segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

"iphone" da Gradiente: não deixa de ser engraçado


A Gradiente divulgou no seu canal do Youtube um vídeo (veja abaixo) explicando a polêmica do nome "iphone". Em linhas gerais, é o que já tinha sido divulgado na imprensa. Para uma empresa como a Apple, que preza tanto a sua imagem e de seus produtos, é um golpe aqui no mercado brasileiro. Mas devido ao histórico de processos da Apple no mundo todo, não será o primeiro nem o último. É um jogo que eles adoram jogar, e não são inocentes. Não sou advogado, mas se está tudo documentado como diz no vídeo, não há o que reclamar. Li que em casos parecidos no resto do mundo a Apple foi pela via do acordo. Se levam tão a sério um nome, podem comprar a Gradiente, para eles não deve ser caro... :-) Aliás, me pergunto porque então a Gradiente não processou a Apple esse tempo todo.



Na minha opinião, isso pode sim gerar alguma confusão no consumidor, mas nada que não se possa conviver, mesmo porque já existem produtos no mercado cinza chamados "HIPHONE". A impressão que eu tenho é de que se o iPhone da Apple não tivesse feito sucesso, o nome "iphone" da Gradiente talvez estivesse esquecido em algum arquivo morto até hoje. Provavelmente estava mesmo, até que alguém achou e teve a brilhante idéia de usar. Oportunismo? Sim, mas se eles tem o direito legal, é uma arma a ser colocada nessa guerra, e como disse, a Apple não é inocente nela. Para um produto top, isso até seria desmerecedor para a Gradiente, cheira a cópia barata. Mas no vídeo este smartphone é descrito com um produto barato mesmo, de dois chips, tela de 3,7", etc. Ou como eles mesmos definem: "é um smartphone muito bom" e com "recursos mais simples". Ou seja, os 3 "B"s do mercado de baixo custo: bom, barato e  bonito (o nome pelo menos) ...

Por outro lado, se os chineses não tem vergonha de fazer um "HIPHONE", vender milhões pelo mundo todo e fazer bilhões de dólares com isso, porque a Gradiente que está lutando para sobreviver deveria ter? Não conheço a fundo as especificações do HIPHONE (pra falar a verdade nem quero), só sei que é um produto barato que entra pelo "mercado cinza" e é vendido em camelô. O da Gradiente está mirando o mesmo público de baixa renda, mas parece ser até um upgrade, pelo menos será homologado pela Anatel, terá garantia, etc.

 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

História do Linux: O Kurumin

O Linux está bem estabilizado no mercado, está dentro do Android, na maioria dos servidores Web, e nos desktops continua pelo menos vivo. A Canonical continua desenvolvendo um sistema usável pelo consumidor comum, o Ubuntu, e que agora já tem até Steam em fase beta (apesar das objeções do Stallman, é um dos produtos que mantém o linux visível neste segmento dos PCs). Mas como chegamos a esta situação? O Linux é apenas um kernel, o que instalamos nos nossos PCs são as distribuições (ou 'distros'), como o próprio Ubuntu por exemplo. Mas desde o início do Linux muitas distribuições começaram, algumas terminaram, com diferentes graus de influência no sistema como um todo.

No Brasil, tivemos algumas iniciativas de distros relevantes mundialmente, como a Conectiva, que tinha foco comercial mas acabou sendo comprada por uma multinacional, e diversas distros comunitárias. Entre elas a mais conhecida talvez tenha sido a Kurumin. Esta distribuição, que era desenvolvida pelo Carlos Eduardo Morimoto, no momento está descontinuada (página dela com o status no site DistroWach). Mas sua contribuição histórica permanecerá.

Fui usuário do Kurumim por vários anos, seguindo o sistema por dezenas de versões. Ainda tenho alguns live CDs, de fases bem diferentes, os que não regravei. E foi com pesar que soube do seu fim, muito embora para ser sincero, neste tempo já tinha me tornado usuário do Ubuntu por conta da estabilidade e atualizações (foi mal de novo, Stallman, e pior, também uso Windows...). Realmente não dá pra competir com uma distro comercial quando o objetivo é uso prático no dia-a-dia, ver tudo funcionando rápido e com o mínimo de trabalho. Mas para o desenvolvimento do software livre e da capacitação técnica do País, acho necessário estas distribuições mais abertas e comunitárias, justamente para que os interessados possam abrir, mexer, experimentar, enfim, botar a mão na massa.

Para não deixar passar em branco a existência desta distro aqui no blog, e também para dar meu incentivo a este tipo de trabalho, resolvi fazer este post relembrando o Kurumim. Aproveito para anexar abaixo uma entrevista com o criador do Kurumim, o Carlos Morimoto, que achei no Youtube (atenção, embora me pareça óbvio, a entrevista não foi feita por mim, todos os créditos ao dono do canal do Youtube!), revendo este vídeo se pode entender melhor os aspectos que citei acima. Parabéns ao Morimoto e a todos que participaram do Kurumim.



 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Notas da semana, RAZR i, o futuro dos sockets da Intel e etc

Quatro notas sobre fatos desta semana (1) experiência de uso com o RAZR i, (2) boato sobre o fim dos sockets da Intel, (3) recomendação de jogo 3D para Android e  (4) uma reflexão de última hora sobre as (2) e (3).