terça-feira, 31 de maio de 2011

Novos estudos sobre efeitos da radiação de celulares no organismo humano


Qual o efeito da radiação de celulares no corpo humano? A dúvida vem desde o início da venda destes aparelhos para o público. E não impediu sua adoção em massa. O que sabemos até agora com certeza: existe radiação eletromagnética emitida, isso é a base de funcionamento do dispositivo, e que ela transmite energia. Essa energia é absorvida pelos tecidos humanos, principalmente pelo tecido cerebral. Sabemos também que as agências governamentais limitam a quantidade de energia emitida pelo aparelho. E mais, esta quantidade, para cada aparelho, geralmente vem indicada nas últimas páginas do manual. Até aqui são apenas fatos, sem sombra de dúvidas.


A limitação da quantidade emitida indica que existe uma suspeita sobre o efeito desta fonte de radiação. E a suspeita não vem do nada. A radiação eletromagnética na faixa de frequências utilizadas em celulares causa problemas, a questão é apenas qual a intensidade e tempo de exposição para que se torne relevante. Mas será que o limite de intensidade imposto pelas agências de saúde ou telecomunicações é seguro? Em outras palavras, se nas intensidades de emissão permitidas dos aparelhos, e com os tempos de utilização praticados, teria algum efeito relevante na saúde a longo prazo?

Quanto à esta última questão, a resposta da comunidade científica tem sido muito cautelosa até agora. Ou seja, não se afirma que sim nem que não. Isso pode estar mudando, veja esta notícia de hoje do portal G1 do Globo, que diz entre outras coisas:


"Os pesquisadores colocaram a radiação dos telefones móveis no mesmo nível de perigo que a emissão de gases vinda de automóveis, o chumbo e o clorofórmio, o "grupo 2-B", "possivelmente carcinogênico para humanos"."


Bom, o chumbo dos automóveis no Brasil já foi proibido (substituído pela adição de um percentual de álcool na gasolina) justamente por motivos de saúde. E o "possivelmente" do texto acima pode ser traduzido como "é um fator de aumento de probabilidade". Ou seja, o uso do celular não causaria câncer com certeza em todos os usuários, a maioria das pessoas talvez não tenha, mas ele pode ter alguma influência no surgimento dele em outras. Seria um fator de risco. E mais, sendo um efeito acumulativo e de longo prazo, talvez a humanidade não esteja exposta a tempo suficiente para fazermos as estatísticas necessárias.

E quanto a outros efeitos que não exatamente câncer? Já li sobre a radiação induzindo um acúmulo de algumas proteínas no cérebro que poderiam modificar o funcionamento dos neurotransmissores, e também sobre aumento de atividade cerebral nas áreas afetadas, e etc. É muita suspeita e pouca conclusão científica. Diante de tudo isso, eu fico no meio termo, não duvido totalmente, mas evito os excessos de tempo de ligação. (E a partir de quanto seria um excesso?) 


Seria interessante mesmo é ver o que aconteceria no mundo se saísse um estudo provando que aumenta sim a probabilidade de câncer, com dados mais confiáveis e conclusivos. Será que as pessoas abandonariam o uso destes aparelhos? Será que teria algum efeito sobre as vendas?  Será que as pessoas abririam mão da comodidade da telefonia móvel, e agora dos serviços de dados também?  Porque apenas com dúvidas e suspeitas, o uso de celulares está crescendo cada vez mais rápido!


Leia também artigo de hoje no Engadget:

Cellphones are dangerous/not dangerous: the WHO changes its mind


E no Portal G1 (link anterior):
Radiação de telefones celulares pode causar câncer, diz braço da OMS 

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