sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Raspberry Pi: Da instalação ao primeiro boot

Recebi meu primeiro Raspberry Pi ontem, trazido por um amigo direto do Reino Unido (valeu Luiz!), e não esperei para montá-lo no case e instalar o sistema. O processo todo tomou uma meia hora no total, e ocorreu sem nenhum contratempo. Este post serve para dar uma visão geral da instalação, o que pode tranquilizar quem talvez se interesse pelo PI, mas também como tutorial prático para uma instalação rápida. Abaixo a caixinha onde vem o Raspberry, comparada em tamanho com uma lapiseira.






Passo 1: O case
Este passo é obviamente opcional. O Raspberry PI é vendido sem case, apenas a plaquinha. Mas eu não gostaria de deixá-lo totalmente desprotegido, e pedi para comprar um case qualquer também. O modelo que veio, escolhido por este mesmo amigo citado antes, foi uma bela surpresa, pois além de funcional e prático, também é muito bonito. A beleza do projeto não está apenas no acrílico transparente, mas no fato da montagem ser apenas por encaixes, extremamente precisos, sem uso de cola, pressão, etc. o conjunto no entanto é feito para ficar em repouso em uma mesa, e não para transporte. Solto em uma mochila, provavelmente este case voltaria ao estado original, ou seja... desmontado. As 6 peças de acrílico são montadas em torno da placa na ordem certa e, pronto, o PI está devidamente protegido. Sugestão: compre logo um case para o seu Raspberry PI, é barato e muito útil.



Passo 2: Instalando o sistema no SD
É bom estar previnido de que o Raspberry Pi vem sem o cartão SD no qual é instalado o sistema operacional. É necessário um SD de pelo menos 2 Gb. Atualmente estas memórias são muito baratas, mas o pior é que atualmente eu já quase não uso estas memórias (nuvem...), ultimamente fui me desfazendo de todas, e demorei para finalmente achar um chip de 2 Gb em um celular Nokia antigo. Sorte, senão teria que passar mais um dia sem instalar o sistema. Atualmente existem diversas distros que rodam no Pi, mas para começar e evitar problemas, coloquei a padrão que está no site. Vamos detalhar o passo 2, supondo uso de um computador com Windows para gravar a imagem dos sistema no SD (o caso mais comum hoje em dia).



2.1 Nesta página:
http://www.raspberrypi.org/downloads
Procure o link para baixar o arquivo:
2012-09-18-wheezy-raspbian.zip

2.2 Depois baixe o velho conhecido aqui do blog:
 Win32DiskImager

2.3. Descompacte o arquivo ZIP  do passo 2.1, obtendo a imagem (de extensão . IMG)

2.4. Descompacte o arquivo ZIP do passo  2.2, obtendo uma pasta com o programa Win32DiskImager

2.5. Conecte uma memória SD (ou micro SD com o adaptador) no PC. Para conectar à porta USB do PC, será necessário um outro adaptador, como o da foto abaixo. Espere o Windows reconhecer o disco removível. Note que todo o conteúdo do cartão SD será apagado!



2.6. Execute o Win32DiskImager, escolha o arquivo de extensão .IMG obtido no passo 2.3 e escolha a unidade do cartão SD, e então clique em "Write", espere terminar e a mensagem de gravação com sucesso.

Mais detalhes sobre a gravação da imagem do sistema aqui:
http://elinux.org/RPi_Easy_SD_Card_Setup

Passo 3: Coloque o cartão SD com o sistema gravado no slot do Raspberry PI.
O encaixe é bem suave, não precisa fazer força.

Passo 4: Conecte a fonte e os periféricos
Será preciso uma fonte de 5 V com conector micro-USB, um teclado e mouse USB, e um monitor ou TV.
Como fonte utilizei um carregador antigo de um smartphone Motorola Dext. Não conecte a fonte na energia ainda. O pequeno folheto que acompanha  a placa diz que esta fonte precisa fornecer mais de 700 mA. Como monitor usei uma velha TV CRT de 14"com entrada de video composto. A imagem não pode ficar muito boa, mas quis verificar até que ponto seria viável o uso do hardware mínimo. Funcionou, mas é preciso que se diga que não fica bom, o que já era esperado, mas é uma alternativa, na falta de outra. A forma de conexão é obvia, só recomendo cuidado com o conector micro-USB da fonte, que me pareceu um tanto frágil.



Passo 5: Conecte a fonte em uma tomada, filtro de linha, etc.
O sistema deve inicializar, mostrando a tela abaixo.


Toda esta montagem foi realmente simples e sem nenhum contratempo. Ao seguir o procedimento acima o usuário estará com a parte de hardware resolvida, e pronto para explorar o sistema e as facilidades de programação. Comprovei que o projeto é muito bem pensado, e atende à proposto de ser extremamente acessível, e não apenas quanto ao preço. Espero voltar a falar do Raspberry Pi aqui no Blog.




Para quem começar a explorar o sistema, um link interessante é o curso

Baking Pi - Operating Systems Development

da universidade de Cambridge.

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