segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
"iphone" da Gradiente: não deixa de ser engraçado
A Gradiente divulgou no seu canal do Youtube um vídeo (veja abaixo) explicando a polêmica do nome "iphone". Em linhas gerais, é o que já tinha sido divulgado na imprensa. Para uma empresa como a Apple, que preza tanto a sua imagem e de seus produtos, é um golpe aqui no mercado brasileiro. Mas devido ao histórico de processos da Apple no mundo todo, não será o primeiro nem o último. É um jogo que eles adoram jogar, e não são inocentes. Não sou advogado, mas se está tudo documentado como diz no vídeo, não há o que reclamar. Li que em casos parecidos no resto do mundo a Apple foi pela via do acordo. Se levam tão a sério um nome, podem comprar a Gradiente, para eles não deve ser caro... :-) Aliás, me pergunto porque então a Gradiente não processou a Apple esse tempo todo.
Na minha opinião, isso pode sim gerar alguma confusão no consumidor, mas nada que não se possa conviver, mesmo porque já existem produtos no mercado cinza chamados "HIPHONE". A impressão que eu tenho é de que se o iPhone da Apple não tivesse feito sucesso, o nome "iphone" da Gradiente talvez estivesse esquecido em algum arquivo morto até hoje. Provavelmente estava mesmo, até que alguém achou e teve a brilhante idéia de usar. Oportunismo? Sim, mas se eles tem o direito legal, é uma arma a ser colocada nessa guerra, e como disse, a Apple não é inocente nela. Para um produto top, isso até seria desmerecedor para a Gradiente, cheira a cópia barata. Mas no vídeo este smartphone é descrito com um produto barato mesmo, de dois chips, tela de 3,7", etc. Ou como eles mesmos definem: "é um smartphone muito bom" e com "recursos mais simples". Ou seja, os 3 "B"s do mercado de baixo custo: bom, barato e bonito (o nome pelo menos) ...
Por outro lado, se os chineses não tem vergonha de fazer um "HIPHONE", vender milhões pelo mundo todo e fazer bilhões de dólares com isso, porque a Gradiente que está lutando para sobreviver deveria ter? Não conheço a fundo as especificações do HIPHONE (pra falar a verdade nem quero), só sei que é um produto barato que entra pelo "mercado cinza" e é vendido em camelô. O da Gradiente está mirando o mesmo público de baixa renda, mas parece ser até um upgrade, pelo menos será homologado pela Anatel, terá garantia, etc.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
História do Linux: O Kurumin
O Linux está bem estabilizado no mercado, está dentro do Android, na maioria dos servidores Web, e nos desktops continua pelo menos vivo. A Canonical continua desenvolvendo um sistema usável pelo consumidor comum, o Ubuntu, e que agora já tem até Steam em fase beta (apesar das objeções do Stallman, é um dos produtos que mantém o linux visível neste segmento dos PCs). Mas como chegamos a esta situação? O Linux é apenas um kernel, o que instalamos nos nossos PCs são as distribuições (ou 'distros'), como o próprio Ubuntu por exemplo. Mas desde o início do Linux muitas distribuições começaram, algumas terminaram, com diferentes graus de influência no sistema como um todo.
No Brasil, tivemos algumas iniciativas de distros relevantes mundialmente, como a Conectiva, que tinha foco comercial mas acabou sendo comprada por uma multinacional, e diversas distros comunitárias. Entre elas a mais conhecida talvez tenha sido a Kurumin. Esta distribuição, que era desenvolvida pelo Carlos Eduardo Morimoto, no momento está descontinuada (página dela com o status no site DistroWach). Mas sua contribuição histórica permanecerá.
Fui usuário do Kurumim por vários anos, seguindo o sistema por dezenas de versões. Ainda tenho alguns live CDs, de fases bem diferentes, os que não regravei. E foi com pesar que soube do seu fim, muito embora para ser sincero, neste tempo já tinha me tornado usuário do Ubuntu por conta da estabilidade e atualizações (foi mal de novo, Stallman, e pior, também uso Windows...). Realmente não dá pra competir com uma distro comercial quando o objetivo é uso prático no dia-a-dia, ver tudo funcionando rápido e com o mínimo de trabalho. Mas para o desenvolvimento do software livre e da capacitação técnica do País, acho necessário estas distribuições mais abertas e comunitárias, justamente para que os interessados possam abrir, mexer, experimentar, enfim, botar a mão na massa.
Para não deixar passar em branco a existência desta distro aqui no blog, e também para dar meu incentivo a este tipo de trabalho, resolvi fazer este post relembrando o Kurumim. Aproveito para anexar abaixo uma entrevista com o criador do Kurumim, o Carlos Morimoto, que achei no Youtube (atenção, embora me pareça óbvio, a entrevista não foi feita por mim, todos os créditos ao dono do canal do Youtube!), revendo este vídeo se pode entender melhor os aspectos que citei acima. Parabéns ao Morimoto e a todos que participaram do Kurumim.
No Brasil, tivemos algumas iniciativas de distros relevantes mundialmente, como a Conectiva, que tinha foco comercial mas acabou sendo comprada por uma multinacional, e diversas distros comunitárias. Entre elas a mais conhecida talvez tenha sido a Kurumin. Esta distribuição, que era desenvolvida pelo Carlos Eduardo Morimoto, no momento está descontinuada (página dela com o status no site DistroWach). Mas sua contribuição histórica permanecerá.
Fui usuário do Kurumim por vários anos, seguindo o sistema por dezenas de versões. Ainda tenho alguns live CDs, de fases bem diferentes, os que não regravei. E foi com pesar que soube do seu fim, muito embora para ser sincero, neste tempo já tinha me tornado usuário do Ubuntu por conta da estabilidade e atualizações (foi mal de novo, Stallman, e pior, também uso Windows...). Realmente não dá pra competir com uma distro comercial quando o objetivo é uso prático no dia-a-dia, ver tudo funcionando rápido e com o mínimo de trabalho. Mas para o desenvolvimento do software livre e da capacitação técnica do País, acho necessário estas distribuições mais abertas e comunitárias, justamente para que os interessados possam abrir, mexer, experimentar, enfim, botar a mão na massa.
