sábado, 28 de abril de 2007

Presidente do Equador defende o uso de software livre no YouTube

rafael-correa.jpg

Em um vídeo de aproximadamente um minuto e meio no YouTube, o presidente do Equador, Rafael Correa Delgado, defende o uso do software livre nos países latino-americanos, para uso público e privado:

http://www.youtube.com/watch?v=59PyU_7iqaU

Segundo ele, a adoção do free software poderá tornar a América Latina uma produtora de tecnologia, e não apenas uma consumidora, por não depender de "forças externas" à região. Rafael declara que o software livre é uma política de seu governo. Isto nos lembra o próprio governo brasileiro a alguns anos atrás, com uma iniciativa similar, aparentemente bem intencionada, mas que por falta planejamento mais concreto acabou se esvaziando. Fico torcendo para que os equatorianos sejam mais determinados.E aproveitando a sua estada no YouTube, um pequeno vídeo, ainda sobre o tema do software livre, com Richard Stallman defendendo o compartilhamento de código:

http://www.youtube.com/watch?v=JYEj_6XUSR4&NR=1

Então, vamos "Todos a utilizar software libre!"

sexta-feira, 27 de abril de 2007

WEEE Man: O que poderia ser feito com o lixo eletrônico de uma vida?

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Já pensou na quantidade de lixo eletrônico que você já produziu e produzirá ao longo de toda a sua vida? Quantos PCs foram comprados e descartados? Quantas TVs, impressoras, e todo o resto? Boa parte destes equipamentos são inutilizados muito antes do fim da sua vida útil, por já existirem modelos mais sofisticados. Alguns deles talvez não sejam aceitos nem de graça, e irão para o lixo mesmo. Quando joguei meu IBM-PC XT fora, que por sinal ainda funcionava, não creio que alguma escola carente pudesse fazer algum uso dele. MS-DOS? O que é MS-DOS? Que instituição ou pessoa vai querer um 386 que só roda Windows 3.11?

A RSA (Royal Society for the encouragement of Arts, Manufactures & Commerce), uma organização britânica sem fins lucrativos ( http://www.rsa.org.uk/ ) achou uma forma criativa de demonstrar o impacto do consumo destes equipamentos ao longo de uma vida, o e-waste. Um de seus projetos é o WEEE Man (waste electrical and electronic equipment -WEEE), que representa uma figura robótica, de 3.3 toneladas e 7 metros, construída apenas com o lixo eletrônico a ser descartado por um cidadão britânico médio ao longo de toda a sua vida. E que provavelmente é equivalente a de um brasileiro de classe média-alta típico. Veja mais fatos em:

http://www.weeeman.org/html/impact/facts.html

É interessante que nas contas para esse lixão estão 8 CPUs... eu já "gastei" muito mais que isso ... ok, mas compensei economizando em outros itens... :-) ... A solução para este problema poderia ser simplesmente parar de consumir estes produtos. Tudo bem, se o resto do mundo parar eu paro também ... Outra, menos radical, poderia ser pensar em meios mais apropriados de descartar e reciclar estas peças, bem como dar preferência a equipamentos produzidos com menos teor de metais pesados tóxicos, como chumbo, cádmio e mercúrio. Já existem componentes para PCs com algum logotipo "verde", indicando estarem livres de metais mais tóxicos, ou que gastem menos energia. Pense em tudo isso no momento do seu próximo upgrade... :-) O site

http://www.weeeman.org/

inclui também uma ferramenta para calcular o seu impacto pessoal.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Exército americano está avaliando WiMax para uso militar

Um centro de pesquisa e desenvolvimento do exército dos EUA ( Communications Electronics Research & Development Engineering Center - CERDEC) vai passar alguns meses avaliando o protocolo Mobile WiMax (ou IEEE 802.16e) para um possível uso militar. O centro estará testando a performance desta tecnologia em ambientes de combate, tanto em estações fixas como móveis. A Samsung deverá estar fornecendo os equipamentos para os testes.

