Hoje temos finalmente um Windows 10 unificado para todos os dispositivos, com o mesmo kernel, apps universais, e até o número do build será o mesmo. Mas foi uma longa e tortuosa jornada desde o Windows 1.0 até chegar aqui. Existe muita desisnformação na Web sobre a sequência de evolução do Windows, em que contribui o próprio marketing da empresa, segundo o qual o XP é o "sucessor" do Windows 98/Me. Faz sentido comercialmente, mas tecnicamente é bem mais complicado que isso, o XP não é realmente o mesmo sistema que o 98/Me, muito menos uma nova versão dele. Vamos abaixo analisar a evolução do sistema, que nem começou como sistema operacional, explicando todas as versões e variantes.
domingo, 13 de dezembro de 2015
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Relatos de processadores Intel Skylake dobrando devido à pressão do cooler
Primeiro foram os iPhones 6 plus (o "bendgate"), agora processadores Intel estão dobrando: diversos relatos descrevem danos à processadores Intel Skylake, a última geração de processadores para desktop da empresa, devido à dobras nas laterais da placa que dá suporte ao chip (ver foto abaixo). O que vou chamar neste artigo de "placa do processador" é justamente essa plaquinha, abaixo da cobertura de metal, no qual estão impressos os contatos. As suspeitas recaem sobre a maior finura da nova placa (novamente na foto, se pode comparar a versão antiga, a esquerda, intacta, e a nova, visivelmente mais fina, dobrada). Esta placa mais fina não estaria suportando a pressão exercida por alguns modelos de cooler. Claro que por enquanto é uma teoria apenas, por mais que faça sentido, a verdadeira causa pode ser o material da placa, coolers inadequados, etc.
sábado, 17 de outubro de 2015
[Dica] Como desabilitar a Tecla Windows no teclado, para Windows 10
Esta dica foi testada por mim para o Windows 10, mas pelas páginas que li na pesquisa, deve funcionar também no 7 e no 8. Antes de mais nada, porque desabilitar a tecla Windows? Conheço apenas um motivo, no entanto suficiente: jogos. Esbarrar acidentalmente na tecla Windows equivale a um Alt+TAB repentino para a área de trabalho. Tenho um teclado Logitech G15 que tem uma chave física para habilitar/desabilitar a tecla Windows. Infelizmente esta solução de hardware não é uma característica comum em teclados, o que até se entende porque encarece o produto, para atender a uma parcela pequena da população. A Microsoft poderia facilmente implementar algo por software Windows, mas curiosamente nada foi feito até o momento. O teclado G15 resolve meu problema, no entanto precisei da funcionalidade em outro PC, no qual as vezes também jogo. Outras vezes também não estou a fim de usar o G15, que não é ABNT2 e é meio grande. O teclado Microsoft Comfort Curve 2000 atende a tudo que eu preciso, só não tem a tal chave de desabilitar a tecla Windows. Então vamos ao procedimento, que inclui apenas criar uma chave no registro. Basicamente é o procedimento descrito no link da Microsoft citado na fonte, a não ser pela edição para ficar mais simples e compreensível e a telinha com o layout dos valores que faz toda a diferença (e não precisar ficar contando zeros). Em seguida, também temos o precedimento para habilitar de volta.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
[Review] TRON, e a busca do conteúdo perdido
A cultura pop é uma via de mão dupla quando trata de tecnologia de computação. Da mesma forma que recebe informação do mundo real, tentando representar as tecnologias existentes ou extrapolar as futuras, também influencia as pessoas sobre como vão percebe-las ou até mesmo desenvolvê-las.
