Apesar de estar usando o N900 como meu smartphone principal, confesso que ainda não tinha me animado a instalar o CSSU a até um dia atrás. Para quem não sabe, depois que a Nokia descontinuou as atualizações do Maemo 5, a comunidade Maemo.org tomou para si a esta responsabilidade, baixou os fontes e passou a fazer correções e melhorias no sistema operacional, gerando o CSSU (Commmunity Seamless Software Update, Seamless é algo sem emendas, consistente). E diga-se de passagem, assumiram também a manutenção da própria comunidade: do site, foruns, dos servidores, administração em geral, etc. Tudo custeado pela boa vontade de voluntários, em termos de trabalho e doações. Nos fóruns do site é possível ler sobre a saga de manter tudo no ar sem o apoio do fabricante. O CSS Update é a opção de suporte a longo prazo do Maemo 5.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
N900: CSS Update do Maemo 5 resolve problema de acesso ao Gmail
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Microsoft compra a Nokia, fechando o negócio no início de 2014
A Microsoft está finalmente comprando a Nokia, algo que eu já vinha prevendo por quase 3 anos desde a notícia de que esta última ia colocar todas as fichas no Windows Phone. O negócio deve se concretizar no inicio de 2014, sujeito à diversas aprovações, e etc., mas acho muito difícil de voltarem atrás agora. Na realidade, a esta altura é o melhor que poderia acontecer à Nokia, aos seus acionistas, aos funcionários e até aos finlandeses em geral, tenham algum vínculo com a Nokia ou não, devido ao peso que a empresa tem no país.
Nestas histórias das grandes derrocadas da área de TI, eu sempre fico imaginando em que ponto tudo começou a dar errado, e quando não tinha mais retorno. No caso da Nokia, imagino que o primeiro momento foi em em algum ponto depois do lançamento do iPhone, quando a empresa ainda estava confortavelmente dominando o mercado por larga margem e lucrando muito com isso. Digo depois porque o perigo se apresentou, mas aí ainda haveria tempo de começar algo para competir com o iPhone, tanto que a Google o fez. Mas, ao invés disso, a foco na área de smartphones da Nokia continuou no Symbian por muito tempo, e o Maemo/N900 lançado neste período (depois do primeiro iPhone), por mais que eu goste dele e o use até hoje, é muito bom mas era e ainda é um produto de nicho. O Meego/N9 já tinha uma interface mais voltada para o usuário final, no entanto veio tarde, e dele só se aproveitou o design externo.
E o ponto de não retorno acho que foi justamente quando eles abraçaram o Windows Phone com o plano maluco de com isso dominar o mercado high end e o argumento de que com o Android isso não seria possível. O pior erro na minha opinião nem foi fazer aparelhos com o Windows Phone, foi fazer apenas aparelhos com o Windows Phone. Ma minha opinião, eles deveriam ter mantido o Meego mais um tempo, certamente entrado no Android e talvez no Windows Phone também. A decisão naquela época foi considerada arriscada, arrojada ou irresponsável, dependendo do ponto de vista. Mas em todo caso o tempo mostrou que o nível de risco não foi superestimado. O lado bom é que a empresa não vai falir, eles foram encolhendo ao longo destes anos, mas administrando bem este processo, e agora vão ser absorvidos quase totalmente pela MS.
Para o futuro, o que restou da divisão de celulares da Nokia deve subsistir dentro da Microsoft. A Microsoft vai receber muitas patentes e cérebros. Pelo que entendi, a marca Nokia para smartphones deve acabar, e se unificar com a divisão mobile da empresa, que já faz tablets, como o Surface. Se estou entendendo o plano atual da Microsoft, eles vão insistir em ter participação na áea de sistemas operacionais mobile, e possuir um setor de hardware é considerado estratégico para conseguir para isso. De fato, os maiores players neste mercado estão envolvidos com hardware: Apple, Google (via Motorola) e Samsung. Se não comprassem a Nokia, corria o risco dela passar por problemas financeiros no próximo ano ou finalmente "mudar de lado" e começar a fazer Android. E neste último caso a Microsoft perderia o maior suporte ao seu sistema mobile, e poderia esquecer qualquer pretensão na área. Do ponto de vista da Microsoft foi um movimento lógico, para a Nokia, é um final melancólico.
