dezenas de versões. Ainda tenho alguns live CDs, de fases bem diferentes, os que não regravei. E foi com pesar que soube do seu fim, muito embora para ser sincero, neste tempo já tinha me tornado usuário do Ubuntu por conta da estabilidade e atualizações (foi mal de novo, Stallman, e pior, também uso Windows...). Realmente não dá pra competir com uma distro comercial quando o objetivo é uso prático no dia-a-dia, ver tudo funcionando rápido e com o mínimo de trabalho. Mas para o desenvolvimento do software livre e da capacitação técnica do País, acho necessário estas distribuições mais abertas e comunitárias, justamente para que os interessados possam abrir, mexer, experimentar, enfim, botar a mão na massa.
Para não deixar passar em branco a existência desta distro aqui no blog, e também para dar meu incentivo a este tipo de trabalho, resolvi fazer este post relembrando o Kurumim. Aproveito para anexar abaixo uma entrevista com o criador do Kurumim, o Carlos Morimoto, que achei no Youtube (atenção, embora me pareça óbvio, a entrevista não foi feita por mim, todos os créditos ao dono do canal do Youtube!), revendo este vídeo se pode entender melhor os aspectos que citei acima. Parabéns ao Morimoto e a todos que participaram do Kurumim.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
História do Linux: O Kurumin
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