Para não deixar passar em branco a existência desta distro aqui no blog, e também para dar meu incentivo a este tipo de trabalho, resolvi fazer este post relembrando o Kurumim. Aproveito para anexar abaixo uma entrevista com o criador do Kurumim, o Carlos Morimoto, que achei no Youtube (atenção, embora me pareça óbvio, a entrevista não foi feita por mim, todos os créditos ao dono do canal do Youtube!), revendo este vídeo se pode entender melhor os aspectos que citei acima. Parabéns ao Morimoto e a todos que participaram do Kurumim.
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domingo, 9 de dezembro de 2012
Notas da semana, RAZR i, o futuro dos sockets da Intel e etc
Quatro notas sobre fatos desta semana (1) experiência de uso com o RAZR i, (2) boato sobre o fim dos sockets da Intel, (3) recomendação de jogo 3D para Android e (4) uma reflexão de última hora sobre as (2) e (3).
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Última versão oficial do Android para o Nexus S será a 4.1.2
Este post é interessante não só para os donos de Nexus S, pois nos permite entender um aspecto de como funcionam as atualizações dos sistema nos aparelhos Android. O fato é que semana passada a Google informou que não mais atualizará o Android nos aparelhos Nexus S, sendo a última versão oficial a 4.1.2. Em outras palavras, a nova versão 4.2, que ainda se chama Jelly Bean, está fora, mas este nem chega a ser a principal questão. Durante quase dois anos recebi sempre as atualizações do Android no meu Nexus S, e agora, a não ser talvez por alguma ROM modificada, como o CyanogenMod, o sistema ficaria congelado no tempo. A questão mais interessante é justamente se a descontinuidade de atualizações se deve a limitações do hardware ou simplesmente para evitar o custo de desenvolvimento interno. Agora, se o pessoal do Cyanogen atualizar o Nexus S para a 4.2 com boa performance, então ficará provado que se trata da última opção. Ou seja, o Nexus S teria capacidade de receber a última versão, o que não teria sido feito apenas por corte de custos. O também reforçaria minha opinião de que o melhor, pelo menos para sistemas operacionais e drivers, é realmente o software livre.
Contextualizando, o Nexus S é a segunda edição dos smartphones Nexus (ele sucedeu o Nexus One), projetados diretamente pela Google, que também forcece a versão do Android. As duas grandes vantagens são a experiência do Android pura (ou seja, sem as customizações de fabricantes e bloatware de operadoras) e as atualizações direto do Google, logo depois da atualização do projeto AOSP. Esta já é uma situação bem melhor do que a dos aparelhos de outras marcas, como a Samsung, LG ou Sony, por exemplo (para evitar confusão, o Nexus S é fabricado pela Samsung, mas o sistema é fornecido diretamente da Google, como dito antes), que recebem muito menos atualizações. Os aparelhos Nexus são o melhor refúgio para quem faz questão de ter o Android atualizado. Nota: não foi lançado nenhum Nexus oficialmente no Brasil, e o que mais se aproxima disso é o Galaxy X, que pelo que pesquisei tem o hardware igual ao do Galaxy Nexus, mas uma pequena alteração no sistema para se adequar a uma exigência da Anatel, que impede a atualização automática do site da Google, ao mesmo tempo que o Galaxy Nexus.
Agora é esperar a próxima versão do CyanogenMod, e fazer uso do bootloader desbloqueado do Nexus S...
[Update: do blog do CyanogenMod: "Android 4.2 will become CyanogenMod 10.1 and we will provide an update on our Google+ when nightlies with the 4.2 code begin."]
Via TechRadar
Contextualizando, o Nexus S é a segunda edição dos smartphones Nexus (ele sucedeu o Nexus One), projetados diretamente pela Google, que também forcece a versão do Android. As duas grandes vantagens são a experiência do Android pura (ou seja, sem as customizações de fabricantes e bloatware de operadoras) e as atualizações direto do Google, logo depois da atualização do projeto AOSP. Esta já é uma situação bem melhor do que a dos aparelhos de outras marcas, como a Samsung, LG ou Sony, por exemplo (para evitar confusão, o Nexus S é fabricado pela Samsung, mas o sistema é fornecido diretamente da Google, como dito antes), que recebem muito menos atualizações. Os aparelhos Nexus são o melhor refúgio para quem faz questão de ter o Android atualizado. Nota: não foi lançado nenhum Nexus oficialmente no Brasil, e o que mais se aproxima disso é o Galaxy X, que pelo que pesquisei tem o hardware igual ao do Galaxy Nexus, mas uma pequena alteração no sistema para se adequar a uma exigência da Anatel, que impede a atualização automática do site da Google, ao mesmo tempo que o Galaxy Nexus.
Agora é esperar a próxima versão do CyanogenMod, e fazer uso do bootloader desbloqueado do Nexus S...
[Update: do blog do CyanogenMod: "Android 4.2 will become CyanogenMod 10.1 and we will provide an update on our Google+ when nightlies with the 4.2 code begin."]
Via TechRadar
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Raspberry Pi: Da instalação ao primeiro boot
Recebi meu primeiro Raspberry Pi ontem, trazido por um amigo direto do Reino Unido (valeu Luiz!), e não esperei para montá-lo no case e instalar o sistema. O processo todo tomou uma meia hora no total, e ocorreu sem nenhum contratempo. Este post serve para dar uma visão geral da instalação, o que pode tranquilizar quem talvez se interesse pelo PI, mas também como tutorial prático para uma instalação rápida. Abaixo a caixinha onde vem o Raspberry, comparada em tamanho com uma lapiseira.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
[rumor] Próximo Nexus será fabricado pela LG
Rumor quase confirmado, que já está por todos os sites de tecnologia: o próximo smartphone na linha Nexus, da Google, será fabricado pela LG. Depois do Nexus One (pela htc), Nexus S e Galaxy Nexus (os dois pela Samsung), a Google mantém a tradição de revezar o fabricante do seu aparelho de referência. Manter esta prática neste momento é interessante até para remover as críticas de que a Google passaria a privilegiar a Motorola, que foi adquirida por ela, o que realmente seria uma política arriscada.
