segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Smartphones: é moda ou tecnologia?

Há pelo menos uns três anos venho assumindo como verdade que a substituição dos celulares "normais" por smartphones é algo natural e inevitável, só questão de tempo. Logo os celulares "normais" (quer dizer, que não são smartphones) não serão mais os normais, serão a exceção. E depois acabará não fazendo mais sentido diferenciar os dois, ter uma palavra específica para um deles. Logo as classes C e D completarão a troca que já foi praticamente toda feita pelas A e B.  Na realidade, o smartphone também pode se tornar a forma mais barata e popular de acesso à Internet e de inclusão digital. Com um plano pré pago se acessa a Internet via 3G por R$ 0,50 por dia (que usar... ). Não é a mesma coisa que um PC conectado por 10 Mbps, mas é algum acesso, dá pra ler email, acessar uma rede social, navegar um pouco na Web. Mas isso não significa que serão todos iguais, pelo menos nisso, no acesso móvel via smartphone?... :-) Continue lendo e verá porque não.


Então, não é questão de se, mas de quando, praticamente todos que atualmente tem um celular terão um smartphone. Isso não é um modismo, é uma tendência clara. A moda de que falo no título é não sobre a adoção ou não destes dispositivos, mas na influência no consumo e no comportamento com relação a eles, uma vez que eles venham a se tornar um item tão comum como qualquer outro acessório de uso pessoal.

Isso já vem me incomodando há mais tempo, mas ao assistir o episódio 14, quinta temporada, do "The Big Bang Theory", a coisa ficou clara. Sem spoiler, o iPhone 4S, ou mais específicamente "a" Siri, é um dos personagens principais do espisódio, sendo de fato o personagem principal de uma das 3 situações que transcorrem em paralelo. Obvio que não deve ter sido de graça, a Apple é uma das empresas que mais investe em marketing na TV e cinema. E ainda levando em conta que o tema geral do programa é ridicularizar os "exageros nerds" dos personagens, tive que reconhecer que o que estava sendo  apresentado, e da forma como foi, era para o público comum comprar. Não é para geeks radicais, ou muito menos para passar alguma  imagem negativa para a audiência comum. De fato, trata-se de reforçar uma tendência de moda, vendendo um produto baseado em estilo, com preço proporcional à imagem. iPhone com Siri é 'cool', é um simbolo de status, esta é a mensagem. Então até que ponto a tecnologia ainda é o centro do mercado de gadgets?

Não é mais, faz tempo, pelo menos para boa parte das pessoas, a grande maioria dos consumidores. Tecnologia dos produtos só interessa realmente a consumidores geeks, para os demais basta dizer que é a melhor, apresentar 2 ou 3 especificações, e pronto. Claro que ainda existem geeks, aqui usando o significado da pessoa verdadeiramente entusiasmada por tecnologia e gadgets. Só que eles sempre foram e sempre serão uma minoria. Não são pessoas melhores nem piores por isso, só tem interesses por coisas que a maioria não tem paciência. Para este grupo, o objeto e a tecnologia envolvida nele são importantes por si só, são um fim e não (apenas) um meio, e explorar todos os seus detalhes é a verdadeira diversão.

Mas o que temos cada vez mais é o pessoal que mal tem paciência de lidar com o controle remoto da TV, mas que está avidamente esperando os últimos lançamentos da Apple (e outras empresas, em menor grau, mas é preciso reconhecer que a Apple, ou melhor, o Jobs, soube entender muito melhor que ninguém como vender tecnologia para o público comum). São produtos tecnológicos sim, mas cada vez mais simples. Eliminaram os botões (lembra do controle remoto? botões em excesso irritam e intimidam), agora estão introduzindo controle por voz, em breve se poderá esquecer que aquilo é uma máquina (isso também aparece de passagem no espisódio do TBBT, ponto pra eles). Não é para entender, explorar, dissecar, e por isso que é tudo fechado, bloqueado, proibido. Compare a quantidade de usuários Apple reclamando que não pode instalar outro sistema com os de usuários Android reclamando de bootloader bloqueado e falta de drivers (para poder instalar outro sistema)! Sem querer generalizar, mas para usuário Apple típico não há a menor dúvida que aquele é o melhor sistema operacional e não há sentido em instalar outro, isto se tiver alguma idéia do que é um sistema operacional.
 