Nestas histórias das grandes derrocadas da área de TI, eu sempre fico imaginando em que ponto tudo começou a dar errado, e quando não tinha mais retorno. No caso da Nokia, imagino que o primeiro momento foi em em algum ponto depois do lançamento do iPhone, quando a empresa ainda estava confortavelmente dominando o mercado por larga margem e lucrando muito com isso. Digo depois porque o perigo se apresentou, mas aí ainda haveria tempo de começar algo para competir com o iPhone, tanto que a Google o fez. Mas, ao invés disso, a foco na área de smartphones da Nokia continuou no Symbian por muito tempo, e o Maemo/N900 lançado neste período (depois do primeiro iPhone), por mais que eu goste dele e o use até hoje, é muito bom mas era e ainda é um produto de nicho. O Meego/N9 já tinha uma interface mais voltada para o usuário final, no entanto veio tarde, e dele só se aproveitou o design externo.
E o ponto de não retorno acho que foi justamente quando eles abraçaram o Windows Phone com o plano maluco de com isso dominar o mercado high end e o argumento de que com o Android isso não seria possível. O pior erro na minha opinião nem foi fazer aparelhos com o Windows Phone, foi fazer apenas aparelhos com o Windows Phone. Ma minha opinião, eles deveriam ter mantido o Meego mais um tempo, certamente entrado no Android e talvez no Windows Phone também. A decisão naquela época foi considerada arriscada, arrojada ou irresponsável, dependendo do ponto de vista. Mas em todo caso o tempo mostrou que o nível de risco não foi superestimado. O lado bom é que a empresa não vai falir, eles foram encolhendo ao longo destes anos, mas administrando bem este processo, e agora vão ser absorvidos quase totalmente pela MS.
Para o futuro, o que restou da divisão de celulares da Nokia deve subsistir dentro da Microsoft. A Microsoft vai receber muitas patentes e cérebros. Pelo que entendi, a marca Nokia para smartphones deve acabar, e se unificar com a divisão mobile da empresa, que já faz tablets, como o Surface. Se estou entendendo o plano atual da Microsoft, eles vão insistir em ter participação na áea de sistemas operacionais mobile, e possuir um setor de hardware é considerado estratégico para conseguir para isso. De fato, os maiores players neste mercado estão envolvidos com hardware: Apple, Google (via Motorola) e Samsung. Se não comprassem a Nokia, corria o risco dela passar por problemas financeiros no próximo ano ou finalmente "mudar de lado" e começar a fazer Android. E neste último caso a Microsoft perderia o maior suporte ao seu sistema mobile, e poderia esquecer qualquer pretensão na área. Do ponto de vista da Microsoft foi um movimento lógico, para a Nokia, é um final melancólico.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Já começam a aparecer indícios concretos do Android 4.3 no Nexus 4
Leaks de futuras versões de ROM oficiais fazem a festa dos modders e aficcionados pelo Android. Por outro lado, eu já estava achando que demorou para aparecer o Android 4.3. Agora temos aqui um relato sobre o Android 4.3 no Nexus 4, e aqui um tutorial de como fazer a instalação. Não vou recomendar a aplicação deste procedimento, e inclusive eu mesmo não o farei. Um dos motivos de ter um Nexus é justamente não ter que fazer nada para receber as atualizações oficiais o mais rápido possível. Atualmente nem root eu tenho. Também não vou tentar impedir os aventureiros e curiosos, e se alguém fizer, por favor comente a experiência.
O que eu achei relevante nesta notícia é que depois de um leak vem a oficial, então o 4.3 para todos os donos de Nexus 4 não deve estar muito distante.
O que eu achei relevante nesta notícia é que depois de um leak vem a oficial, então o 4.3 para todos os donos de Nexus 4 não deve estar muito distante.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Como aumentar a vida útil da bateria do Nexus 4 (e outros com Android puro) [Atualizado e expandido]
[Editado em 29/11/2014] Venho sofrendo com problema da bateria insuficiente não apenas no Nexus 4, como em todos os smartphones recentes, nos quais tentei usar ao máximo todos os recursos de dados. A atual tecnologia de baterias (li-ion ou Li-poli) tem um limite físico. Para aumentar a capacidade de uma bateria, é preciso aumentar volume e peso, que são dois atributos inconvenientes em smartphones e outros devices para se carregar. Por outro lado, telas grandes, brilhantes e com resolução maior consomem mais energia, tanto para iluminar a área de tela como para processar tantos pixels. Processadores mais potentes tem o mesmo efeito. Muitos programas rodando ao mesmo tempo também. Tudo que é bom (faz mal e engorda...) contribui para detonar a bateria, e não há mágica que a faça passar de um determinado limite, dadas todas as outras variáveis fixas.
