quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Razer Core, um conceito que compete frontalmente com desktops para jogos

Notebooks geralmente não são as melhores máquinas para jogos. Existem notebooks com placas gráficas melhores, mas em geral são muito mais caros, mas o pior, sem chegar a competir com os desktops com uma ou mais placas de vídeo high-end dedicadas. Além de outras varias desvantagens destes "notebooks gamers", a primeira é não poder fazer upgrade do vídeo integrado no futuro, mas também se pode citar o aquecimento maior e a baixa duração da bateria. Processadores gráficos consomem muita energia e geram muito calor, não há como fugir disso. E gabinetes de notebook são cada vez mais compactos, finos, e portanto com pouco espaço para dissipação de calor e para acomodar baterias maiores. Não existe muita margem para compatibilizar os dois requisitos. Agora imagine que a placa de video "pulou pra fora" do notebook. Com seu próprio gabinete e fonte. Esse é o conceito do Razer Core.


O Razer Core é um pequeno gabinete que pode acomodar placas de vídeo, da nVidia ou AMD, com um slot PCI-express x16, alimentado com sua própria fonte de 500W, e ligado ao PC por um cabo com conector USB-C. O controlador Thunderbolt 3 que é utilizado garante uma largura de banda de 40 GBps, suficiente para transmitir os sinais de video processado. Além disso tudo, ele ainda disponibiliza algumas portas USB 3.0 adicionais, e uma porta ethernet. O Core pode ser conectado e desconectado "a quente", sem desligar o PC. A ideia é que este dispositivo é opcional, podendo ser usado apenas quando necessário o uso de processamento gráfico pesado, do contrário se usa o vídeo integrado da Intel.

As tecnologias utilizadas não são proprietárias, no entanto no momento o dispositivo funciona apenas com o ultrabook da própria Razer, o Razer Blade Stealth, provavelmente decorrente de suporte necessário no BIOS. Alguns comentaristas estão especulando a possibilidade de num futuro próximo ficar disponível para outros notebooks, de outros fabricantes. O Blade Stealth já pode ser adquirido agora, e o Core ainda está em pré lançamento, sendo demonstrado em convenções, como a CES 2016. 

Outra especulação, esta minha,  é se outras fabricantes poderiam adotar o conceito e desenvolver produtos similares ao Core (e me pergunto até onde isso é ou pode ser patenteado, mas no fundo é um gabinete de placa de vídeo, é algo bem genérico que poderia ser usado em outros produtos) e com isso colocar mais opções nesse mercado, melhorar os preços. Porque os valores estimados para o Core e para o Blade Stealth são bastante "salgados". Agora imagine que este cenário se tornou realidade. Um dos argumentos contrários a um notebook, para quem joga ou faz outro  processamento pesado de vídeo, acaba. É menos um  argumento a favor do desktop tradicional, mais um nicho no qual eles dominam que ficará ameaçado.

Mais detalhes:
http://www.razerzone.com/gaming-systems/razer-blade-stealth

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