"Along with a number of other "change sets", Microsoft provided a total of 361 changes, putting it in seventh place on the list of companies and groups that contributed code to the Linux kernel."
Fonte: http://www.h-online.com/open/news/item/Microsoft-contributes-a-lot-of-changes-to-Linux-kernel-3-0-1280528.html
Dado que o Linux, e o open source em geral, sempre foram encarados pela MS como concorrentes, vale a pena analisar como este fato se encaixa nesta política da empresa. Ou talvez a própria política esteja sendo revista. A estratégia tradicional da Microsoft de atacar o Linux como sendo algo tecnicamente ineficiente e inviável, ou como sendo uma utopia de hackers, deve já estar se mostrando enfraquecida, dado que o Linux já está aí na maioria dos smartphones e tablets, numa ponta, e dos servidores, na outra, com sucesso comprovado E qualquer um pode ver isso. O outro argumento, de dizer que é mais caro manter ambientes com Linux do que com Windows Server, também fica meio difícil de sustentar, diante dos casos e mais casos de datacenters espalhados pelo mundo.
Na minha opinião, a estratégia da convivência pacífica da Microsoft com o software livre seria a melhor para todos, inclusive para a própria Microsoft, que não ficaria alienada do resto do mercado e nem de grande parcela de desenvolvedores que simpatizam com esta forma de vender o seu trabalho. Acho que seria até uma boa idéia lançar logo uma distribuição “Microsoft Linux”, para competir com o Ubuntu. A Microsoft já teve um Unix, o Xenix, que chegou a ser licenciado da AT&T e vendido com o logo Microsoft. Então já há precedentes de uso de um Unix-Like (na realidade o próprio Unix) pela Microsoft.
Já um "Microsoft Linux", com Visual Studio e outras ferramentas .Net, com interfaces de programação para nuvem (o Azurre), e até com um MS Office for Linux, acho que teria chances de conquistar mercado. Principalmente se eles fizessem uma camada de compatibilidade com o Windows melhor e mais rápida que o Wine, liberando o fonte das DLLs necessárias. Porque eles não pensaram nisso? Sim, eu acho que poderia fazer melhor que o Steve Ballmer está fazendo ... :-)
Update 22-07-2011:
No dia seguinte a este post saiu artigo no site hardware.com.br (um site que eu leio sempre) com uma visão diferente disso. Ele argumenta que a Microsoft não abraçou o Linux e o software livre, que não está contribuindo com o Linux, que as contribuições são limitadas e servem apenas para beneficiar o uso de um produto da Microsoft. Isto é tudo verdade, mas não apaga o fato que ela contribuiu sim, não no sentido de contribuir com boa vontade, mas no sentido utilizado em software livre, de submeter as alterações, não importa com que motivação. Aqui o ponto é o significado da palavra "contribuir". Prova também que eles fazem qualquer negócio para favorecer os próprios negócios, inclusive, no limite extremo, apoiar o linux. Como aliás fazem todas as outras empresas que apoiam o Linux, nenhuma delas o faz por ideologia. Claro que está muito distante o dia que a Microsoft lançará sua própria distro, já que a receita da Microsoft ainda se baseia muito na venda do Windows. Mas na minha opinião, se aparecerem o conjunto de circunstancias corretas, eles o farão sem o menor pesar. A idéia de lançar a MS distro no entanto foi ironia, para quem não entendeu!
Concordo que o título do meu post foi meio sensacionalista, principalmente por causa da palavra "ativamente"... mas conteúdo e os argumentos não, são apenas fatos, e uma pitada de ironia.
De novo o link para o artigo do site hardware.com.br:
http://www.hardware.com.br/noticias/2011-07/microsoft-linux.html
Update 25-07-2011:
Segundo repostado por diversos sites de tecnologia, a maior parte das atualizações incluídas no número acima se refere à compatibilidade com o Hyper-V, a tecnologia de virtualização da Microsoft, e com o Kinect. Apesar do escopo limitado, são acréscimos bem úteis ao kernel. O primeiro pela questão da interoperabilidade dos sistemas em datacenters, e a segunda pelos múltiplas aplicações que se pode fazer do Kinect além de jogos. Tudo isso já deve estar na versão 3.0 do kernel.