No primeiro caso geralmente descreve de modo infeliz, contribuindo para desinformação do público em geral ou caindo em clichés e estereótipos batidos. A prioridade é um produto de fácil consumo e agradável de se ver, não algo verossímil e relevante. Existem honrosas exceções. Mas para o bem ou para o mal, há uma influência da mídia sobre o público, leigo ou técnico, e por isso acho interessante analisar algumas obras de ficção. Já fiz aqui um review do livro Daemon, um exemplo de ficção tecnológica muito bem feita, que eu continuo recomendando, e lamentando não terem lançado a continuação no Brasil (que eu não li). Neste post analiso o filme "TRON - Uma Odisséia Eletrônica", de 1982, tentando extrair suas influências e seu impacto. Porque esse filme em particular? Motivação: eu vi no cinema quando lançado, e achei o filme pretensioso, bobo e decepcionante, apesar das críticas excelentes da imprensa na época. Eu não era profissional de TI, estava muito longe disso, era adolescente e ainda não tinha comprado meu primeiro computador pessoal, o que aconteceu só em 1983, um ano depois. Minha visão era de uma pessoa comum, sem base técnica nenhuma, sem experiência anterior com informática, mesmo porque não havia muita oportunidade para isso. mas com essa discrepância entre a crítica e minha opinião, sempre tive a impressão de não ter entendido alguma coisa. Acontece... Recentemente comprei o DVD que estava em uma promoção, disposto a tirar esta dúvida de uma vez por todas. Que foi que eu perdi?
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Novos lançamentos de hardware da Microsoft, Lumias 950, 950 XL e Surface Book
Nesta semana ocorreu o lançamento oficial da nova linha de produtos de hardware da Microsoft, os novos Lumias 950 e 950 XL, o novo Surface 4, a nova Microsoft Band, sendo que todos estes já eram bem esperados, e algo que me pegou de surpresa, um notebook, o Surface Book.
(Surface e Surface Book. Imagem da Microsoft)
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Windows 10, o lançamento e o futuro depois disso
Lançamento do Windows 10, possível momento de euforia pela novidade que desta vez não aconteceu. Porque? E o que esperar daqui para frente para o Windows, para o PC, e na suposta era pós-PC? Neste artigo algumas considerações sobre estes assuntos.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
[Dica] Como Entrar no Modo Recovery do Nexus 4
O recovery mode é útil para várias tarefas de manutenção no Android, incluindo as funções de wipe, utilizadas como recurso quando o aparelho se torna instável, e antes ou depois de uma troca de ROM.
O processo para entrar no modo recovery não é complicado, mas parece ter sido feito de propósito para ser difícil de lembrar. Então registrando aqui para referências futuras:
1. Desligue o dispositivo
2. Aperte ao mesmo tempo volume up, volume down e power
3. Aparecerá uma tela de menu mostrando a opção iniciar e apontando para o botão power. Com um dos botões de volume ir mudando até a opção "Recovery Mode". Escolher esta opção com o botão power
4. Vai aparecer uma tela com o robozinho simbolo do Android deitado e com um sinal de exclamação em cima. Aperte e mantenha power, e logo em seguida aperte volume up (sem segurar).
O modo recovery vai aparecer em seguida.
O processo para entrar no modo recovery não é complicado, mas parece ter sido feito de propósito para ser difícil de lembrar. Então registrando aqui para referências futuras:
1. Desligue o dispositivo
2. Aperte ao mesmo tempo volume up, volume down e power
3. Aparecerá uma tela de menu mostrando a opção iniciar e apontando para o botão power. Com um dos botões de volume ir mudando até a opção "Recovery Mode". Escolher esta opção com o botão power
4. Vai aparecer uma tela com o robozinho simbolo do Android deitado e com um sinal de exclamação em cima. Aperte e mantenha power, e logo em seguida aperte volume up (sem segurar).
O modo recovery vai aparecer em seguida.
sábado, 16 de maio de 2015
Experimentando o Windows 10 para smartphones (até o build 10080)
Instalei o technical preview do Windows 10 para PC pouco depois que saiu, mas era na versão para smartphones que estava realmente interessado. É aqui, eu creio, que estarão acontecendo as maiores mudanças e onde existem as maiores dúvidas. Onde existe mais em jogo. O sucesso (ou não) do Windows 10 nos smartphones pode selar o destino desta plataforma móvel. Há algumas semanas consegui instalar o preview do Windows 10 no Lumia 520, e depois no 1320. Aí vão algumas experiências e dicas que podem ser úteis ao decidir instalar ou não.