A tecnologia WiMax (Worldwide Interoperability for Microwave Access ) especifica redes sem fio para longas distâncias, de mais de 100 Km, ao contrário do conhecido Wi-Fi, já comum na maioria dos notebooks atuais, que é voltado para curtas distâncias, ou seja, redes locais sem fio, na faixa de dezenas de metros. A taxa de transmissão do WiMax pode chegar a 70 Mbps, o que a torna opção para banda larga metropolitana. Além disso, na versão "mobile", poderá funcionar também com as estações em movimento, o que parece ser uma das características que interessam aos militares, para postos avançados ou missões de reconhecimento.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

TAM é mais uma empresa brasileira no Second Life

tam-airplane.jpgMais uma empresa investindo no mundo virtual. Agora é a TAM, que também  operará vôos virtuais para as ilhas Milão, Paris, Inglaterra e Nova York (ilhas do Second Life com esses nomes). A  empresa manterá também um lounge virtual, onde poderão ocorrer festas e outros eventos. E no mundo virtual serão mantidos também  funcionários da empresa para tirar dúvidas sobre os vôos reais.

A TAM deve estar lutando para ser a primeira em alguma coisa, depois da arrancada extraordinária da concorrente Gol nos últimos anos. Resta saber se os overbookings e o caos aéreo vão se reproduzir no mundo virtual também, ou se pelo menos virtualmente este problema será resolvido. Seja como for, no second life a falta dos aviões não seria tão grave, bastando “apelar” e voar por conta própria… (ou melhor,  pra que aviões num mundo onde se pode voar sozinho?). Mas o melhor mesmo seria ver a empresa investindo menos em marketing virtual e mais para resolver a sua parcela nos problemas  que o setor transporte aéreo vem passando … -)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

HD externo de 1 Tb da Simpletech

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A poucas semanas registramos  no site TechnewsBR (www.technewsBR.com) a quebra da barreira de 1 Tb para HDs comuns de PC.  Agora podemos anunciar mais um produto a passar por ela, desta vez um HD externo USB. Fabricado pela SimpleTech, o SimpleDrive External possui interface USB 2.0, botão de backup e design  de grife (estudios Pininfarina, responsáveis por diversos carros esporte, como a Ferrari).

Para ambientes domésticos, os HDs externos são uma opção bem prática de backup. No meu caso não vejo outra viável, pois DVDs/CDs são pequenos  demais e pouco práticos, além de lentos, e as outras opções também ou são pequenas demais (pendrives, por ex.), ou são caras demais (fitas DLT, por ex.). Em geral compro cases e coloco HDs normais de desktop. Já os mais abastados podem se dar ao luxo de comprar esses com design italiano aerodinâmico... :-)

Confira abaixo mais algumas especificações do simpleDrive:

Slim, compact & stylish (designed by Pininfarina)
Hi-Speed USB 2.0
One-Click™ backup button
Built-in capacity meter
Plug n' Play and Hot-Swappable
Free and unlimited technical support

Fotos:
http://www.myfabrik.com/presskit/public/media/6FAD9172B5C2D258#layerTop
(O modelo de 1 Tb é o cinza metálico).
Press-Release:
http://www.simpletech.com/company/news/3.php

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Placas mãe da XFX para Intel

xfx-nforce-680i-sli-intel.jpg

A XFX, tradicional fabricante de placas de vídeo, é mais um concorrente no seleto mercado de placas top de linha. Baseada no chipset 680i SLI, da nVidia, para processadores Intel socket LGA 775, a nova placa mãe da XFX é voltada para máquinas de alto desempenho e jogos. Veja na foto, o tradicional verniz preto, utilizado para caracterizar este segmento de mercado. O chipset SLI permite escalabilidade da performance gráfica, permitindo combinar multiplas placas de vídeo. Esta placa da XFX possui dois slots PCI-E 16X.Algumas especificações:

Chipset:
NVIDIA nForce 680i SLI MCP Chipset
Supported CPUs:
Intel Core 2 Extreme (dual and quad core), Core 2 Duo, Core 2 Quad, Celeron D, Pentium 4, Pentium 4, Pentium D 9XX, Pentium D 8XX


Front Side Bus:
1333 MHz with supporting CPU
System Memory:
Dual Channel DDR2 533/667/800