Mas isso não importa, para as pessoas comuns ("comum" em oposição à minoria geek), tirando a utilidade imediata, a importância está em mostrar aos outros. Então o acessório tem que ser (1) bonito e (2) ser reconhecido como símbolo de status, o que está ligado à marca. E mais, embora sendo para pessoas comuns, trata-se de vender para pessoas dispostas a pagar mais para ter um produto que faz a mesma coisa (ou menos, em muitos casos) que a concorrência.  A utilidade e o custo/benefício vem depois da aparência e da moda. Adeus classes C e D, pelo menos como as conhecemos hoje. Para ficar claro, as classes C e D terão smartphones, provavelmente com as mesmas funcionalidades, só que com outra grife, outro design, etc.

E por fim, veja que esta estratégia vem dando muito certo. A Apple tem praticamente apenas dois modelos de celular (variando a capacidade de memória, não vou considerar a troca de preto por branco, ou os modelos antigos) , e ainda assim é líder de vendas. Eles tem uma fatia de consumidores que existe porque acredita que é exclusivo. Isso não é exatamente verdade, é gente demais para o significado tradicional do conceito de "exclusivo" (que é algo ou único, ou pelo menos bem limitado, tipo Ferraris e Masseratis), mas eles devem ter percebido o ponto de limite até onde esta ilusão se mantém: basta que um número suficiente de pessoas em volta não tenha, de preferência os que também se vestem pior...  Então para proteger sua fatia de consumidores, basta continuar cobrando mais, evitando que todo mundo tenha, e com isso mantendo a ilusão de exclusividade. E aumentar o preço por sua vez também aumenta o lucro por unidade. É genial, mas não foi Steve Jobs que inventou isso, ele só copiou da industria da moda, que se baseia nisso há décadas.

Nada tenho contra objetos simples e bonitos, para mim isso é uma qualidade, embora no caso de equipamentos eu não veja como a qualidade prioritária. Além disso, eu reconheço que para usar em público, a aparência sempre é um fator a se pensar, não preciso estar com griffe mais cara, mas não pode ser tão feio que me faça ter vergonha de tirar do bolso. Também não me preocupa que existam outras pessoas querendo gastar muito mais que o necessário com alguma coisa para ostentar, sempre foi assim.

Na realidade, não adianta ficar contra esta situação descrita acima em nenhum dos aspectos, seria inútil. O que acho útil é fazer a constatação acima: a tendência é a moda dominar. O que fazer com esta informação, ainda não sei... mas ao que parece, mudaram minha praia de lugar.

O lado mais preocupante é que esta tendência não se restringe à Apple, eles só foram os precursores. E o que eles fazem, pelo menos em parte é seguido pelo resto da industria de eletrônica de consumo. Se for verdade, a ditadura da moda veio para ficar. Enquanto isso vá assistindo "O diabo veste Prada" para entender como serão as decisões na área.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Seguro de overclock da Intel

Nunca queimei um processador fazendo overclock, na realidade nunca queimei um processador. Isto tendo montado uns 30 a 40 PCs (por aí) ao longo de mais de 30 anos, e tendo overclocado uns 10. Tudo para uso pessoal. Bons tempos, eram 3 ou 4 PCs por ano. Agora estou bem mais devagar. Meu PC de mais capacidade já tem mais de 2 anos, mas ainda tenho interesse em performance. Ele está com um processador  Phenon X6 1090T black edition com tudo desbloqueado, comprado pensando em overclock. Como disse, nunca quebrei um processador ou o PC overclocando, no máximo causei alguma instabilidade reversível, um reboot, etc. Mas quem nunca teve medo de queimar um processador caro nessa brincadeira? Pois bem, a Intel tem a solução! Pague uma taxa a mais e se proteja de eventuais danos causados pelo OC! Veja os termos do serviço:


"The Performance Tuning Protection Plan being offered by Intel is a chance for you to experiment with the overclocking features of your processor without the worries of what will happen if you push the procesor too far. The Plan allows you a single processor replacement, hassle-free, from our customer support. This is in addtion to your standard 3 year warranty. In other words, if it fails under normal usage, we will replace it under the standard warranty; if it fails while running outside of Intel's specifications, we will replace it under the Performance Tuning Protection Plan.