Até agora já passei por 3 builds do Windows 10 para smartphones, e é preciso dizer que ainda existem muitas arestas na interface gráfica de usuário, o que é plenamente normal neste estágio de desenvolvimento (pré-beta, ou alfa, ou como eles dizem, "preview técnico"). A versão atual (build 10080) já melhorou, mas ainda falta muito para se considerar um produto acabado. Também falta suporte a alguns aplicativos, fora os bugs e instabilidade que podem ocorrer, pois esta não é uma versão final para usuário, é uma versão de testes e para quem quer acompanhar o desenvolvimento, fazer sugestões ou até conhecer as novidades antes. Por isso recomendação oficial é não instalar no seu smartphone principal, o que faz sentido. Por isso comecei com o Lumia 520.
No Lumia 520, devido aos 512 MB de RAM e à tela de 4" de baixa resolução, a experiência de uso não é das melhores. Nesta versão preview o Windows 10 está lento no 520, provavelmente por causa da pouca memória. Isso tende a ser otimizado, lembrando que estamos no meio do desenvolvimento do software. A interface de usuário também não fica agradável. O Windows 10 parece ter sido pensado para telas maiores. As letras e ícones são menores, e aparece mais informação na tela. Por exemplo os menus da barra de status, quando se arrasta a borda superior para baixo. Antes eram quatro opções (rede, bluetooth, etc.) e mais as configurações. Agora, se expandir, temos nada menos que 12, incluindo as configurações que virou mais um botão. A tela de configurações também ficou mais detalhada, com ícones e fontes menores. Ficou boa e mais organizada, mas melhor para telas maiores e com mais resolução.
Enfim, não pude deixar de pensar em como isso tudo ficaria no 1320, incluindo a nova tela inicial com tiles transparentes sobre o brackground, que também não pareceu tão bonito na tela do 520. Decidi então voltar o 520 para o 8.1 e, contrariando todas as recomendações, instalar no smartphone principal... Para piorar o risco, fiz as duas coisas ao mesmo tempo, o restore no 520 e a instalação no 1320 (nesse momento poderia ter ficado sem os dois)... mas caso acontecesse o pior ainda existem mais alguns smartphones de backup por aqui. Se este não é o seu caso, eu recomendaria mais cautela.
Vamos começar com o restore do 8.1 no Lumia 520, que foi um teste interessante e pode tranquilizar algumas pessoas. Lembro que no início do preview houve relatos de falhas no restore do 520, incluindo "bricking" do aparelho e por isso esperei um tempo até fazer a instalação. Não lembro se já existe confirmação do problema resolvido, por isso até o momento de fazer o restore pairava alguma dúvida sobre o resultado. Tentei inicialmente o Windows Phone Recovery Tool, o que é mencionado na página do preview e recomendado pela Microsoft para aparelhos que rodavam o Windows 8 e 8.1. Se ele não "brickou" o 520, também não restaurou o Windows 8.1. Tentei diversas vezes, incluindo reiniciar e até ressetar o aparelho entre elas, mas nada adiantou. Então fui para a segunda opção, o Lumia Software Recovery Tool, e desta vez, apesar do processo ser meio lento, funcionou de primeira. Agora tenho o 520 são e salvo rodando o Windows 8.1 e Lumia Denin.
A instalação do Windows 1o technical preview no Lumia 1320 ocorreu sem problema, e até agora não tentei restaurar o Windows 8.1. Quando o fizer, edito um update no final deste post. Mas o que importa é que valeu muito a pena. Primeiro, que apesar de ser uma versão de desenvolvimento pré beta (alfa), e apesar do Lumia 1320 ter apenas 1 GB de RAM, o dobro do Lumia 520, mas ainda assim pouco para os padrões atuais, o Windows está respondendo bem rápido. Isso me tranquilizou, pois a tendência é só melhorar. Os usuários do 520 também não devem desanimar quanto à performance, pois repetindo, na versão de desenvolvimento as coisas ainda não estão otimizadas. Quanto à parte visual, finalmente pude ter uma idéia de como está ficando. A tela inicial ganhou mais uma coluna de tiles médios no Lumia 1320. Agora na horizontal cabem 8 pequenos, 4 médios ou dois estendidos. Na minha opinião é a configuração ideal para uma tela de 6", permite mais informação o mesmo tempo, menos rolagem.