Audio:
8-Channel High Definition Audio
RAID:
0,1,0+1,5


SATA/PATA Drives:
6/2
Mais informações no site da empresa:http://xfxforce.com/web/home.jspa?set_locale=pt_BR

sábado, 14 de abril de 2007

Análise: Command & Conquer 3: Tiberium Wars - Parte I : Primeiras impressões

cc3_wallpaper9_preview.jpg

Depois de jogar estratégia em tempo real (RTS-Real time strategy) por mais de 10 anos, vinha me sentindo um tanto órfão de um jogo de estratégia ao qual me dedicar. Mas como? Existem dezenas de títulos a venda, vários lançamentos recentes, e alguns deles ótimos. Concordo. No entanto, por questões de gosto pessoal, impliquei com alguns deles. E outros que eu gosto, não se tornaram populares o bastante para gerar uma massa de oponentes considerável na Internet, já que o meu objetivo final é o modo multiplayer online. Outros jogos que eu gosto não foram lançados no Brasil, como as últimas duas expansões do "Dawn of War" e o "Company of Heroes". Pois bem, o recente lançamento do Command & Conquer 3: Tiberium Wars (28 de março de 2007), é mais uma esperança de encontrar o próximo jogo que poderá me acompanhar por alguns anos como "RTS principal", ou seja, aquele RTS que eu tento aprender mais, e talvez me aventurar no modo online.

A série C&C é antiga, mas entretido que estava com outros tantos RTS muito bons, não tinha tido até agora a oportunidade de conhecê-la. É desenvolvida pela EA (Eletronic Arts), a mesma que fez "Battle for Middle Earth II" (BFME2) e sua expansão "Rise of the Witch King", dois jogos que considero também de ótima qualidade. Quem conhece estes dois jogos, vai notar algumas semelhanças, embora todos digam que a franquia C&C tem uma identidade própria. Talvez o conhecimento do C&C é que tenha sido utilizado na produção do BFME2. Mas de qualquer modo, é certo que Tiberium Wars cria um universo próprio, que vai sendo detalhado e expandido a cada lançamento.

O jogo é vendido aqui no Brasil em duas versões. A "standard" e a "Kane edition", a versão de colecionador. Kane é um personagem do enredo do jogo, e foi homenageado na versão mais cara. Quem comprou BFME2 já sabe o que esperar da versão de colecionador, pois este jogo foi lançado apenas nesta edição. Um DVD com making of, desenhos artisticos, e outros extras, além de conteúdo adicional no próprio jogo, neste caso mapas. Na minha opinião a edição de colecionador seria recomendada apenas para quem é muito fanático pela franquia C&C, ou tem problemas de excesso de dinheiro. A diferença de preço entre as duas está em torno de 40,00, ou seja, 94,00 ou 135,00. A EA vem fazendo essas versões "de colecionador" para muitos dos seus jogos, como o "Need for Speed Carbon", ou o já citado BFME2. Só que no BFME2 eles devem ter concluído que o mercado para as duas versões era pequeno e colocaram a de colecionador pelo preço da edição normal, em torno de 100,00. Minha opinião: já que a falta de DVD de extras e conteúdo especial não deveria impedir a diversão completa do jogador, mesmo porque a standard também não é barata, eu recomendo ir de standard, nem que seja pra dar um voto para a EA que essas versões de colecionador são uma enrolação.

Voltando ao jogo, a midia de instalação é em DVD, o que é ótimo para facilitar o processo, mas exclui quem não tem drive de DVD. Acho que demoraram até demais a perceber que um drive de DVD está hoje muito barato e popular (aproximadamente o preço do próprio jogo!). A apresentação do material do jogo está no padrão dos demais jogos da EA. A embalagem tem um projeto gráfico simples, mas atraente (eu normalmente guardo todas as caixas de jogos). O manual, embora sempre muito resumido, também é o esperado. E parece que aboliram de vez as caixas de plástico rígidas para o DVD, o que dificulta o manuseio e a conservação da mídia. O processo de instalação também padrão da EA. Quem quiser pode se adiantar e já instalar o patch, que já está na versão 1.04! Para variar, tive problemas para baixar o patch em jogos da EA. O download de dentro do jogo não funcionou. Achei o arquivo na pagina oficial do jogo, mas o download da versão em inglês também dava erro. Acabei arranjando o arquivo no site 3dgamers.com. Muitos jogos da EA apresentam estes tipos de problema. Deveriam olhar com mais cuidado isso. Eu insisti em obter o patch logo para poder testar e avaliar o modo multiplayer, pois para entrar online ele é obrigatório.