So what we are saying is this: Go ahead and push it, we've got your back."
Fonte:  http://click.intel.com/tuningplan/

Parece uma oferta bem tentadora, não é? Mas leve em conta que, só pra repetir mais uma vez, não é comum um processador queimar, mesmo sendo levado a limites, ainda mais porque quem faz OC tem obrigação de se preocupar com todos os detalhes técnicos, estudar, planejar, fazer uma boa refrigeração. Como a Intel (ou qualquer outra "empresa de seguros") não joga pra perder, ou ela confia muito que os novos processadores são ainda mais resistentes, ou que ao contrário, são menos resistentes, que vão quebrar no OC, e com isso as pessoas vão começar a querer este serviço. A segunda opção, embora não impossível, seria um tiro no pé, então estou acreditando mais na primeira. Mas, em sendo verdade, significa justamente que precisamos menos do seguro... :-)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Galaxy Nexus chegará ao Brasil com outro nome

Segundo o site Terra-Tecnologia, o Galaxy Nexus chegará ao Brasil com outro nome: Galaxy X. Não chega a ser um nome feio, mas eu preferia manter a tradição do Nexus no nome. Pela informação o artigo, a mudança se deve a um processo movido por uma empresa brasileira chamada Nexus Telecomunicações. Uma pena. Pelo menos as especificações devem ser as mesmas, o que inclui o NFC e o desbloqueio por reconhecimento de face. O aparelho já foi homologado pela Anatel e deve ser lançado por aqui ainda no primeiro trimestre.

Fonte: Terra Tecnologia

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Bada + Tizen = menos um concorrente

Semana passada eu postei sobre a adoção do Android pela Intel, em detrimento do seu próprio sistema, o Meego, desenvolvido em conjunto com a Nokia. O Meego foi implementado no Nokia N9 (com processador ARM) e acabou se transformando no projeto Tizen (ainda sem versão implementada na prática).

Pois bem, agora a Samsung está unindo o seu sistema próprio, o Bada, ao Tizen! Qual o sentido e as implicações disso? Bom, é preciso ter uma perspectiva mais ampla para entender.

Vamos resumir para quem não está acompanhando a mais tempo, é uma sequencia de "fusões". No início a Nokia tinha um sistema chamado Maemo, baseado no Linux (Debian), que foi usado em vários dispositivos da empresa até o smartphone N900 (muito bom por sinal, tenho um). Então a Nokia resolveu fundir o sistema Maemo ao Linux da Intel, o Moblin, gerando o Meego, que seria usado pela Intel e pela Nokia, e acabou sendo usado apenas no Nokia N9 (e muito provavelmente acabará por aí). Com a adoção do Windows Phone pela Nokia, o Meego caiu no limbo, e o projeto mudou de nome para Tizen. E agora o Bada vai ser fundido ao Tizen.

Minha conclusão: menos um concorrente ao Android e ao iPhone.

Analisando com a minha visão de usuário: se o Bada seria um sistema para celulares mais low end (como diz no artigo no link abaixo) porque eu ia querer um desses, com menos aplicativos, menos customização? A não ser que fosse muuuito mais barato. Mas se for tão mais barato, como fica a margem de lucro da Samsung?

O argumento que usuário comum não está ligando para o sistema que roda no Smartphone não me convence. Muitos usuários que não tem nada de geek nem de nerd já querem Android (ou tem convicção pelo iPhone). Quem não acredita, que saia um pouco do seu próprio nicho de geeks. E também do grupo dos seus parentes idosos com tecnofobia e de usuários dos genéricos de contrabando da China vendidos em camelô. Estou falando de usuários comuns da classe média, e sem idade ainda para ter tecnofobia, que compram smartphone em loja da operadora. Será que eles nem querem saber qual o sistema? Não acho, pois o fenômeno da compatibilidade de aplicativos já está se espalhando de boca em boca. Sem falar da compatibilidade com a conta do Google.

O Android é para smartphones o que o Windows foi para o PC nas décadas de 80, 90 e 2000. Não subestime o poder do usuário leigo! Eles podem não saber muito bem porquê, mas "sabem"que querem Windows porque todo mundo também tem, "sabem" que o XP é melhor que o Vista (só pra deixar bem claro, tô fora disso), ou "sabem" que o Mac é o melhor computador que já existiu (de novo, não é minha opinião, entenda a ironia!). Infelizmente tecnologia de consumo se baseia nisso, quem achou o contrário, sinto muito. Por "nisso" entenda marketing e design.