Melhorias no software, sistema operacional e aplicativos, podem extrair ao máximo a capacidade da bateria, mas a tecnologia da química e circuitos de controle tem um limite. A partir daí cabe ao usuário identificar para onde está indo a sua energia, e tomar decisões, as vezes difíceis, escolhendo entre mais bateria ou mais funcionalidade. As vezes no entanto atualizações de sistema ou exclusão de apps mal feitos podem amenizar o problema e fazer a bateria durar pelo menos um dia inteiro com folga, dentro do seu padrão de uso, o que já é um bom resultado nos dias de hoje. As 8 dicas abaixo são uma orientação de como se conviver com as limitações da bateria do Nexus 4, chegando a um equilíbrio entre funcionalidade e autonomia.
1) Mantenha o sistema operacional atualizado. Novas versões tendem a otimizar o uso bateria, e corrigir bugs que drenam energia. Tenho a nítida impressão que com o Lollipop (Android 5.0) a duração da bateria aumentou (mesmo sem ligar a economia de bateria o tempo todo, ver a dica 4);
2) Identifique os apps que mais usam energia. Pode ser que ele seja mal projetado e gaste energia desnecessariamente, ou talvez ele realmente tenha uso muito intenso e possa ser configurado diferente. Por exemplo, configurando para acessar com menos frequência a internet para atualizações. Para identificar estes apps gastadores, vá em "Configurar"; "Bateria". Neste ponto pode surgir o primeiro dilema clássico: o app (ou apps) gastador pode ser supérfluo e ser desinstalado sem maiores problemas... ou pode ser essencial, e neste caso talvez pouco possa ser feito, a não ser talvez limitar seu uso ou reconfigurar.
3) Esta dica é meio controversa, e eu por exemplo não uso atualmente, mas muita gente se dá bem com ela. É usar um task killer para matar processos inativos que podem ficar gastando energia em segundo plano. Um muito conhecido na Play Store é o "Advanced Task Killer". Eu particularmente tento seguir o conceito do Android que é deixar o sistema cuidar disso, e esperar que os desenvolvedores de apps pensem no uso correto de recursos, incluindo memória, processamento e bateria. Ainda assim resolvi citar esta dica e deixar que cada um decida. mal também não faz.
4) Ligar o modo de economia de energia (no Lollipop). A partir do Android 5.0 existe uma configuração que limita trafego de dados em segundo plano e reduz ligeiramente o processamento e alguns efeitos visuais, e também o brilho da tela. Eu testei esta feature e não senti muita limitação na redução de processamento, mas me preocupa que possa causar problemas em atualizações de programas de mensagens instantâneas por exemplo. Não pude no entanto comprovar isso para os aplicativos que eu uso. Você pode deixar o modo de economia ligado direto, ou configurar para ligar quando a capacidade chega a 15%, por exemplo. Para alterar vá em "Configurar"; "Bateria"; clique nos 3 pontinhos verticais de opções; "Economia de bateria". Aparece um controle azul claro em cima a direita. Ao lado do texto "Desativado" (ou "Ativado"). Clique neste controle para modificar. Quando ativado as barras mudam para laranja, e aparecem diversas notificações disso. Em baixo do controle existe a opção para alterar a ativação automática ("nunca", em 5% da carga, ou 15%). Para quem não quer deixar ligado direto, pela perda de performance ou outro motivo, 15% me parece a melhor opção. Deixar chegar a 5% tem dois efeitos negativos: a reserva pode não ser suficiente para chegar em casa, e em 5% a bateria sofre deterioração mais rápida, reduzindo o seu tempo de vida útil total (até que a capacidade de recarga comece a se reduzir). No momento estou em testes, deixando ligado direto, e observando o efeito nos aplicativos que atualizam dados.