Jogo instalado e atualizado, vamos jogar. Estranhei a demora no processo de carregamento inicial. Mas antes vamos aos requisitos MÍNIMOS: 512 Mb de RAM para o XP, 1 Gb de RAM para o Vista (sim, é o primeiro jogo que vejo citar o Vista na caixa). Processador de no mínimo 2 Ghz para o XP e 2.2 para o Vista, placas de video GeForce 4 para cima (ou equivalentes da ATI) para o XP ou Gerforce 6100 para cima para o Vista. É interessante! Os requisitos mínimos para o Vista são todos um pouco maiores, com exceção da memória, que é o dobro, o que comprova o que tenho sustentado nos ultimos tempos, ou seja, que para as máquinas atuais, o Vista vai gerar perda de performance. Em outras palavras: para rodar O MESMO jogo, COM A MESMA qualidade mínima, preciso de uma máquina melhor no Vista. Mas o fato é que ninguém vai querer, por gosto próprio, rodar um jogo desses com os requisitos mínimos. Não recomendo mesmo (a não ser para os fanáticos pela série C&C que não podem mesmo comprar outro PC agora, pois esses ninguém vai conseguir convencer do contrário...). A máquina de testes utilizada nesta análise é um Pentium 4 de 3.0 Ghz, 2 Gb de RAM DDR 400 Dual Channel, video GF 7800GS e discos SATA. Não é nenhuma máquina top para os dias atuais mas está bem acima das especificações mínimas. Por isso estranhei o tempo grande de carregamento inicial.

Felizmente, não observei outras lentidões durante o jogo. Começando pelo tutorial. Que é muito curto. Ou o jogo é muito simples, ou o tutorial só fala mesmo o básico. Mas a campanha geralmente é uma extensão do tutorial, então isso não chega a ser um problema. E tem mais: tutorial longo é chato, pois ao comprar um jogo se está com vontade de começar logo a jogar. A interface é realmente simples e intuitiva, e bem funcional. E isto é dito por um recém chegado na franquia C&C. Os painéis de comandos e minimapa ocupam pouco a tela, deixando mais espaço para a visualização da ação. O jogo adota o modelo mais atual de agrupamento de unidades de infantaria. As edificações são preparadas antes de serem posicionadas. Depois de prontas podem ser colocadas de uma vez só. Mas tal como o Dawn of War, deve ser respeitado um perímetro em volta da base. A economia se baseia em energia e mineração de Tiberium. Neste ponto é apenas um pouco mais complexa que o Dawn of War, já que a mineração requer um transporte coletor. Seja como for, pouca economia, privilegiando o combate.

Terminado o tutorial, sem nenhuma dificuldade, vamos a um jogo 1x1 contra o PC (skirmish). Com oponente IA no modo easy, sem handcap, sou derrotado em poucos minutos... Vamos ao multiplayer, apenas para testar. Quem acabou de perder para um PC no easy não tem a menor chance contra um jogador humano. E perdi mesmo. Mas descobri que a conexão é fácil, mesmo estando conectado atrás de modem DSL configurado roteador e com NAT, sem precisar de nenhuma configuração de redirecionamento de porta. Um problema que eu tinha com o BFME2, que só funcionava em modo bridge e com IP válido. E descobri tambem que é rápido achar partida online, um ponto, que pelo menos para mim, é essencial para um jogo se tornar o meu "RTS principal".

E por agora é interessante lembrar que o C&C3 foi eleito para ser uma das modalidades oficiais do WCG 2007, o que é mais de um motivo para se examinar este jogo mais de perto. Na próxima parte desta análise exploraremos mais de perto o C&C3: Tiberium Wars.

Atualização: já está disponível a segunda parte desta análise:

http://gaetati.wordpress.com/2007/05/08/analise-command-conquer-3-tiberium-wars-parte-ii-explorando-o-jogo/

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Análise: Notebook HP Pavillion dv6120BR

