Um retrospecto pessoal por 30 anos de upgrades em placas de vídeo para PCs, a evolução tecnológica, os erros, acertos, alegrias e decepções, seguido por uma especulação sobre o futuro deste componente.
Meu primeiro PC, que montei em 1987, tinha uma
placa CGA , e o objetivo dessa placa naquela montagem era apenas mostrar alguma saída na tela, pois não havia vídeo integrado em placas mãe como opção. A verdade é que essa placa CGA era um grande retrocesso em relação à qualidade de vídeo do computador de 8 bits que eu tinha antes, um MSX. Mas o meu objetivo com o PC não era jogos e nem haviam outros usos de entretenimento viáveis para um PC, como assistir vídeo por exemplo. Não haviam drives de DVD, nem de CD, nem mp3, nem interface de usuário gráfica como o Windows. A interface com o sistema operacional era um prompt na linha de comando. E mesmo os jogos de PC eram na maioria curiosidades toscas quando comparados com outras plataformas, como o MSX já citado (que eu tive que vender para comprar o PC) e mesmo consoles de 8 bits. Com o PC eu queria basicamente poder programar e ter acesso a uma tecnologia de futuro, e consegui. Então qualquer adaptador de vídeo servia.
(foto 1: uma placa CGA, esta feita pela ATI. A minha era parecida, mas sem marca e "importabandada" de algum país asiático)
A CGA era a placa mais padrão, o mínimo, embora já existissem padrões de adaptadores de video melhores (o EGA, o sucessor da CGA, e o Hercules, que era monocromático mas tinha mais resolução que o CGA, e depois o VGA), todos com mais resolução, ou mais cores, ou ambos. Eu já era um entusiasta de tecnologia, então mesmo não sendo um jogador hardcore a cobiça por mais qualidade de vídeo existiu para mim desde sempre. Quem tiver a curiosidade de
ler o link da Wikipedia verá como o CGA era super limitado, sequer justificava comprar um monitor colorido. Então durante um bom tempo praticamente desisti de jogar no PC (e qualquer outra plataforma), fora algumas exceções. Sendo um jogador casual eu jogo quando dá e quando é conveniente, mas no pouco tempo em que estou jogando quero ter uma boa experiência, ou simplesmente prefiro ir fazer outra coisa. A partir daí começa uma jornada sem fim, até agora, em busca da melhorias de vídeo. O grau de exigência subindo a cada geração, aparentemente sem limites, e é impressionante comparar a CGA inicial com a minha atual GTX 1080, e visualizar toda a escalada de upgrades entre estes dois pontos. Este é um relato pessoal, resumido e comentado dos meus próprios upgrades em placas de vídeo ao longo de 29 anos, e no final, uma especulação do que se pode esperar em termos de evolução futura nesse setor.