5) O vídeo abaixo, que achei no Youtube, tem dicas interessantes para quem está lutando para fazer a bateria do Nexus 4 durar mais de um dia sem ter que recarregar. As recomendações também se aplicam diretamente a outros smartphones com Android puro de versão 4 .1 ou maior, ou com adaptações a qualquer Android.
(Créditos ao autor do vídeo, via Youtube)
6) As dicas mais bobas e óbvias, mas apenas para constar: não ficar ligando a tela desnecessariamente e evitar o uso compulsivo, o que além de poupar bateria ajuda no bem estar mental :-). Celular virou relógio para muita gente, mas se para ver as horas tiver que ligar a tela toda, tenha consciência que está tendo gasto significativo com isso. Para ter ideia da diferença no uso da tela, experimente se possível um dia não ligar a tela (a não ser para atender/fazer chamadas), apenas para comparar e ver como a tela gasta. Normalmente se vai ligar a tela várias vezes ao dia, mas faça isso conscientemente, de que é necessário, ou de que o lazer tem um preço.
7) Se possível desligar o celular. Quanto a esta última, eu geralmente não sigo. O meu fica normalmente ligado direto 24 x 7. Mas se pensar bem, em muitas situações daria para desligar o aparelho por horas (tipo cinema, aulas, etc).
8) Também repense o uso do celular como leitor de livros digitais. Um e-reader dedicado, como o Kindle ou outro, com tela de e-paper, é muito mais eficiente que o smartphone. Além das outras vantagens de legibilidade no sol, tela maior e baixo consumo. Mesmo um tablet é melhor para ler, pois vai dividir o uso de baterias com outro aparelho, a tela do tablet é maior e mais confortável, e a bateria do tablet é fisicamente muito maior e de maior capacidade. O único consumo de midia que eu faço no smartphone é de música, no qual a tela pode apagar.
Outras considerações sobre baterias do tipo da usada no Nexus 4:
- A bateria do Nexus 4 é do tipo Litio-Polimero, são as mais atuais no momento, e não tem o problema de efeito memória. Não é preciso descarregar completamente todas as vezes, ao contrário, isso é prejudicial.
- As baterias de litio tem sua vida útil total aumentada se não forem completamente descarregadas com frequência, ou mantidas completamente carregadas por longo tempo ( Fonte: Morimoto, Guia do Hardware). Portanto vale a pena carregar se a bateria estiver a menos de 40% ou 30%, se possível e conveniente, e não deixá-la recarregando por muito tempo depois de chegar ã carga completa. Minha experiência pessoal, ao longo de muitos anos, é que não é preciso ficar paranoico com isso. Mesmo que a bateria fique a menos de 20% todo final de dia, isso para mim é muito mais prático que ficar carregando com frequência. Meu ideal é carregar no máximo uma vez por dia, de manhã ou à noite. E as vezes só tenho a noite e de madrugada para recarregar, então deixo a noite toda. Ainda assim, minhas baterias duram mais de 3 anos sem degradação aparente (deve ter tido alguma, mas não o suficiente para que eu percebesse). Uma dica que pode ser util é que se for armazenar por longo tempo, deixar em 40% a 50% de carga.
- O calor é prejudicial à manutenção de carga e à vida útil total. Mas vivemos em um país tropical, e temos efeito estufa no planeta... não adianta ficar paranoico e nem ligar ar condicionado por causa do smartphone. Mas se pode e deve evitar painéis e porta luvas de carro no sol, e situações semelhantes, acima de 40 graus C. Alguns falam em não deixar no bolso, mas com isso já começa a prejudicar a usabilidade. Tem que ser um meio termo.
- Algumas fontes sugerem um ciclo completo de recarga com alguma frequência planejada (mensalmente por exemplo) para calibrar o circuito controlador da bateria. Não posso garantir que tenha efeito positivo, e muito menos que tenha efeito para qualquer modelo de bateria. Mas também, como descarregar completamente apenas de vez em quando não é tão prejudicial, convém testar se no seu aparelho ajuda. Na prática, as vezes isso (a descarga completa) acaba acontecendo comigo mesmo sem eu planejar, então se realmente calibra, estou calibrando de vez em quando sem me preocupar com isso.