Das especificações (ainda não oficiais) que estão circulando por aí, é interessante notar o processador de 4 núcleos e principalmente a RAM de 2Gb, quebrando a barreira dos 1 Gb que era imposta pelo limite dos chips. Mas não entrarei em detalhes sobre isso enquando não houver o anúncio oficial das especificações. Os rumores apontam o anúncio para o final de outubro. Logo saberemos.
Fonte:
Tecnologia UOL
e
AndroidPolice
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
A indústria da desinformação
Venho acumulando ao longo dos anos muitos casos de equívocos da midia especializada em tecnologia, o que só veio aumentando meu descrédito por ela. Especialmente os meios mais tradicionais, revistas e jornais. O problema é mais visível quando se pega uma publicação antiga, e se analisa o que está ali à luz do conhecimento atual. Um exemplo concreto: estou na luta para reduzir a quantidade de papel aqui em casa. Não pretendo acabar com todo o papel, apenas com a parte dele que é supérflua. Meu alvo atual são as revistas que acabei acumulando ao longo dos anos, a maioria de TI. Por acaso e curiosidade resolvi folhear uma delas antes de mandá-la para o lixo. Era um exemplar de meados de 2008 de uma revista de grande circulação "especializada" em tecnologia. Sem citar nomes... [Update: Em resposta ao que alguns conhecidos meus comentaram: Meu primeiro ímpeto foi citar a edição da revista em que ocorrem os fatos descritos abaixo. Por dois motivos, primeiro como reação pessoal à minha decepção como leitor, leia-se vingança, e depois para dar mais veracidade ao meu argumento. Mas logo ponderei que isso não contribui em nada, uma vez que não é meu objetivo atacar uma revista específica, essa situação é genérica. Afirmo novamente que se trata de um fato concreto, mas quem não acreditar, pode considerar um exemplo ficcional que dá na mesma! Se depois for procurar vai achar dezenas de exemplos reais parecidos! Aviso: qualquer semelhança com a realidade NÃO É mera coincidência].
Dois artigos me chamaram muito a atenção nesta revista. Num deles um articulista internacional de TI, desses que escreve em dezenas de revistas pelo mundo todo, descreve a computação em nuvem como uma tolice completa. Ele não analisa prós e contras, apenas contras, citando situações imaginárias (cobranças abusivas, chantagens), e terminando com a conclusão de que a cloud computing "não é mais rápida, confiável e segura que micros (sic) isolados". Esta é uma afirmação leviana de se fazer, mesmo em 2008. Nem faz tanto tempo! Ainda mais para um profissional que se propõe a analisar tendências macro. Todo mundo pode ter uma opinião, mas que deveria ser mais embasada do que "não gosto disso". Além do mais, PCs isolados são tudo menos confiáveis. São uma fonte de caos e dores de cabeça ...
Resultado, 4 anos depois a computação em nuvem vai bem obrigado, não é a solução para todos os males da humanidade, mas a tendência é crescer. O ponto aqui é que o leitor em 2008 poderia ser levado a acreditar no artigo, e se tivesse que tomar alguma decisão de compra ou investimento influenciado por ele, seria a errada: comprar mais "micros isolados". Um tomador de decisão corporativo deveria ter capacidade de crítica e não se deixar levar por textos desse nível, mas se o artigo não tem nenhum conteúdo útil, se está ali pedindo para ser rebatido e descartado, porque perder o tempo de lê-lo?
O outro exemplo neste mesmo número é um review de uma página comemorando o lançamento do Nokia N95. O artigo até chega a citar o iPhone no início ("todo mundo só fala dele"), mas em seguida continua que o N95 é "um smartphone de primeirissima categoria que acaba de receber um upgrade" (por isso que eu disse "comemorando", pra não falar do "arsenal de recursos do N95 8Gb é notavel", e por aí vai...). Usava Symbian. Na realidade, o Symbian era o sistema mais usado naqueles tempos, só que no fundo ele já estava morto. Não era preciso prever o futuro para dizer isso, bastava analisar o sistema lado a lado com o iOS (naqueles anos, até Blackberry era uma opção melhor). Todos os elementos para esta análise já existiam em 2008. O contra-argumento usual é que a função da revista é informar sobre lançamentos de produtos e deixar o usuário escolher. Mas na minha visão, é muito mais relevante orientar os leitores sobre a melhor forma de empregar seus recursos. Listagem de especificações se consegue em milhões de sites na Web, de graça. E naquele momento, se não existia Android, e iPhone era a melhor opção de smartphone, e Symbian era um beco sem saída. Isso não é dito em lugar nenhum do artigo, nem mesmo como uma ressalva. Podia ter o mesmo review, mas com umas linhas dizendo algo como: "diante de sistemas mais modernos como o iOS, o N95/Sysmbian tende a perder espaço". Mas nada... Se todo mundo só falava do iPhone, era de se desconfiar que tinha algum motivo...
Para ser justo, este mesmo número da revista tinha um outro artigo sobre iPhone. Mas eu estou analisando o espaço do review do N95. O fato dele existir na revista e não ter a ressalva que falei já contém uma informação subliminar. Daí se conclui também que um meio de comunicação de massa, isso vale também para TV, rádio e etc, não precisa contar nenhuma mentira para desinformar. Basta que omita pequenas partes da informação que seriam relevantes para que o consumidor tire a melhor conclusão. E isso acontece o tempo todo, já que estes veículos são limitados por natureza, é preciso escolher o que entra em cada edição. No caso do radio e da TV, pelo tempo. No caso de revistas e jornais, o número de folhas, o tamanho de uma página. Então de certa forma, é plenamente justificável a escolha de que matéria entra ou não. Não dá pra por tudo, e falar tudo. Mas o critério de escolha é que está em jogo. No review não tinha nenhuma mentira, mas se tivesse algumas linhas de ressalva, mudaria totalmente o sentido da informação. Do jeito que saiu, foi pouco mais que uma propaganda.