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Faz alguns anos que eu me deparo com anúncios de notebooks voltados para entretenimento e para jogos. Sempre me pareceu uma barra forçada pelos fabricantes de notebooks para vender algumas unidades a mais para os usuários domésticos. E porque? Porque atualmente notebook e entretenimento simplesmente não parecem casar bem, não combinam. Por entretenimento hoje em dia pensamos comumente em músicas, videos e jogos. Para músicas seria interessante uma placa de som de alto nível e um bom conjunto de caixas de som, mas isso não faz parte de um notebook, que provavelmente nem virá com as saídas digitais e 5.1 (algumas motherboards top tem saidas 7.1, como a minha MSI K8N-Neo2 Platinum). DVD qualquer PC toca, mas para ver com conforto hoje em dia, se imagina logo uma tela grande. E colocar telas grandes em notebooks (17' ou mais) já foi feito, mas com isso se perde a principal característica de um notebook, a portabilidade. Para mim telas maiores que 15" em notebooks é uma distorção. E por fim, na área dos jogos, um ingrediente fundamental é a placa de vídeo de boa performance. E essas placas atualmente sâo conhecidas por duas coisas alem de gerar frames e polígonos em alta velocidade: consomem muita energia, que poder ser uma parte significativa de toda a energia gasta pelo PC (o motivo daquela ligação direta à fonte que toda placa de alto nível tem), e geral MUITO calor, que é compensado por coolers grandes, coloridos e bem decorados, que podem ocupar o espaço de dois slots de um desktop ... Bom, isso me parece o contrário do que se quer em um notebook, gasto de energia, pois a autonomia da bateria é essencial, e aquecimento, pois não existe espaço onde colocar coolers gigantescos, que por sinal também gastam mais energia.

A nVidia e a AMD (ATI) tem tentado, diga-se de passagem, criar chips para o mercado móvel. A nVidia tem processadores gráficos até para celular, visando o mercado de jogos para esses aparelhos, que para mim é mais supérfluo que os notebooks de entretenimento, mas isso já é outro assunto. O fato que temos esses chipsets para notebooks, mas que não chegam a uma fração dos chipsets de última geração para desktops. Algo normalmente denominado como "de entrada" do mercado de desktops, em notebooks é classificado como tecnologia para jogos... bom, é preciso reconhecer o esforço destas empresas em vencer este dilema, e também que um chip destes é melhor que um video onboard "genérico". E também oferecem uma alternativa a quem quer ou precisa comprar um PC portátil mas gostaria de poder rodar alguns títulos de jogos nas horas vagas, talvez não todos os últimos lançamentos e/ou talvez não com a mesma qualidade de uma placa voltada realmente para este fim. Algum dia isso deve ser resolvido, problemas técnicos sempre tem solução, e estes mesmo chips medíocres de hoje são muito bons comparados com os de um passado recente, o que é um bom indício!

Esses chips deram a chance a alguns fabricantes de produzirem alguns modelos em que se resolve em parte uma das deficiências dos notebook citadas no início, ou seja, falta de processamento gráfico, e vendê-los como máquinas para entretenimento. Existem modelos mais famosos como os da Alienware, com performence mais próxima a de um desktop, e também mais caros, além do tratamento visual. Nunca usei uma máquina dessas, mas parece que a autonomia das baterias é a última prioridade de projeto... Mas tem também os grandes fabricantes para as massas, Dell e HP, de olho no mercado de substituição de desktops nas residências, que é uma tendência mundial. O resultado tem que ser criticado com base nas considerações anteriores, ou seja, não dá pra comparar de forma justa com os desktops, e ninguém deve pensar numa maquina destas, hoje em dia, achando que vai obter o melhor resultado de todos nessas duas categorias: portátil e com capacidade de entretenimento. No máximo se obtém uma média nos dois, que pode ser o que algum comprador quer. Como exemplo vou ilustrar com um modelo à venda atualmente, por um preço razoável e com bons recursos nesse segmento, o hp Pavillion dv6120BR. Este notebook está sendo vendido a R$ 2.790,00 em grandes lojas e pelo site do fabricante, o que posiciona no mercado de notebooks mais baratos. No entanto possui recursos antes só encontrados em máquinas mais caras.

Começando pela parte gráfica, a que mais se falou até aqui. O chipset utilizado é um nVidia 6150 Go. Ele se situa entre os chips de performance média da série Geforce 6000. Sim, já não é um chip atual, estamos já na série 8000, mas tendo em conta o que foi dito antes, e que estamos analisando um notebook, e dos mais baratos, ele oferece a possibilidade de jogar até Doom 3 com razoável conforto (testei no singleplayer). A memória, também não é muita nem pouca: 512 Mb. Isso é o mínimo que se espera hoje em dia de uma máquina com o Windows XP. Por outro lado, o vídeo on board vai consumir parte desta memória: o gerenciador de desempenho aqui informa 490 Mb de memória física. Resumindo, um upgrade de memória de mais 512 Mb é indicado. Por sorte, ele vem com um slot de memória livre, e um pente DDR2 667 para note está custando em torno de 300,00 por aí. A capacidade máxima é 2Gb RAM, razoável até para o Windows Vista. Por sinal, o logo Vista Capable vem colado. Quem comprou este notebook até 15 de março tinha direito ao upgrade gratuito, mas agora só comprando uma licensa. Por sinal, em caso de uso do Vista o upgrade para 1 Gb deixa de ser indicado e passa a ser obrigatório.