Melhorias no software, sistema operacional e aplicativos, podem extrair ao máximo a capacidade da bateria, mas a tecnologia da química e circuitos de controle tem um limite. A partir daí cabe ao usuário identificar para onde está indo a sua energia, e tomar decisões, as vezes difíceis, escolhendo entre mais bateria ou mais funcionalidade. As vezes no entanto atualizações de sistema ou exclusão de apps mal feitos podem amenizar o problema e fazer a bateria durar pelo menos um dia inteiro com folga, dentro do seu padrão de uso, o que já é um bom resultado nos dias de hoje. As 8 dicas abaixo são uma orientação de como se conviver com as limitações da bateria do Nexus 4, chegando a um equilíbrio entre funcionalidade e autonomia.
1) Mantenha o sistema operacional atualizado. Novas versões tendem a otimizar o uso bateria, e corrigir bugs que drenam energia. Tenho a nítida impressão que com o Lollipop (Android 5.0) a duração da bateria aumentou (mesmo sem ligar a economia de bateria o tempo todo, ver a dica 4);
2) Identifique os apps que mais usam energia. Pode ser que ele seja mal projetado e gaste energia desnecessariamente, ou talvez ele realmente tenha uso muito intenso e possa ser configurado diferente. Por exemplo, configurando para acessar com menos frequência a internet para atualizações. Para identificar estes apps gastadores, vá em "Configurar"; "Bateria". Neste ponto pode surgir o primeiro dilema clássico: o app (ou apps) gastador pode ser supérfluo e ser desinstalado sem maiores problemas... ou pode ser essencial, e neste caso talvez pouco possa ser feito, a não ser talvez limitar seu uso ou reconfigurar.
3) Esta dica é meio controversa, e eu por exemplo não uso atualmente, mas muita gente se dá bem com ela. É usar um task killer para matar processos inativos que podem ficar gastando energia em segundo plano. Um muito conhecido na Play Store é o "Advanced Task Killer". Eu particularmente tento seguir o conceito do Android que é deixar o sistema cuidar disso, e esperar que os desenvolvedores de apps pensem no uso correto de recursos, incluindo memória, processamento e bateria. Ainda assim resolvi citar esta dica e deixar que cada um decida. mal também não faz.
4) Ligar o modo de economia de energia (no Lollipop). A partir do Android 5.0 existe uma configuração que limita trafego de dados em segundo plano e reduz ligeiramente o processamento e alguns efeitos visuais, e também o brilho da tela. Eu testei esta feature e não senti muita limitação na redução de processamento, mas me preocupa que possa causar problemas em atualizações de programas de mensagens instantâneas por exemplo. Não pude no entanto comprovar isso para os aplicativos que eu uso. Você pode deixar o modo de economia ligado direto, ou configurar para ligar quando a capacidade chega a 15%, por exemplo. Para alterar vá em "Configurar"; "Bateria"; clique nos 3 pontinhos verticais de opções; "Economia de bateria". Aparece um controle azul claro em cima a direita. Ao lado do texto "Desativado" (ou "Ativado"). Clique neste controle para modificar. Quando ativado as barras mudam para laranja, e aparecem diversas notificações disso. Em baixo do controle existe a opção para alterar a ativação automática ("nunca", em 5% da carga, ou 15%). Para quem não quer deixar ligado direto, pela perda de performance ou outro motivo, 15% me parece a melhor opção. Deixar chegar a 5% tem dois efeitos negativos: a reserva pode não ser suficiente para chegar em casa, e em 5% a bateria sofre deterioração mais rápida, reduzindo o seu tempo de vida útil total (até que a capacidade de recarga comece a se reduzir). No momento estou em testes, deixando ligado direto, e observando o efeito nos aplicativos que atualizam dados.
5) O vídeo abaixo, que achei no Youtube, tem dicas interessantes para quem está lutando para fazer a bateria do Nexus 4 durar mais de um dia sem ter que recarregar. As recomendações também se aplicam diretamente a outros smartphones com Android puro de versão 4 .1 ou maior, ou com adaptações a qualquer Android.
(Créditos ao autor do vídeo, via Youtube)
6) As dicas mais bobas e óbvias, mas apenas para constar: não ficar ligando a tela desnecessariamente e evitar o uso compulsivo, o que além de poupar bateria ajuda no bem estar mental :-). Celular virou relógio para muita gente, mas se para ver as horas tiver que ligar a tela toda, tenha consciência que está tendo gasto significativo com isso. Para ter ideia da diferença no uso da tela, experimente se possível um dia não ligar a tela (a não ser para atender/fazer chamadas), apenas para comparar e ver como a tela gasta. Normalmente se vai ligar a tela várias vezes ao dia, mas faça isso conscientemente, de que é necessário, ou de que o lazer tem um preço.