Quanto à estabilidade, todos os sensores, rede, 4G, câmera, etc., estão funcionando. Como falei antes, alguns apps podem não ser suportados. Pessoalmente não senti falta de nada grave, e dá pra ir usando o 1320 com o W10 no dia a dia, como aparelho principal.
No caso de instabilidades, existe a possibilidade de que um resset à configuração inicial funcione. Além do resset no menu, que agra está em All Settings, System, About, "reset your phone", aprendi um procedimento de hard reset, que usei na restauração do Windows 8.1 no Lumia 520:
- Manter os botões power e volume down pressionados até vibrar
- Então solte o power e mantenha volume down pressionado até que seja exibido um ponto de exclamação
na tela (chegar até aqui requer uma temporização perfeita, tive que tentar várias vezes)
- Então solte o botão de diminuir volume e aperte os seguintes botões na sequencia :
- volume up
- volume down
- power
- volume down
Em seguida o aparelho vai reiniciar e restaurar as configurações iniciais.
Boa sorte e divirta-se explorando e testando o novo Windows 10 para smartphones!
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Projeto Astoria: Microsoft oferece alternativa para rodar aplicativos Android no Windows
A Microsoft apresentou esta semana dois projetos que permitirão que os desenvolvedores portem seus apps Android e iOS para o Windows. No caso do Android, é o projeto Astoria. Um subsistema de APIs do Android será implementado no Windows, com possíveis restrições. O objetivo é que o código Android rode com o minimo de alterações.
Os desenvolvedores terão também uma ferramenta de analise do APK atual para Android, que indicará possíveis mudanças necessárias. Os desenvolvedores terão que resubmeter o App na loja do Windows. Ao contrário do que foi feito no Blackberry, a Microsoft não vai estar incluindo loja ou serviços de terceiros.
Esta notícia, e mesmo antes dela, o boato que a antecedeu, vem gerando uma crítica frequente: que implementar suporte a aplicativos de um sistema majoritário desestimula os desenvolvedores a investirem no aprendizado e desenvolvimento nativo do sistema de nicho. E por fim acaba enfraquecendo ainda mais a plataforma. Os exemplos citados são o Blackberry (que implementou suporte ao Android via loja da Amazon), e até mesmo o OS/2 (que implementava suporte a aplicativos Windows 16 bits). Nos dois casos o resultado foi negativo. Como diferença citada com relação ao Blackberry está a adoção de uma loja e serviços próprios. Ainda assim, em grande parte o argumento se aplica.
Seja como for, sempre fica a impressão de que a Microsoft está se curvando ao poder de outra empresa e abrindo mão do seu paradigma de desenvolvimento. Além disso, é fato que não terá o controle sobre os rumos da API Android. Com a defasagem da implementação da API e mais as restrições, a atualização da versão "Android para Windows" de um determinado App será sempre comprometida.
A MS sempre foi uma empresa pragmática, e em outras situações similares conseguiu dar a volta por cima adotando estratégias assim. Mas a melhor expectativa que li no meio especializado a respeito deste projeto é que não trará influencia nenhuma, boa ou ruim. A pior é que espantará os desenvolvedores nativos. Pessoalmente, como usuário de Windows Phone acho interessante por facilitar a vinda de alguns Apps que ainda sinto falta. A curto e médio prazo pode dar um alivio a alguns usuários. Mas a longo prazo, para desenvolvimento da plataforma, não posso afirmar até que ponto vai ser bom ou ruim.
Os desenvolvedores terão também uma ferramenta de analise do APK atual para Android, que indicará possíveis mudanças necessárias. Os desenvolvedores terão que resubmeter o App na loja do Windows. Ao contrário do que foi feito no Blackberry, a Microsoft não vai estar incluindo loja ou serviços de terceiros.