O processador, um Semprom Mobile 3400+, rogando a 1.8 GHz, faz o que pode. Em diversas fontes na Web ele é descrito como em desvantagem de performance e de consumo de bateria com relação aos seus congêneres da Intel e da própria AMD (Turion). E parece que esquenta um pouco mais também. Mas ele está aí para baixar o preço final. O ponto positivo é que esta versão de Semprom M aceita instruções de 64 bits. Isto só foi incluído nos últimos modelos de Semprom. E permite uma futura instalação de Vista 64 bits ou linux IA64. Nos últimos tempos tenho adotado a filosofia de nâo priorizar processador nas configurações que monto para mim, pois percebo que investir em outros itens dá muito mais aumento geral de performance. Mas para ser imparcial nesta análise, o Semprom parece ser o ponto fraco do pacote (256 Kb de cache ...).

Mas vamos à parte interativa: teclado ABNT2 de boa qualidade (para um note), touchpad excelente, que pode ser desligado quando se usa mouse normal, bons controles por toque para volume e multimidia. O design é agradável, eu o acho muito bonito até, com os leds todos azuis e aquela grade de metal furadinha em cima. A tela, 15,4" Widescreen, é boa para ver filmes. Para ser sincero eu até preferia uma tela normal, pois o que menos faço com um note é ver filmes, mas para a maioria creio que isso é um ponto positivo. Com este formato por pouco este note não coube nas duas mochilas que eu tenho para transporte. E sobre essa portabiliade é que eu falava acima! Forcei um pouco e entrou, mas um 14,1" normal seria melhor. A documentação informa que o som é compatível com Soundblaster pro, o que é uma boa opção. A resolução nativa do LCD é 1280x800. A visibilidade é ótima, mesmo de dia. Por fim, gravador de CD/DVD ROM (combo), rede 802.11b/g, obrigatória hoje em dia, duas USBs.

Outros pontos desagradáveis, mas não elliminatórios: manuais apenas no tipo help. PDFs podem ser baixados do site. Impressos nem pensar. De um modo geral a documentação é ruim, o conteúdo parece ter sido mal traduzido, e a organização nâo é intuitiva. Fazer bons manuais dá trabalho. O pacote não vem com CDs de restore. O restore pode ser feito a partir de uma partição protegida no HD. Mas o manual (ou melhor, folheto) alerta para produzir os CDs de restore para casos mais graves. São 8 CDs! Podiam já vir no pacote, e em DVDs, para poupar trabalho ao usuário. Quanto será que 3 midias de DVDs encareceria o produto final? ... Uns 5 reais por unidade? Eu pagaria esses 5 para ter os CDs. Não consigo entender. E por fim, o Windows incluído é o Home edition, e não o professional, que seria mais interessante, mas também encareceria o produto.

Resultado final: vale a pena, contanto que se leve em conta duas coisas, o preço e as limitações, e se aceite que um é consquência do outro e que em alguns casos pode-se conviver com eles. Digamos por exemplo que surgiu necessidade de comprar um notebook, para uso normal de escritório: Textos, correio, navegação Web. Mas que você gostaria de nas horas vagas ver um DVD ou jogar um jogo casualmente, sem pretensão de ter uma máquina de alta performance neste momento para jogar últimos lançamentos com todos os efeitos ligados. Então este dv6120BR é uma boa opção. Lembrando que possivelmente você sentirá, a curto prazo, vontade de fazer um upgrade para 1 Gb RAM.

sábado, 7 de abril de 2007

O Armageddon Hub USB: poder nuclear ao alcance de qualquer usuário de PC!