Minha conclusão sobre isso é que esta revista não me orientou corretamente sobre o que comprar ou investir nos 4 anos seguintes. Por sorte não comprei um N95, e sim um Android, quando lançaram o Motorola Dext apenas um ano depois. E venho usando e recomendando nuvem desde aquela época, quando se aplica. A pergunta que fica é se uma revista, ou mesmo um veículo de informações de TI online, serve apenas para mostrar o que existe agora, ou para dar dicas sobre o que fazer agora tendo em vista o futuro. Porque a maior parte das coisas que escolhemos e compramos hoje é para ser usada por anos, e a escolha de uma plataforma (por exemplo, um SO) por mais tempo ainda, pois ela passa por vários equipamentos físicos, enquanto o investimento nela é preservado (conhecimento, aplicativos, etc), se ela durar, é claro. Em 3 anos já estou no terceiro aparelho Android, mas o conhecimento, os apps e os dados na nuvem do Google (agenda, contatos, emails, documentos) são os mesmos!
Como disse, não é a primeira vez que percebo essa baixa qualidade de informação em revistas. Também ninguém precisa ficar com medo de folhear uma revista e sair fazendo loucuras e gastando o seu dinheiro suado em bobagens, mas é bom ter um pé atrás sempre. Nisso, as informações obtidas pela web (não só blogs, mas também foruns, redes sociais, sites, qualquer coisa) podem acabar sendo mais úteis. Porque a tendência a confiar em um profissional de um veículo grande e tradicional é maior. Num site qualquer a tendência é justamente a oposta, desconfiar. E da comparação de várias opiniões e argumentos, da análise das razões por trás de cada um deles, acaba saindo um cenário muito mais completo e útil. Recomento começar a comparar as opiniões de especialistas publicadas nos veículos tradicionais com a torrente de posts da Web sobre qualquer assunto de TI. O resultado é surpreendente.
Dois artigos me chamaram muito a atenção nesta revista. Num deles um articulista internacional de TI, desses que escreve em dezenas de revistas pelo mundo todo, descreve a computação em nuvem como uma tolice completa. Ele não analisa prós e contras, apenas contras, citando situações imaginárias (cobranças abusivas, chantagens), e terminando com a conclusão de que a cloud computing "não é mais rápida, confiável e segura que micros (sic) isolados". Esta é uma afirmação leviana de se fazer, mesmo em 2008. Nem faz tanto tempo! Ainda mais para um profissional que se propõe a analisar tendências macro. Todo mundo pode ter uma opinião, mas que deveria ser mais embasada do que "não gosto disso". Além do mais, PCs isolados são tudo menos confiáveis. São uma fonte de caos e dores de cabeça ...
Resultado, 4 anos depois a computação em nuvem vai bem obrigado, não é a solução para todos os males da humanidade, mas a tendência é crescer. O ponto aqui é que o leitor em 2008 poderia ser levado a acreditar no artigo, e se tivesse que tomar alguma decisão de compra ou investimento influenciado por ele, seria a errada: comprar mais "micros isolados". Um tomador de decisão corporativo deveria ter capacidade de crítica e não se deixar levar por textos desse nível, mas se o artigo não tem nenhum conteúdo útil, se está ali pedindo para ser rebatido e descartado, porque perder o tempo de lê-lo?
O outro exemplo neste mesmo número é um review de uma página comemorando o lançamento do Nokia N95. O artigo até chega a citar o iPhone no início ("todo mundo só fala dele"), mas em seguida continua que o N95 é "um smartphone de primeirissima categoria que acaba de receber um upgrade" (por isso que eu disse "comemorando", pra não falar do "arsenal de recursos do N95 8Gb é notavel", e por aí vai...). Usava Symbian. Na realidade, o Symbian era o sistema mais usado naqueles tempos, só que no fundo ele já estava morto. Não era preciso prever o futuro para dizer isso, bastava analisar o sistema lado a lado com o iOS (naqueles anos, até Blackberry era uma opção melhor). Todos os elementos para esta análise já existiam em 2008. O contra-argumento usual é que a função da revista é informar sobre lançamentos de produtos e deixar o usuário escolher. Mas na minha visão, é muito mais relevante orientar os leitores sobre a melhor forma de empregar seus recursos. Listagem de especificações se consegue em milhões de sites na Web, de graça. E naquele momento, se não existia Android, e iPhone era a melhor opção de smartphone, e Symbian era um beco sem saída. Isso não é dito em lugar nenhum do artigo, nem mesmo como uma ressalva. Podia ter o mesmo review, mas com umas linhas dizendo algo como: "diante de sistemas mais modernos como o iOS, o N95/Sysmbian tende a perder espaço". Mas nada... Se todo mundo só falava do iPhone, era de se desconfiar que tinha algum motivo...
Para ser justo, este mesmo número da revista tinha um outro artigo sobre iPhone. Mas eu estou analisando o espaço do review do N95. O fato dele existir na revista e não ter a ressalva que falei já contém uma informação subliminar. Daí se conclui também que um meio de comunicação de massa, isso vale também para TV, rádio e etc, não precisa contar nenhuma mentira para desinformar. Basta que omita pequenas partes da informação que seriam relevantes para que o consumidor tire a melhor conclusão. E isso acontece o tempo todo, já que estes veículos são limitados por natureza, é preciso escolher o que entra em cada edição. No caso do radio e da TV, pelo tempo. No caso de revistas e jornais, o número de folhas, o tamanho de uma página. Então de certa forma, é plenamente justificável a escolha de que matéria entra ou não. Não dá pra por tudo, e falar tudo. Mas o critério de escolha é que está em jogo. No review não tinha nenhuma mentira, mas se tivesse algumas linhas de ressalva, mudaria totalmente o sentido da informação. Do jeito que saiu, foi pouco mais que uma propaganda.
Minha conclusão sobre isso é que esta revista não me orientou corretamente sobre o que comprar ou investir nos 4 anos seguintes. Por sorte não comprei um N95, e sim um Android, quando lançaram o Motorola Dext apenas um ano depois. E venho usando e recomendando nuvem desde aquela época, quando se aplica. A pergunta que fica é se uma revista, ou mesmo um veículo de informações de TI online, serve apenas para mostrar o que existe agora, ou para dar dicas sobre o que fazer agora tendo em vista o futuro. Porque a maior parte das coisas que escolhemos e compramos hoje é para ser usada por anos, e a escolha de uma plataforma (por exemplo, um SO) por mais tempo ainda, pois ela passa por vários equipamentos físicos, enquanto o investimento nela é preservado (conhecimento, aplicativos, etc), se ela durar, é claro. Em 3 anos já estou no terceiro aparelho Android, mas o conhecimento, os apps e os dados na nuvem do Google (agenda, contatos, emails, documentos) são os mesmos!