Esta notícia, e mesmo antes dela, o boato que a antecedeu, vem gerando uma crítica frequente: que implementar suporte a aplicativos de um sistema majoritário desestimula os desenvolvedores a investirem no aprendizado e desenvolvimento nativo do sistema de nicho. E por fim acaba enfraquecendo ainda mais a plataforma. Os exemplos citados são o Blackberry (que implementou suporte ao Android via loja da Amazon), e até mesmo o OS/2 (que implementava suporte a aplicativos Windows 16 bits). Nos dois casos o resultado foi negativo. Como diferença citada com relação ao Blackberry está a adoção de uma loja e serviços próprios. Ainda assim, em grande parte o argumento se aplica.
Seja como for, sempre fica a impressão de que a Microsoft está se curvando ao poder de outra empresa e abrindo mão do seu paradigma de desenvolvimento. Além disso, é fato que não terá o controle sobre os rumos da API Android. Com a defasagem da implementação da API e mais as restrições, a atualização da versão "Android para Windows" de um determinado App será sempre comprometida.
A MS sempre foi uma empresa pragmática, e em outras situações similares conseguiu dar a volta por cima adotando estratégias assim. Mas a melhor expectativa que li no meio especializado a respeito deste projeto é que não trará influencia nenhuma, boa ou ruim. A pior é que espantará os desenvolvedores nativos. Pessoalmente, como usuário de Windows Phone acho interessante por facilitar a vinda de alguns Apps que ainda sinto falta. A curto e médio prazo pode dar um alivio a alguns usuários. Mas a longo prazo, para desenvolvimento da plataforma, não posso afirmar até que ponto vai ser bom ou ruim.
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Mudanças à vista na comunicação por voz e na telefonia
O VoIP (voz sobre IP) é uma tecnologia já amadurecida e antiga, sendo usada há décadas, e desde então me parece que tudo o que a humanidade precisaria para se comunicar seria uma conexão na Internet de qualidade mínima e um dispositivo projetado para fazer as ligações, ou um computador com o programa para isso, o que praticamente todo mundo já tem, se considerarmos que smartphones são computadores. O tempo foi passando e no entanto ainda coexiste, e na realidade domina, uma infraestrutura de telefonia baseada em tecnologias bem mais limitadas e caras, tanto a fixa como celular. A limitação por exemplo de ter que ter um número escolhido por uma operadora, um número associado a uma linha ou aparelho, e não usar uma conta em qualquer serviço. Ou a de não ter opção ainda de vídeo-chamada, e por aí vai. Serviços de VoIP já antigos como o Skype passaram por cima destas duas limitações a tempos. Por algum tempo ainda considerava a restrição de velocidade das redes de dados móveis como uma explicação. Mas é preciso lembrar que esta limitação em grande parte só existe porque a banda de rádio-frequência está priorizada para o serviço de voz. E agora está entrando o 4G melhorando em muito a velocidade de dados. E por fim, mais no caso da telefonia fixa, a única desculpa para as ligações tradicionais seria continuar usando um terminal dedicado burro (vulgo telefone). Eu acredito que o real motivo no entanto é a velocidade com que as pessoas absorvem novas técnicas, e em grande parte, isso é pela mudança de gerações. O pessoal mais novo que já nasceu com Internet e smartphones poderia estar se perguntando porque pagamos tanto por um serviço mais limitado! Porque pagamos por itens desnecessários? Porque não estamos usando todas as facilidades da tecnologia atual?
Acho que aos poucos esta barreira está caindo. Todas as ferramentas estão aí, basta que seu uso se generalize para que a contratação de uma "linha" de telefone fixo ou móvel se torne passado. O que você teria é um dispositivo (smartphone, tablet, computador, etc) ligado na Internet, e um ou mais serviços de chamadas por chat/voz, como o Skype ou Viber. Então já dá para começar agora (se é que você já não começou). Tenho testado o Skype via WiFi ou 4G, e a qualidade da ligação é muitas vezes melhor que por ligação convencional. Comecei recentemente também a ligar do Skype para números convencionais, usando um plano, com bom resultado. Já poderia adotar como meu meio de comunicação principal. Mas ainda existem algumas dificuldades. O primeiro é o custo dos pacotes de dados caso se use 4G. Como as redes das operadoras de celular ainda priorizam as chamadas convencionais, a parcela da banda para dados tem pouca oferta e custa caro. Além disso tem a questão da abrangência do uso. Como ainda muitas pessoas e empresas tem números convencionais, e pedem contatos por telefones convencionais, isso obriga a manter uma linha, nem que seja apenas um celular. Em parte se resolve com pacotes para ligações de VoIP para números convencionais, como no Skype, que ainda saem bem mais baratos que um plano convencional.