Fonte:
http://www.hardware.com.br/noticias/2012-01/bada-tizen-samsung.html

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

K800: Primeiro smartphone com chip Intel... rodando Android

A Intel anunciou oficialmente que será lançado o primeiro smartphone com processador de arquitetura Intel (Atom Z2460). Chamado até o momento de K800, será fabricado pela Lenovo na China. Ponto de interesse para mim é que vai rodar Android 2.3.7, e não o Meego, fruto da parceria da Intel com a Nokia, nem muito menos o Windows Phone, a escolha da antiga parceira Nokia. A opção pelo Android na minha opinião foi para reduzir riscos de marketing e entrar na onda que está ganhando. Afinal, a Intel vende chips, e não importa pra ela se eles vão rodar software da Google ou da Microsoft. E isso até em detrimento do software patrocinado por eles mesmos, no caso o Meego.

A Intel está sendo muito mais pragmática que a Nokia foi ao escolher o Windows Phone. Era evidente que a parceria Intel-Nokia com o Meego não produziria facilmente um produto para as massas, e no meu entender mais pelo timing de mercado, que já estava dominado por iPhone e Android, do que pelas qualidades do produto. Acho até que eles podiam ter mantido o Meego em paralelo, mas era urgente escolher outro sistema com mais chances de penetração.

Na época da adoção do Windows Phone, publiquei opinião em vários lugares que a melhor opção da Nokia deveria ter sido entrar com aparelhos Android, mesmo com mais competição e margem menor, mas com volume mais garantido. Windows Phone para minha avaliação na época foi uma opção ruim, e cada vez mais estou achando que estava certo. A não ser que de repente, do nada, o Windows phone comece a vender horrores, virando a curva do gráfico em  90 graus pra cima. Tudo pode acontecer, mas é improvável e nada indica isso.

Como resultado desta notícia sobre o K800, eu agora posso realmente considerar o Meego (e de quebra, o Tizen) morto. E também que a Intel e Nokia já divergiram de vez nos seus interesses, e podemos esquecer por enquanto celulares Nokia com processadores x86.

No geral gostei das especificações que já foram divulgadas, câmera de 8 MP, NFC, e principalmente a tela de 4,5". Resta saber como vai ser o consumo de bateria deste aparelho, pois os processadores Intel sempre foram bem piores nisso que os ARM. E também como ficará o preço final para o consumidor, pois o o custo de fabricação dos chips ARM também é menor devido ao esquema de licenciamento, ao passo que a Intel precisa obter lucro pela venda direta.

Fontes:
http://pcworld.uol.com.br/noticias/2012/01/11/lenovo-apresenta-o-k800-o-primeiro-smartphone-com-processador-intel/
e
http://www.engadget.com/2012/01/10/lenovo-k800-intel-medfield-smartphone-hands-on/

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Nexus S: Como fazer downgrade do ICS para o 2.3.6

O que fazer caso queira voltar o Nexus S do ICS (4.0.3) para o anterior (2.3.6)? Neste post eu explico porque alguém poderia querer fazer o downgrade, e no final o procedimento detalhado para isto.

Fiz o upgrade manual do Nexus S para o ICS, conforme já descrevi aqui, com sucesso e quase nenhum problema (só um app "meio incompatível", o widget não funciona, embora o programa em si esteja ok, isso num conjunto de uns 30 apps que eu tenho instalados). Gostei muito da interface, das novas funcionalidades e da reorganização dos ícones e das configurações A performance ficou ótima apesar dos muitos programas ativos e atualizando dados constantemente. Li alguns artigos na Web de gente reclamando de performance depois do upgrade para o ICS, mas eu não notei nenhum lag, travamento, etc. Não cheguei a rodar benchmarks, mas a sensação de usuário é que a velocidade geral não mudou. O Nexus S tem hardware capaz de rodar o Android 4 sem dificuldade.