Como disse, não é a primeira vez que percebo essa baixa qualidade de informação em revistas. Também ninguém precisa ficar com medo de folhear uma revista e sair fazendo loucuras e gastando o seu dinheiro suado em bobagens, mas é bom ter um pé atrás sempre. Nisso, as informações obtidas pela web (não só blogs, mas também foruns, redes sociais, sites, qualquer coisa) podem acabar sendo mais úteis. Porque a tendência a confiar em um profissional de um veículo grande e tradicional é maior. Num site qualquer a tendência é justamente a oposta, desconfiar. E da comparação de várias opiniões e argumentos, da análise das razões por trás de cada um deles, acaba saindo um cenário muito mais completo e útil. Recomento começar a comparar as opiniões de especialistas publicadas nos veículos tradicionais com a torrente de posts da Web sobre qualquer assunto de TI. O resultado é surpreendente.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Razr-i: Smartphone Android com processador Intel
Acaba de ficar um pouquinho mais complicado escolher (conscientemente) o seu próximo smartphone. Isto porque a Motorola agora está oferecendo uma versão do Razr com processador Medfield (um Intel Atom otimizado para celulares e encapsulado em SoC). O aparelho se chamará Razr-i (o "i" provavelmente vem de Intel, será?), rodará Android 4 e diz-se que estará disponível em aproximadamente um mês no Brasil.
Não me entendam mal pelo início do parágrafo anterior, a diversidade de opções para o consumidor é sempre saudável. Em contrapartida, um pouco de trabalho adicional de análise é necessário. Em teoria, o uso do Atom não deveria mudar muita coisa. Apesar dos processadores ARM serem os utilizados até o momento nos smartphones Android, uma versão do sistema compilada para Intel sempre esteve disponível, esperando o hardware adequado aparecer. Por outro lado, a grande maioria dos aplicativos são compilados para a máquina Java Dalvik. É possível desenvolver para código nativo (usando o NDK), mas isso era aconselhado apenas para casos excepcionais. Então suponho que quase tudo disponível na Play Store seja em Java, e neste caso o processador não faz diferença. Se for assim, não há muito o que se preocupar, e acho mesmo que o usuário comum talvez sequer se dê conta do processador.
Em teoria não faz diferença, e se tudo der certo não fará... Mas aqueles usuários mais ligados em tecnologia talvez esbarrem com algumas situações que merecem ser previstas. Além desta questão da compatibilidade dos apps, li alguns artigos comparando benchmarks do Android sob Intel, com resultados muitos disparatados. O Intel ganhando muito em alguns benchmarks, e perdendo muito em outros. Quer dizer, dependendo da aplicação, a performance pode variar. É preciso que se diga que o benchmark não era feito no Razr, e sim em outro celular com Intel feito (veja um destes comparativos de benchmarks aqui. Note que o Razr que está nesta tabela é a versão ARM! O único com Intel é o "Orange San Diego" ).
Ou seja, as especificações do novo Razr-i são ótimas, mas será que isso se traduz em performance, quando realmente necessário? Só mesmo quando estiver disponível e sendo analisado em ambiente real para termos idéia disso, e também da questão da compatibilidade.
E não poderia deixar de citar aqui a ironia de ver a Intel entrando no mercado de Smartphones com o Android, depois de ter participado e patrocinado o projeto Meego. E mais, o Windows e Intel, até o momento estão apenas de lados opostos nesta área. Não existe ainda um smartphone Windows Phone com Intel, mas da mesma forma que o Android, tecnicamente não há impedimento algum. Tudo dependerá das questões de mercado, licenciamento do ARM, custo total, etc. A competição entre as duas linhas de processadores, ARM e Intel, promete ser mais um capitulo interessante na estória dos smartphones que merecerá ser acompanhado, bem melhor que as ridículas brigas de patentes.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
OnLive vendida para evitar falência. O que deu errado?
A venda da OnLive, que fornecia jogos via streaming, foi confirmada semana passada. O motivo foi a falência iminente, devido aos prejuízos. Segundo declaração do CEO, eles compraram servidores demais, e o número de assinantes foi muito abaixo do esperado ("Não havia forma de estimar quantos servidores seriam necessários", ver fonte no final). Isso toca em uma questão crucial na balança do thin x fat client: Quanto mais thin é o client, mas fat tem que ser o server. E concordo em parte que é difícil prever quanto servidor será preciso na área de jogos, vide os problemas da Blizzard no lançamento do Diablo 3 (faltou servidor, milhões de usuários tomando erro no dia do lançamento e nos dias seguintes, sem poder conectar e jogar, pois o jogo é totalmente online). De qualquer modo, foi um erro que eu acho que seria evitável. Bastaria calcular quantos usuários cada servidor suportaria, e restringir os assinantes até comprar mais, aumentando o parque instalado aos poucos para se adequar à demanda. Ou seja, fizeram uma aposta alta, erraram, e comprometeram não apenas a empresa, mas o próprio conceito de jogo via streaming, que parecia ser uma tendência muito interessante. É um fim melancólico e decepcionante para uma idéía que parecia excelente. Está previsto que os serviços ficarão online durante a transição, mas depois não se sabe.
Relembrando, ao invés de consoles poderosos como o XBOX e o PS3, no OnLive os jogos rodam nos servidores, e os gráficos são transmitidos para um dispositivo "magro" na casa do cliente, que poderia ser uma pequena caixinha da própria empresa (o "microconsole" ao lado), ou mesmo um PC antigo do usuário. Apenas a título de analogia, é como se cada usuário estivesse jogando via terminal services do Windows, em uma máquina virtual remota. Claro, isso requer mais servidores sim. E não apenas mais servidores, mas também mais capacidade de rede. Seria por exemplo inviável para nós no Brasil usar um serviço deste tipo lá nos servidores nos EUA, por causa não apenas da velocidade de conexão, mas também do lag (e de novo cito o exemplo do Diablo 3 para fins de comparação: se não ficou inviável no Brasil, as vezes o lag incomoda. E este jogo nem é totalmente executado em servidores, mas os servidores ficam nos EUA, o que já nos impõe um lag maior).
