A falta de processadores Intel mainstream, especialmente os de sétima geração como o Core i7 8700K e outros semelhantes, muito usados para montagem de PCs domésticos para jogos, explicitou uma realidade da produção dos componentes eletrônicos que normalmente passa despercebida para os consumidores. Desde o início dessa "crise" a Intel relatou apenas dificuldade de atendimento da demanda, devido ao aumento do mercado gamer e do setor de servidores. O aumento da computação em nuvem é um tendência forte que não deve arrefecer tão cedo. A Intel é uma empresa enorme, e uma das poucas marcas de semicondutores que mantem fábricas próprias. Ainda assim sua capacidade de produção não é infinita. Com isso da Intel é obrigada a tomar decisões comerciais difíceis, priorizando o que gera mais lucro, neste caso, as linhas de processadores para servidores e workstations. O valor unitário destes chips é muito superior ao de um processador mainstream. E um efeito até previsível é que o valor de mercado destes últimos também aumenta, pelas leis de mercado, pelo aumento da demanda.
Esta notícia se liga a outro dado, a de que o mercado de infraestrutura como um todo no Brasil está em expansão, demandando entre outras coisas, mais servidores, e mais processadores para eles. E muito provavelmente, não apenas aqui no Brasil, segundo o relato da própria Intel. Os serviços em nuvem, de compartilhamento, redes sociais, streaming e etc. visivelmente ocupam cada vez mais espaço na nossa realidade tecnológica, no mundo todo.