7) Se possível desligar o celular. Quanto a esta última, eu geralmente não sigo. O meu fica normalmente ligado direto 24 x 7. Mas se pensar bem, em muitas situações daria para desligar o aparelho por horas (tipo cinema, aulas, etc).
8) Também repense o uso do celular como leitor de livros digitais. Um e-reader dedicado, como o Kindle ou outro, com tela de e-paper, é muito mais eficiente que o smartphone. Além das outras vantagens de legibilidade no sol, tela maior e baixo consumo. Mesmo um tablet é melhor para ler, pois vai dividir o uso de baterias com outro aparelho, a tela do tablet é maior e mais confortável, e a bateria do tablet é fisicamente muito maior e de maior capacidade. O único consumo de midia que eu faço no smartphone é de música, no qual a tela pode apagar.
Outras considerações sobre baterias do tipo da usada no Nexus 4:
- A bateria do Nexus 4 é do tipo Litio-Polimero, são as mais atuais no momento, e não tem o problema de efeito memória. Não é preciso descarregar completamente todas as vezes, ao contrário, isso é prejudicial.
- As baterias de litio tem sua vida útil total aumentada se não forem completamente descarregadas com frequência, ou mantidas completamente carregadas por longo tempo ( Fonte: Morimoto, Guia do Hardware). Portanto vale a pena carregar se a bateria estiver a menos de 40% ou 30%, se possível e conveniente, e não deixá-la recarregando por muito tempo depois de chegar ã carga completa. Minha experiência pessoal, ao longo de muitos anos, é que não é preciso ficar paranoico com isso. Mesmo que a bateria fique a menos de 20% todo final de dia, isso para mim é muito mais prático que ficar carregando com frequência. Meu ideal é carregar no máximo uma vez por dia, de manhã ou à noite. E as vezes só tenho a noite e de madrugada para recarregar, então deixo a noite toda. Ainda assim, minhas baterias duram mais de 3 anos sem degradação aparente (deve ter tido alguma, mas não o suficiente para que eu percebesse). Uma dica que pode ser util é que se for armazenar por longo tempo, deixar em 40% a 50% de carga.
- O calor é prejudicial à manutenção de carga e à vida útil total. Mas vivemos em um país tropical, e temos efeito estufa no planeta... não adianta ficar paranoico e nem ligar ar condicionado por causa do smartphone. Mas se pode e deve evitar painéis e porta luvas de carro no sol, e situações semelhantes, acima de 40 graus C. Alguns falam em não deixar no bolso, mas com isso já começa a prejudicar a usabilidade. Tem que ser um meio termo.
- Algumas fontes sugerem um ciclo completo de recarga com alguma frequência planejada (mensalmente por exemplo) para calibrar o circuito controlador da bateria. Não posso garantir que tenha efeito positivo, e muito menos que tenha efeito para qualquer modelo de bateria. Mas também, como descarregar completamente apenas de vez em quando não é tão prejudicial, convém testar se no seu aparelho ajuda. Na prática, as vezes isso (a descarga completa) acaba acontecendo comigo mesmo sem eu planejar, então se realmente calibra, estou calibrando de vez em quando sem me preocupar com isso.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
A lição que fica dos episódios de quebra de sigilo dos serviços online
Muitos desmerecem as colocações de Richard Stallman sobre as implicações da tecnologia proprietária sobre a liberdade, privacidade e etc. como sendo paranóia e radicalismo. Minha posição sempre foi intermediária, embora não ache necessário na prática seguir a risca tudo o que ele diz, acho que vale a pena prestar atenção. Com o caso das quebras de sigilo de clientes pelos maiores prestadores de serviços online e em nuvem (ver artigos no Washington Post e no The Gardian), muitas já confirmadas pelas próprias empresas, podemos ver que existe um fundo de verdade em tudo o que ele vem falando faz tempo.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Preview do Windows 8.1
A Microsoft liberou um pequeno vídeo com algumas das novidades do Windows 8.1. São alterações que podem parecer cosméticas a princípio, mas que na verdade são um conjunto de pequenas funcionalidades de interface que melhoram a experiência do usuário, facilitam o acesso aos apps e às informações. Este tuning da própria Microsoft no seu sistema é muito maior que a suposta "volta do botão iniciar" que se propagou nos canais de TI nas últimas semanas. Confira o vídeo abaixo, de 4:31 min, em inglês. A versão Preview estará disponível em 26 de junho.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Mudanças no blog
Os leitores habituais podem ter notado algumas mudanças no blog nos últimos dias. Mudanças de conteúdo e visuais. O objetivo principal foi simplificar e otimizar a navegação, e ocorreu depois de análise dos acessos às diversas partes do site anterior. Por isto algumas páginas e seções foram removidas, e o acesso aos artigos foi simplificado. A maior mudança é que acaba o "/blog" no final da URL para acesso ao blog, que por sinal, é para onde iam praticamente todos os acessos. Tive que me render à realidade, apenas isso. Mudanças, mesmo quando para melhor, às vezes impõe um contratempo inicial, e por isto minhas desculpas, contando com a compreensão dos leitores.