Fato: ainda não temos a banda larga ideal disponibilizada na maioria das residências, e nem servidores em quantidade e distribuídos estrategicamente pelo mundo. No entanto, não vejo motivo para que isso não seja equacionado a bom termo, em algum momento. E quando ocorrer, o "zero-client", não apenas para jogos como para toda a computação do lado do usuário final, poderá se tornar realidade.
O que se viu agora, neste caso da OnLive, foi um erro administrativo aliado à falta de interesse dos usuários, que ainda estão maravilhados demais com seus dispositivos pessoais para entender que o que importa é apenas o serviço em si, e não a máquina que está em sua posse. Iniciativas como o Google Fiber mostram que existe movimento de tornar conexões muito mais rápidas, e com isso possibilitar diversas outras tecnologias e aplicações dependentes disso, que mal se visualizam hoje.
Em tempo, rola boato ainda não confirmado de que a empresa foi vendida para um único investidor individual, que acredita no conceito da Onlive. Diria o seguinte, eu também creio, mas infelizmente não tenho os recursos para sair comprando empresas... :-)
Fonte:
http://www.playstationlifestyle.net/2012/08/19/onlive-ceo-explains-what-went-wrong-talks-about-buyer/
Relembrando, ao invés de consoles poderosos como o XBOX e o PS3, no OnLive os jogos rodam nos servidores, e os gráficos são transmitidos para um dispositivo "magro" na casa do cliente, que poderia ser uma pequena caixinha da própria empresa (o "microconsole" ao lado), ou mesmo um PC antigo do usuário. Apenas a título de analogia, é como se cada usuário estivesse jogando via terminal services do Windows, em uma máquina virtual remota. Claro, isso requer mais servidores sim. E não apenas mais servidores, mas também mais capacidade de rede. Seria por exemplo inviável para nós no Brasil usar um serviço deste tipo lá nos servidores nos EUA, por causa não apenas da velocidade de conexão, mas também do lag (e de novo cito o exemplo do Diablo 3 para fins de comparação: se não ficou inviável no Brasil, as vezes o lag incomoda. E este jogo nem é totalmente executado em servidores, mas os servidores ficam nos EUA, o que já nos impõe um lag maior).
Fato: ainda não temos a banda larga ideal disponibilizada na maioria das residências, e nem servidores em quantidade e distribuídos estrategicamente pelo mundo. No entanto, não vejo motivo para que isso não seja equacionado a bom termo, em algum momento. E quando ocorrer, o "zero-client", não apenas para jogos como para toda a computação do lado do usuário final, poderá se tornar realidade.
O que se viu agora, neste caso da OnLive, foi um erro administrativo aliado à falta de interesse dos usuários, que ainda estão maravilhados demais com seus dispositivos pessoais para entender que o que importa é apenas o serviço em si, e não a máquina que está em sua posse. Iniciativas como o Google Fiber mostram que existe movimento de tornar conexões muito mais rápidas, e com isso possibilitar diversas outras tecnologias e aplicações dependentes disso, que mal se visualizam hoje.
Em tempo, rola boato ainda não confirmado de que a empresa foi vendida para um único investidor individual, que acredita no conceito da Onlive. Diria o seguinte, eu também creio, mas infelizmente não tenho os recursos para sair comprando empresas... :-)
Fonte:
http://www.playstationlifestyle.net/2012/08/19/onlive-ceo-explains-what-went-wrong-talks-about-buyer/
domingo, 29 de julho de 2012
Windows 8 Release Preview, agora em português, e atualizado
Venho testando o Windows 8 desde este post em março. Agora a Microsoft lançou mais uma versão com algumas atualizações, que já instalei também. A primeira é no nome, mudou de "Consumer Preview" para "Realease Preview". Em segundo é que agora existe a versão em português brasileiro disponível, que é a que eu baixei desta vez. E por fim, depois de instalar e logar notei uma outra mudança importante, agora não pede mais a senha do Microsoft Live para se logar no sistema. Será que eles voltaram atrás por reclamações? Mas inseriram a necessidade de ativação (que ainda não funcionou), que não existia na CP. Além disso tem algumas melhorias visuais aqui e ali, a maioria acho que para melhor embora ainda não tenha tido tempo de analisar bem, mas no geral a impressão clara é de um sistema mais maduro que o anterior (o 8-CP, não o 7!). Estou acostumando com os painéis laterais retráteis, tanto no Metro quanto no desktop, e acho que realmente foram uma boa ideia, eles contém atalhos que agilizam a navegação. No mais, a performance e estabilidade continuam me agradando (estou usando a versão 64 bits).
Esta semana li duas críticas bem duras ao Windows 8, uma vinda da Valve e outra da Blizzard. Não fica claro no entanto os argumentos deles para chegar a esta conclusão. De fato, a parte desktop clássico do Windows 8 se comporta de forma idêntica ao Windows 7 e Vista. Já a parte Metro, realmente me parece meio inútil em desktops e notebooks sem telas de toque, ou seja, a maioria dos PCs que existem hoje. Meu comportamento atual depois de logar é pular o mais rápido possível para o velho desktop, o que no fundo equivale a um click a mais ao usar o PC, e não chega a ser uma "catástrofe", como o cara da Valve diz.
Mas o fato é que o Windows 8 é só uma questão de tempo, e a Microsoft vai se movimentando para unificar seu sistema para usuários finais em torno dele, não apenas no número (já que lá pelo final do ano vem o Windows Phone 8), mas também no código, já que tanto o Windows Phone quanto do Windows "normal" e RT se basearão no código do NT, uma decisão que do ponto de vista de engenharia faz todo sentido, e ambos usando interface Metro, levando a uma identidade unificada nos seus produtos. É um movimento necessário para fazer frente à Apple e Google, que tem produtos totalmente integrados, só que na minha opinião está ocorrendo lentamente demais.