Update 26-07-2011:
Nunca fiz tanto update em um único post de blog, mas vá lá, este não deu para resistir. No post inicial eu falo de um hipotético "Microsoft Linux". Era um exagero, para mostrar a ironia naquilo, na MS participando de alguma forma, e seja lá por que motivo, do software livre. Pois bem, de certa forma a Microsoft já tem um, embora ainda em termos de uma tênue parceria com a Novell. Veja post do mesmo site anterior:
http://www.hardware.com.br/noticias/2011-07/microsoft-suse.html
Que diz com todas as letras que a MS está investindo no produto. E obtém renda com ele. Claro que também não é um investimento de boa vontade, e tem uma ameaça de processo de patentes por trás. Coincidência ou não, a Novell e o Suse estão intimamente ligados ao Mono (que é uma API .Net para linux), a Novell dá suporte ao projeto, e o Suse já tem o ambiente todo configurado para ele. Se eles quiserem ter um Linux de uma vez, e o .Net quase pronto para ela, seria só comprar a Novell. E mais, com isso poderiam de novo almejar o domínio total do mercado de servidores, jogando nos dois lados. Seria genial... :-) Mas voltando à realidade, do ponto de vista do marketing seria inviável, é como se dissessem que já não acreditam mais no próprio sistema, seria "um shutdown de mercado" no Windows Server. A compra de uma empresa de distribuição linux para desmontar e tirar do mercado também seria uma estratégia, mas neste caso já não adianta, teriam que comprar as outras também. Se eles comprassem a Novell para acabar com o Suse estariam na verdade fortalecendo as outras distribuições fortes e ajudando a diminuir a fragmentação. Complicou um pouco hein? Corre o risco de eu acertar esse chute e começar a acreditar que sou vidente, porque é completamente improvável ... Acho que isso fecha por hora, tomara que nada me faça voltar a este post, mas o assunto é interessante.
Update 22-07-2011:
No dia seguinte a este post saiu artigo no site hardware.com.br (um site que eu leio sempre) com uma visão diferente disso. Ele argumenta que a Microsoft não abraçou o Linux e o software livre, que não está contribuindo com o Linux, que as contribuições são limitadas e servem apenas para beneficiar o uso de um produto da Microsoft. Isto é tudo verdade, mas não apaga o fato que ela contribuiu sim, não no sentido de contribuir com boa vontade, mas no sentido utilizado em software livre, de submeter as alterações, não importa com que motivação. Aqui o ponto é o significado da palavra "contribuir". Prova também que eles fazem qualquer negócio para favorecer os próprios negócios, inclusive, no limite extremo, apoiar o linux. Como aliás fazem todas as outras empresas que apoiam o Linux, nenhuma delas o faz por ideologia. Claro que está muito distante o dia que a Microsoft lançará sua própria distro, já que a receita da Microsoft ainda se baseia muito na venda do Windows. Mas na minha opinião, se aparecerem o conjunto de circunstancias corretas, eles o farão sem o menor pesar. A idéia de lançar a MS distro no entanto foi ironia, para quem não entendeu!
Concordo que o título do meu post foi meio sensacionalista, principalmente por causa da palavra "ativamente"... mas conteúdo e os argumentos não, são apenas fatos, e uma pitada de ironia.
De novo o link para o artigo do site hardware.com.br:
http://www.hardware.com.br/noticias/2011-07/microsoft-linux.html
Update 25-07-2011:
Segundo repostado por diversos sites de tecnologia, a maior parte das atualizações incluídas no número acima se refere à compatibilidade com o Hyper-V, a tecnologia de virtualização da Microsoft, e com o Kinect. Apesar do escopo limitado, são acréscimos bem úteis ao kernel. O primeiro pela questão da interoperabilidade dos sistemas em datacenters, e a segunda pelos múltiplas aplicações que se pode fazer do Kinect além de jogos. Tudo isso já deve estar na versão 3.0 do kernel.
Update 26-07-2011:
Nunca fiz tanto update em um único post de blog, mas vá lá, este não deu para resistir. No post inicial eu falo de um hipotético "Microsoft Linux". Era um exagero, para mostrar a ironia naquilo, na MS participando de alguma forma, e seja lá por que motivo, do software livre. Pois bem, de certa forma a Microsoft já tem um, embora ainda em termos de uma tênue parceria com a Novell. Veja post do mesmo site anterior:
http://www.hardware.com.br/noticias/2011-07/microsoft-suse.html
Que diz com todas as letras que a MS está investindo no produto. E obtém renda com ele. Claro que também não é um investimento de boa vontade, e tem uma ameaça de processo de patentes por trás. Coincidência ou não, a Novell e o Suse estão intimamente ligados ao Mono (que é uma API .Net para linux), a Novell dá suporte ao projeto, e o Suse já tem o ambiente todo configurado para ele. Se eles quiserem ter um Linux de uma vez, e o .Net quase pronto para ela, seria só comprar a Novell. E mais, com isso poderiam de novo almejar o domínio total do mercado de servidores, jogando nos dois lados. Seria genial... :-) Mas voltando à realidade, do ponto de vista do marketing seria inviável, é como se dissessem que já não acreditam mais no próprio sistema, seria "um shutdown de mercado" no Windows Server. A compra de uma empresa de distribuição linux para desmontar e tirar do mercado também seria uma estratégia, mas neste caso já não adianta, teriam que comprar as outras também. Se eles comprassem a Novell para acabar com o Suse estariam na verdade fortalecendo as outras distribuições fortes e ajudando a diminuir a fragmentação. Complicou um pouco hein? Corre o risco de eu acertar esse chute e começar a acreditar que sou vidente, porque é completamente improvável ... Acho que isso fecha por hora, tomara que nada me faça voltar a este post, mas o assunto é interessante.
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