Por fim resta a questão da universalização de um serviço, ou compatibilidade entre serviços, para ser possível ligar para qualquer um, tal como na telefonia convencional. Se eu uso o serviço de chamadas por voz A e outra pessoa usa o B, hoje em dia não há interface entre eles, por exemplo o Skype e o Viber. Hoje clientes da operadora de fixo/celular A falam com a operadora B, bem como com todas as outras, e também mandam SMS para qualquer uma, a custos variáveis sim, mas a possibilidade pelo menos existe. Não preciso saber qual a operadora de alguém para ligar, nem preciso ter chips (cartão SIM) de mais de uma operadora. Mas no caso dos apps de comunicação instantânea, hoje em dia todos teriam que optar por um único app, o que configuraria um monopólio. O Whatsapp atualmente é um exemplo de como funcionaria. Muitas pessoas estão substituindo SMS, totalmente ou não, pelo Whatsapp. Em parte isso é possível porque a maioria das pessoas adotou este app. Mas quem não adotou está de fora de alcance. Não é universal. Outro bom exemplo é o Hangouts do Google, já que ele vem no Android e este sistema está dominando quase 80% do mercado. Mas também não é universal, e não alcança quem por acaso usa outra coisa.
E sobre o Whatsapp vem a primeira notícia que indica uma mudança no equilibro de forças... Rumores afirmam que em breve ele terá também ligações por voz, como neste artigo do Globo. E neste mesmo artigo é citado que a vantagem sobre outros serviços similares seria o grande número de usuários. O Whatsapp por outro lado é de certa forma um retrocesso: ele está amarrado a um número de telefone. Uma vinculação que pode ser prática de inicio, já que não preciso criar uma conta e senha no serviço, mas tenho que ter um contrato de linha de celular, nem que seja um pré-pago. E não consigo usar a mesma conta sincronizada em dois ou mais celulares (com números diferentes). Tenho implicância com o simples fato de passar para alguém um número que não significa nada, e não uma conta, como por exemplo fazemos hoje com email ou a conta do Skype, que indica meu nome, é mais pessoal e é muito mais fácil de lembrar.
A outra notícia é interessante porque vai no sentido inverso, a Google virando uma operadora de celular. Quer dizer, uma empresa que veio da Internet, da Web, quer vender um serviço tradicional de telefonia. O interessante é tentar imaginar porque, qual a estratégia por trás disso. São varias peças que se juntam. Eles já tem um sistema operacional móvel dominando (um tal de Android...). O maior lucro da empresa vem de anúncios. Para isso é preciso que o maior número de pessoas vejam os anúncios. Também existe o negócio de venda de conteúdo. Para isso é preciso transferir este conteúdo para as pessoas (via Internet com banda larga). Eles já oferecem banda larga diretamente a consumidores finais em algumas cidades dos EUA, é limitado, mas entendo como um teste de mercado. Talvez a intenção seja oferecer o acesso móvel de forma mais agressiva e com isso aumentar o público de seus anúncios e da sua própria loja e serviços de nuvem. Apenas talvez, mas faz sentido para mim. E neste caso a telefonia apenas vem junto do pacote. A Google não pretende investir em infraestrutura, antenas, eles vão subcontratar serviços de outras operadoras e fazer a interface comercial com o cliente.