sábado, 27 de abril de 2013
Nexus 4: review
A minha primeira impressão do Nexus 4, para mim que já tive um Nexus anterior com Jelly Bean, é que é o mesmo smartphone. E no meu caso era um Nexus S, de duas gerações atrás, e não um Galaxy Nexus. Isso era não só esperado como também um dos motivos de comprar um Nexus, ou seja, a integridade do Android "puro" do Google. Ainda assim causa um pequeno desapontamento para quem compra algo novo. Com o uso, no entanto, as diferenças começam a se firmar e mostrar as vantagens da nova versão do Nexus. Apesar do Nexus S ter sido minha primeira comparação, meu último aparelho anterior foi o Razr i (durante 4 meses), então farei mais comparações com ele.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
RAZR i - Upgrade manual para o Jelly Bean (4.1.2)
Comecei a ver pelas noticias da semana passada que o Jelly Bean (Android 4.1.2) para o RAZR i já estava sendo disponibilizado via OTA na França e depois outros países europeus. Finalmente no final da semana li que algumas pessoas no Brasil já haviam recebido o OTA. Em principio apenas as que compraram a versão retail (fora das operadoras). Me animei finalmente a instalar a ROM Retail, o que eu já planejava fazer de qualquer jeito para eliminar as customizações da VIVO. Depois de conseguir fazer a gravação da versão correta da ROM retail, entrei nas atualizações de sistema, e não veio o update. Ainda esperei mais um dia, e nada. Talvez tenha algo a ver com o IMEI, se eles tiverem cadastro daqueles IMEI vendidos em operadoras ou retail, ou talvez mais provavelmente eles tenham fechado a janela inicial de testes. Então hoje resolvi não esperar mais para finalizar o update para o Jelly Bean, e instalei o arquivo de atualização manualmente, uma etapa até bem mais fácil e segura do que a gravação da ROM. E finalmente tenho o 4.1.2 para o RAZR i, com suas melhorias: o Google Now, resposta por voz, notificações, etc. Antes de passar a explorar tudo isso, achei que valia a pena documentar o processo aqui no blog.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Quem ganha no mercado mobile: fabricante de hardware ou o sistemaoperacional?
Palavras chave para esta discussão: "sistema operacional", "fabricante", "ecossistema", "compatibilidade". A motivação: a notícia desta semana que Samsung confirma lançamento de dispositivos com Tizen para 2013. Para quem não acompanhou, o Tizen é descendente do Meego, por sua vez descendente do Maemo 5. Ele é hospedado na Linux Fundation, e patrocinado principalmente pela Samsung. São muitas questões envolvidas nesta notícia. Primeiro, porque a Samsung se daria a este trabalho (e custo), se as vendas com o Android estão boas? Seria por medo de competir em desvantagem com a Google, depois da compra desta da Motorola? Seria pela ambição de construir e dominar seu próprio ecossistema, sua própria loja e sua cloud? Ambição de ser uma nova Apple, controlando o hardware e o sistema de modo integrado? E depois, uma vez lançado, será que este sistema tem chance, num mercado já dominado pelo Android e o iOS?
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