A outra reclamação dos usuários quanto ao upgrade do Nexus S foi a duração da bateria. E de fato, a Google suspendeu a atualização OTA por causa disso. Neste ponto tenho que dizer que minha bateria não estava durando nem um dia no ICS. E com relação a isso sou bastante crítico, pois limita muito o tempo de autonomia e as funcionalidades que vou poder utilizar ao longo do dia (por exemplo, o audio bluetooth gasta bastante). Estou tentando usar um smartphone também como utilidade e não apenas brinquedo. Uma duração mínima de um dia sem recarga é um requisito. Só que a duração do 2.3, dependendo do que estivesse instalado e usando, também não era a que eu gostaria. Não tenho estatísticas, mas de um modo geral a percepção é que estava durando menos no ICS.

Então decidi pelo downgrade do 4.0.3 para o 2.3.6 (a última oficial antes do ICS), até para ter mais uma chance de comparar o desempenho da bateria dos dois sistemas. De qualquer modo já matei a curiosidade do ICS, foram mais de duas semanas de "convívio" com ele, e agora poderia ficar esperando o próximo OTA corrigido ou o CM9, quando vierem.

A primeira coisa que tentei foi "flashear" a ROM completa original do 2.3.6, que já estava lá na raiz do SD, pelo recovery stock, mas recebi um erro quando ele tentou abrir o arquivo. Até me preocupei se o downgrade seria bloqueado (traumas de ex-usuário Motorola...) mas pesquisando um pouco vi que o procedimento é o padrão, pelo ClockworkMod recovery. E mais uma vez fiquei feliz de ter escolhido um Nexus... ;-)

Abaixo detalho o procedimento que utilizei. Só o execute se tiver habilidade em trocas de ROM, e assumindo os riscos. Todas as ferramentas necessárias estão neste post: "Nexus S - A caixa de ferramentas básicas" , por favor este texto releia e coloque tudo funcionando antes de começar. Será feita referência a este post anterior sempre que for preciso, para não ter que reescrever tudo aqui. Como recentemente tive que refazer a máquina, tive oportunidade de revisar e atualizar aquele artigo.

O procedimento de downgrade do ICS para o 2.3.6 é simples e rápido:

1 - O celular deve estar com o Android 4.0.3 (ICS) e o bootloader já desbloqueado (se não estiver desbloqueado, veja como fazer no post citado. Cuidado que isto também apaga a memória SD, se for o caso faça backup de tudo no PC antes);

2- Ative o USB Mass Storage e coloque o arquivo de instalação do Android 2.3.6  no raiz do SD card (item 8 do post anterior citado). Se quiser altere para um nome menor para facilitar (o meu já estava lá como "update.zip" pois já tinha regravado esta ROM antes, mas não precisa ser exatamente este nome no ClockworkMod);

3- Desligue o celular e entre no bootloader religando ao apertar ao mesmo tempo power e  "volume +" (aumentar volume). Deve aparecer a tela do bootloader;

4- Ligue o cabo USB no PC se não estiver ainda;

5- Instale o ClockworkMod Recovery (usei o 5.0.2.0), da forma indicada naquele post. Não saia ainda do bootloader. Dica, ao contrário da maioria dos tutoriais, eu não copio a imagem do recovery para a pasta do executável do fastboot. Ao invéz disso eu coloco a pasta do fastboot.exe (normalmente a mesma do adb.exe) no Path do Windows e rodo o comando na pasta onde está o arquivo da imagem. Se estiver assim, basta copiar e colar o comando fastboot que está no post citado;

6- Navegue no menu do bootloader com as teclas de volume, escolha reboot (com a tecla power), e imediatamente depois de iniciar aperte power e "volume +" para entrar de novo no bootloader. Se não for rápido vai entrar no Android, aí basta desligar e entrar de novo no bootloader;

7- No bootloader escolha recovery. A navegação também é pelas teclas de volume e o power;

8- No recovery execute os dois "wipes" ("data/factory"  e  "cache") que existem no menu. Isto apaga os programas e configurações, mas não os dados do SD;

9- Execute "install zip from SD card", escolha o arquivo da ROM 2.3.6 que foi copiada no item 2, espere a gravação terminar, demora alguns minutos. Ele deve voltar para o menu;

10- No menu, escolha "back"e "reboot", reinicie e reconfigure a conta do Google;

Não quis correr o risco de instalar a ROM sem os wipes antes, e com isso tive que reinstalar os apps...