E a terceira notícia que indica mudanças, um chip GSM só para usar o Whatsapp, o WhatSim. A idéia é que se alguém usa o telefone só para Whatsapp, então porque pagar por um plano de voz+dados genérico? Só que agora, com o Whatsapp provavelmente entrando na comunicação por voz, será que não haverá um upgrade também neste chip? O site do serviço: http://www.whatsim.com/en. É uma empresa Italiana, quem preferir ler em Italiano: http://www.whatsim.com. O Brasil está na lista de cobertura.
Concluindo, com serviços de VoIP se popularizando, as operadoras veriam seus clientes consumindo menos planos de minutos e usando mais planos de dados, isso quando não estiverem um algum WiFi. Não significa que elas vão acabar, mas haverá menos margem para criar pacotes de vendas casadas de minutos, sms, dados. Tudo o que as pessoas precisarão é de um bom plano de dados, então um ajuste nos serviços é necessário. Outro aspecto: tanto no caso da "Operadora Google" quanto no WhatSim, as operadoras tradicionais estão por trás como provedoras de Internet. Só que não estarão negociando com clientes finais ingênuos e consumistas e sim com multinacionais e seus exércitos de advogados.
[Update 24-04-2015: A operadora do Google foi oficialmente anunciada, agora chamada de 'Project Fi', tem a intenção de ter uma abrangência limitada, inclusive inicialmente restrita apenas aos usuários do Nexus 6. Tal como o Google Fiber, A idéia é causar uma quebra de paradigma no mercado, e não dominá-lo. Neste post dos Gizmodo são listadas algumas das características do serviço. Particularmente gostei da independência número de telefone x dispositivo. Minha avaliação é que estrategicamente a Google precisa de acesso de banda larga móvel generalizado entre a população, para que seus serviços e anúncios alcancem o máximo de público, pelo máximo de tempo. Então a entrada no mercado é no sentido de criar este tendência. ]
Acho que aos poucos esta barreira está caindo. Todas as ferramentas estão aí, basta que seu uso se generalize para que a contratação de uma "linha" de telefone fixo ou móvel se torne passado. O que você teria é um dispositivo (smartphone, tablet, computador, etc) ligado na Internet, e um ou mais serviços de chamadas por chat/voz, como o Skype ou Viber. Então já dá para começar agora (se é que você já não começou). Tenho testado o Skype via WiFi ou 4G, e a qualidade da ligação é muitas vezes melhor que por ligação convencional. Comecei recentemente também a ligar do Skype para números convencionais, usando um plano, com bom resultado. Já poderia adotar como meu meio de comunicação principal. Mas ainda existem algumas dificuldades. O primeiro é o custo dos pacotes de dados caso se use 4G. Como as redes das operadoras de celular ainda priorizam as chamadas convencionais, a parcela da banda para dados tem pouca oferta e custa caro. Além disso tem a questão da abrangência do uso. Como ainda muitas pessoas e empresas tem números convencionais, e pedem contatos por telefones convencionais, isso obriga a manter uma linha, nem que seja apenas um celular. Em parte se resolve com pacotes para ligações de VoIP para números convencionais, como no Skype, que ainda saem bem mais baratos que um plano convencional.
Por fim resta a questão da universalização de um serviço, ou compatibilidade entre serviços, para ser possível ligar para qualquer um, tal como na telefonia convencional. Se eu uso o serviço de chamadas por voz A e outra pessoa usa o B, hoje em dia não há interface entre eles, por exemplo o Skype e o Viber. Hoje clientes da operadora de fixo/celular A falam com a operadora B, bem como com todas as outras, e também mandam SMS para qualquer uma, a custos variáveis sim, mas a possibilidade pelo menos existe. Não preciso saber qual a operadora de alguém para ligar, nem preciso ter chips (cartão SIM) de mais de uma operadora. Mas no caso dos apps de comunicação instantânea, hoje em dia todos teriam que optar por um único app, o que configuraria um monopólio. O Whatsapp atualmente é um exemplo de como funcionaria. Muitas pessoas estão substituindo SMS, totalmente ou não, pelo Whatsapp. Em parte isso é possível porque a maioria das pessoas adotou este app. Mas quem não adotou está de fora de alcance. Não é universal. Outro bom exemplo é o Hangouts do Google, já que ele vem no Android e este sistema está dominando quase 80% do mercado. Mas também não é universal, e não alcança quem por acaso usa outra coisa.