Uma questão que eu levantaria é no sentido oposto ao que acabei de dizer. Embora reconhecendo que a Microsoft tenha que mirar no futuro, o maior motivo que eu pessoalmente tenho para comprar uma licença do Windows a cada 3 ou 4 anos, e isso em versão retail (de caixinha) para instalar em PCs montados por mim, é a compatibilidade com o software x86 para Windows, principalmente a biblioteca de jogos acumulada por umas duas décadas. Ora, se a estratégia da Microsoft for privilegiar apenas apps Metro, eles esvaziam meu maior interesse no produto. Não sei quantas pessoas estão na minha situação, e embora o peso dos jogos para PC esteja diminuindo nos últimos tempos, não devo ser o único. Tirando jogos, boa parte das aplicações está indo para o Browser, outras tem similar gratuito (tipo o Office) sendo que algumas destas últimas estão indo para nuvem também. E de quebra o executivo da Valve ainda fala em migrar o catálogo do Steam todo para Linux... De qualquer modo, meu plano atual a curto prazo é comprar o Windows 8 para atualizar o Vista Ultimate que foi a última versão retail do Windows que eu comprei (o 7 eu só tenho em notebook). Depois disso, tenho medo até que a Microsoft acabe de vez com a compatibilidade x86, que já não vai existir no Windows 8 RT. Pode vir a ser irônico que o único meio de rodar meus jogos para Windows antigos no futuro seja com Wine... :-)
Esta versão de Release Preview funciona até 15/01/2013. Baixe do site da Microsoft.
[Update 30/07/2012: Mais sobre a briga da Valve contra o Windows 8 neste artigo. Imagino que este argumento se aplique à Blizzard também. ]
Esta semana li duas críticas bem duras ao Windows 8, uma vinda da Valve e outra da Blizzard. Não fica claro no entanto os argumentos deles para chegar a esta conclusão. De fato, a parte desktop clássico do Windows 8 se comporta de forma idêntica ao Windows 7 e Vista. Já a parte Metro, realmente me parece meio inútil em desktops e notebooks sem telas de toque, ou seja, a maioria dos PCs que existem hoje. Meu comportamento atual depois de logar é pular o mais rápido possível para o velho desktop, o que no fundo equivale a um click a mais ao usar o PC, e não chega a ser uma "catástrofe", como o cara da Valve diz.
Mas o fato é que o Windows 8 é só uma questão de tempo, e a Microsoft vai se movimentando para unificar seu sistema para usuários finais em torno dele, não apenas no número (já que lá pelo final do ano vem o Windows Phone 8), mas também no código, já que tanto o Windows Phone quanto do Windows "normal" e RT se basearão no código do NT, uma decisão que do ponto de vista de engenharia faz todo sentido, e ambos usando interface Metro, levando a uma identidade unificada nos seus produtos. É um movimento necessário para fazer frente à Apple e Google, que tem produtos totalmente integrados, só que na minha opinião está ocorrendo lentamente demais.
Uma questão que eu levantaria é no sentido oposto ao que acabei de dizer. Embora reconhecendo que a Microsoft tenha que mirar no futuro, o maior motivo que eu pessoalmente tenho para comprar uma licença do Windows a cada 3 ou 4 anos, e isso em versão retail (de caixinha) para instalar em PCs montados por mim, é a compatibilidade com o software x86 para Windows, principalmente a biblioteca de jogos acumulada por umas duas décadas. Ora, se a estratégia da Microsoft for privilegiar apenas apps Metro, eles esvaziam meu maior interesse no produto. Não sei quantas pessoas estão na minha situação, e embora o peso dos jogos para PC esteja diminuindo nos últimos tempos, não devo ser o único. Tirando jogos, boa parte das aplicações está indo para o Browser, outras tem similar gratuito (tipo o Office) sendo que algumas destas últimas estão indo para nuvem também. E de quebra o executivo da Valve ainda fala em migrar o catálogo do Steam todo para Linux... De qualquer modo, meu plano atual a curto prazo é comprar o Windows 8 para atualizar o Vista Ultimate que foi a última versão retail do Windows que eu comprei (o 7 eu só tenho em notebook). Depois disso, tenho medo até que a Microsoft acabe de vez com a compatibilidade x86, que já não vai existir no Windows 8 RT. Pode vir a ser irônico que o único meio de rodar meus jogos para Windows antigos no futuro seja com Wine... :-)
Esta versão de Release Preview funciona até 15/01/2013. Baixe do site da Microsoft.
[Update 30/07/2012: Mais sobre a briga da Valve contra o Windows 8 neste artigo. Imagino que este argumento se aplique à Blizzard também. ]
terça-feira, 24 de julho de 2012
Google atualiza Android do Nexus S para Jelly Bean (4.1.1)
Meu Nexus S já está comendo "feijões de gelatina" (numa tradução literal.... na realidade são aquelas balas coloridas que parecem remédio) a partir de hoje. A nova versão é a 4.1.1, que substitui a 4.0.4 (Ice Cream Sandwich). Recebi a atualização por OTA, sem esforço algum. Já sabia que o Google estava liberando o update para algumas operadoras, incluindo a T-Mobile. Meu Nexus foi comprado pela T-Mobile, e não sei se foi por isso. Ou seja, será que eles guardam associação do IMEI com a operadora da venda, ou se considera a operadora atual? De qualquer forma, o que importa é que recebi a última versão.
Ao contrário da anterior, a 4.1.1 não traz mudanças tão radicais. Falam em melhoria de performance, bateria, etc, mas notei algumas mudanças visuais também. Uma animação diferente em volta do cadeado de desbloquear a tela, a barra de busca, a borda do player, etc. No menu chama atenção a administração de contas de outros provedores (Ubuntu, Live, Twitter) logo no primeiro nível. E vieram alguns apps novos por padrão (revistas, Currents).