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O Iran está fazendo armas nucleares? O mundo está prestes a entrar na 3a guerra mundial, que provavelmente destruirá tudo o que sobrar do efeito estufa e da radiação solar entrando pelo buraco no ozônio... mas o pior é que tem horas que dá vontade de "apressas as coisas". Para quem trabalha em TI, por exemplo, isso pode acontecer com freqüência: com prazos sempre esgotados, chefes e usuários no seu encalço, bugs e mais bugs, e por fim o PC travou e o fez perder o documento que era pra ser entregue a 1 minuto atrás. Não dá vontade de por um fim em tudo? Pois seus problemas acabaram! Com o Armageddon Hub você vai poder extravasar este sentimento e ainda sair vivo depois, pois tudo não passa de mais uma engenhoca bizarra para ser ligada nas portas USB. Gire a chave, abra a proteção, ligue os sistemas, respire fundo e aperte o botão vermelho da destruição final. O som de sirenes e uma explosão indicam que esse mundo teve o que mereceu... "Mas não é só isso!". Você leva também 4 portas USB 2.0 extras inteiramente grátis! Ou seja, no final das contas este penduricalho não é dos piores... Veja as características do produto de um site de vendas:

"FeaturesDesktop destruction at your fingertips. A four port USB hub in the guise of an Armageddon control centre.

The hub has two switches, one key to turn and a highly secure 'destroy' button.

The ultimate destruction button is covered by a transparent box, marking its 'deadliness'.

When the red button is pressed, a honking sound is released.

Requires a USB port.

Suitable for ages 14 years+.

Size: 10 x 8 x 6.5cm.

The Armageddon Hub will not really destroy the world, your desk or anything else for that matter, it is a novelty product to make you smile."

A ressalva final era mesmo necessária? :-) Quem se interessar pode ir ao site "Quero um destes":

http://www.iwantoneofthose.com/armageddon-usb-hub/index.html

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Mais de 70 milhões de blogs em março de 2007

Segundo o site Technorati.com, que monitora a blogosfera, foram criados 30 milhões de novos blogs desde o ano passado, todos os dias são criados 120 mil deles, ou 1,4 novo blog por segundo. São 1,5 milhões de posts por dia, 17 por segundo.

O prestígio dos blogs vem crescendo também com relação aos demais veículos de mídia. O número de blogs figurando entre os 100 sites mais populares mais que duplicou em
um ano. Sendo que hoje em dia já é comum grandes colunistas de jornal possuirem o seu blog, geralmente afiliado a alguma publicação. As empresas em geral também usam cada vez mais os blogs como forma de divulgação institucional.

Esses números promissores, no entanto, escondem outros não tão positivos. Quantos desses blogs criados se mantém ativos depois de criados. Quantos são abandonados logo depois? Quantos possuem conteúdo realmente interessante e quantos são puro lixo virtual? E os blogs de spams, chamados de "splogs", cresceram em média 7 mil por mês.

Eu creio que existe atualmente muita moda em torno desse formato, levando a "tentativas" que na maioria não terão continuidade. Em algum momento as pessoas vão se dar conta que ter algo a dizer faz diferença. Não consigo visualizar cada habitante do planeta que tenha acesso à Internet produzindo regularmente textos do interesse de um número significativo de outros usuários. E aí será mais uma bolha estourando, como tantas outras, sobrevivendo os que realmente possuem conteúdo e são bons de ler.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Notebook da Dell sem Windows

Os usuários de Linux ou de outros sistemas (que não sejam Windows) agora tem mais uma opção em termos de notebook. A Dell acaba de aununciar um equipamento sem sistema operacional. A importância disso é a redução de preço. Quem compra um notebook com Windows está pagando uma licensa OEM. E se for trocar para outro sistema, este dinheiro será jogado fora. O modelo lançado é o latitude D520n, que por padrão vem com 512Mb de RAM e 60 Gb de Disco, podendo ser configurado no site no ato da compra. A opção de desktops sem sistema operacional já existia, e agora com os notebooks a Dell reconhece a força cada vez maior do mercado Linux.

Mas agora vamos às contas: segundo a imprensa especializada, o novo notebook sem sistema sairá por R$ 2.599. Acabei de pesquisar no site da Dell o modelo D520 normal, ou seja, com Windows XP Home, por R$ 2.673,00 (e ainda não encontrei o novo modelo sem S.O.). Sinceramente, mesmo querendo um PC para usar com linux, por esta diferença (74,00 reais), eu mandaria vir um Windows XP Home. Pelo menos é mais uma opção em caso de necessidade. A diferença, para ser coerente com o mercado de venda de licenças OEM, deveria estar em torno de 250,00 reais (obviamente grandes fabricantes provavelmente pagam menos por cópia, mas porque a Microsoft permite a venda de OEM no varejo, o que leva a esta comparação, eu nunca entendi). E por fim uma última pergunta: se os PCs da Dell são configuráveis, porque não existe uma opção "nenhum" para sistema operacional em todos os modelos da empresa?