E sobre o Whatsapp vem a primeira notícia que indica uma mudança no equilibro de forças... Rumores afirmam que em breve ele terá também ligações por voz, como neste artigo do Globo. E neste mesmo artigo é citado que a vantagem sobre outros serviços similares seria o grande número de usuários. O Whatsapp por outro lado é de certa forma um retrocesso: ele está amarrado a um número de telefone. Uma vinculação que pode ser prática de inicio, já que não preciso criar uma conta e senha no serviço, mas tenho que ter um contrato de linha de celular, nem que seja um pré-pago. E não consigo usar a mesma conta sincronizada em dois ou mais celulares (com números diferentes). Tenho implicância com o simples fato de passar para alguém um número que não significa nada, e não uma conta, como por exemplo fazemos hoje com email ou a conta do Skype, que indica meu nome, é mais pessoal e é muito mais fácil de lembrar.
A outra notícia é interessante porque vai no sentido inverso, a Google virando uma operadora de celular. Quer dizer, uma empresa que veio da Internet, da Web, quer vender um serviço tradicional de telefonia. O interessante é tentar imaginar porque, qual a estratégia por trás disso. São varias peças que se juntam. Eles já tem um sistema operacional móvel dominando (um tal de Android...). O maior lucro da empresa vem de anúncios. Para isso é preciso que o maior número de pessoas vejam os anúncios. Também existe o negócio de venda de conteúdo. Para isso é preciso transferir este conteúdo para as pessoas (via Internet com banda larga). Eles já oferecem banda larga diretamente a consumidores finais em algumas cidades dos EUA, é limitado, mas entendo como um teste de mercado. Talvez a intenção seja oferecer o acesso móvel de forma mais agressiva e com isso aumentar o público de seus anúncios e da sua própria loja e serviços de nuvem. Apenas talvez, mas faz sentido para mim. E neste caso a telefonia apenas vem junto do pacote. A Google não pretende investir em infraestrutura, antenas, eles vão subcontratar serviços de outras operadoras e fazer a interface comercial com o cliente.
E a terceira notícia que indica mudanças, um chip GSM só para usar o Whatsapp, o WhatSim. A idéia é que se alguém usa o telefone só para Whatsapp, então porque pagar por um plano de voz+dados genérico? Só que agora, com o Whatsapp provavelmente entrando na comunicação por voz, será que não haverá um upgrade também neste chip? O site do serviço: http://www.whatsim.com/en. É uma empresa Italiana, quem preferir ler em Italiano: http://www.whatsim.com. O Brasil está na lista de cobertura.
Concluindo, com serviços de VoIP se popularizando, as operadoras veriam seus clientes consumindo menos planos de minutos e usando mais planos de dados, isso quando não estiverem um algum WiFi. Não significa que elas vão acabar, mas haverá menos margem para criar pacotes de vendas casadas de minutos, sms, dados. Tudo o que as pessoas precisarão é de um bom plano de dados, então um ajuste nos serviços é necessário. Outro aspecto: tanto no caso da "Operadora Google" quanto no WhatSim, as operadoras tradicionais estão por trás como provedoras de Internet. Só que não estarão negociando com clientes finais ingênuos e consumistas e sim com multinacionais e seus exércitos de advogados.
[Update 24-04-2015: A operadora do Google foi oficialmente anunciada, agora chamada de 'Project Fi', tem a intenção de ter uma abrangência limitada, inclusive inicialmente restrita apenas aos usuários do Nexus 6. Tal como o Google Fiber, A idéia é causar uma quebra de paradigma no mercado, e não dominá-lo. Neste post dos Gizmodo são listadas algumas das características do serviço. Particularmente gostei da independência número de telefone x dispositivo. Minha avaliação é que estrategicamente a Google precisa de acesso de banda larga móvel generalizado entre a população, para que seus serviços e anúncios alcancem o máximo de público, pelo máximo de tempo. Então a entrada no mercado é no sentido de criar este tendência. ]
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