Para ficar totalmente feliz com meus dispositivos Android, agora só faltaria a atualização do Galaxy Tab para o ICS, que segundo algumas fontes deverá ocorrer até o final de Agosto. Já não é a versão mais atual do Android, mas apenas por poder rodar o Chrome já ficaria satisfeito (além de melhorias de performance também prometidas). E por não ser um "Nexus" (ou seja, com sistema da própria Google), já poderei me considerar realmente com sorte se sair mesmo esta versão para o Galaxy Tab, mesmo que seja a última para ele (o que acho provável). O que me faz imaginar se os tablets Nexus que estão saindo agora serão atualizados tão frequentemente quanto os smartphones Nexus. Pena que este primeiro é de apenas 7" de tela...
Voltando aos celulares, meu Nexus S cumpriu totalmente uma das maiores expectativas de quando o adquiri, que era manter o sistema atualizado. A outra era ter o sistema livre das customizações dos fabricantes, o que obviamente atendeu também. E por isso, minha tendência hoje (se eu precisasse outro) seria muito mais um Galaxy Nexus (aqui no Brasil Galaxy X) do que o Galaxy SIII tão falado ultimamente, por mais que tenha super-features a mais. Só que, depois deste update, nem tão cedo penso em trocar o Nexus S.
Veja tudo que tem de novo no Jelly Bean, segundo a Google.
sábado, 21 de julho de 2012
Vídeo: A Terra vista da estação espacial ISS
O vídeo abaixo concatena várias sequências coletadas do espaço na estação espacial internacional (ISS). Realmente muito bonito.
This is Our Planet from Tomislav Safundžić on Vimeo.
This is Our Planet from Tomislav Safundžić on Vimeo.
terça-feira, 17 de julho de 2012
A tralha que o Wozniac leva na mochila
Parece que nove entre 10 sites/blogs de tecnologia noticiaram isso hoje, e quem acompanha meu blog sabe que eu fujo da redundância... Mas como eu sou fan do Steve Wozniac, queria deixar registrado aqui também. Trata-se dos gadgets que ele leva na mochila quando viaja. E é de uma quantidade e variedade assustadoras. Abaixo a foto que circulou por aí, contendo todas estas coisas montadas para recarga em uma mesa. Só de smartphones, contei 4 iPhones e 3 Androids, sendo 2 Galaxy Nexus. Clique no link no final (da fonte) para abrir o post original e ler a lista detalhada. Do ponto de vista prático, eu não consigo imaginar utilidade para levar tudo isso por aí, mas quem sou eu para criticar a paixão por tecnologia dois outros? :-)
Fonte: Gizmodo: The Amazing Contents of Steve Wozniac's Travel Backpack
e Link para a foto em tamanho original
Fonte: Gizmodo: The Amazing Contents of Steve Wozniac's Travel Backpack
e Link para a foto em tamanho original
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Windows Phone 8 e a Nokia
O anúncio do Windows Phone 8 deve ter sido encarado como um balde de água fria por boa parte dos consumidores que investiram no Windows Phone até agora. Isto porque, entre outras coisas, os aplicativos feitos para WP 8 não serão compatíveis com as versões anteriores, e até aí era meio esperado só que tem mais: os modelos atuais com WP 7.5, incluindo os todos os Lumia da Nokia, não serão atualizados para o 8. Ou seja, um aparelho comprado agora já está com cara de obsoleto. E lembrando que a linha Lumia foi lançada a pouco mais de um ano, e nem assim estes aparelhos não merecerão update.
Imagino que interessados por tecnologia móvel passarão a evitar estes smartphones por causa da obsolescência anunciada. Parte destes inclusive influenciarão alguns usuários não tão técnicos. Por esta lógica, as vendas atuais de Lumias, que já nem são tão altas, tenderiam a cair. Claro que ainda tem gente comprando Symbian, então isso não é tão decisivo quanto parece para o público mais geek. Além disso, o "fator obsolescência" que acabei de expor é apenas mais um que influi nas vendas, e tem que ser analisado em conjunto com o todo. Ainda assim creio que faz todo sentido dizer que, com este anúncio, a Microsoft desvalorizou a sua atual linha que está nas prateleiras, incluindo nisso toda a safra 2012 da Nokia. Dizer se foi intencional ou não, seria pura especulação. Mas como consumidor, é como se estivesse vendo de novo o mesmo filme de quando eu próprio tinha um smartphone com Windows Mobile 6 (era o Moto Q), e vi o sistema ser descontinuado, sem atualização e nem plano de compatibilidade, em favor do Windows Phone 7.
Com isso as teorias de que a Microsoft quer colocar a Nokia em cheque para depois comprá-la tomam novo fôlego. Note que para a Nokia a performance de vendas do Windows Phone é critica no curto prazo, já que ele é a opção para os smartphones top da empresa. Fico me perguntando até que ponto a alta direção da Nokia conhecia esta estratégia da Microsoft para o WP8 (quer dizer, tirando o CEO, que segundo a lenda é um agente da Microsoft com a missão secreta de afundar e depois incorporar a Nokia, etc. :-) ... ). Não estou aqui para alimentar teorias de conspiração, mas isso acontece na mesma época em que a própria Microsoft anuncia que vai fabricar tablets com sua própria marca. Ora, se tem interesse em fabricar tablet, porque não smartphones? Comprar a Nokia viria bem a calhar agora, assim eles adquiririam tecnologia e uma grande carteira de patentes. Claro que desta forma a Microsoft estaria comprando briga com diversas outras empresas, que são aliadas no modelo de negócios atual, mas isso já é assunto para outro post.
Fonte:
http://www.hardware.com.br/artigos/windows-phone/
[Update em 17-07-2012:
Comprovando o que disse no post, que "a Microsoft desvalorizou a sua atual linha que está nas prateleiras", agora a Nokia acaba de literalmente desvalorizar o preço de venda dos seus smartphones com Windows, cortando em 50% até o do último, o Lumia 900 (ou apenas US$ 50,00 no contrato):
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2012/07/nokia-reduz-preco-do-lumia-900-nos-estados-unidos.html
Quer dizer, não podendo atrair os consumidores por outros motivos, buscaram o mercado de baixo custo como salvação. E até o lançamento dos próximos Windows Phone 8 a Nokia fica sem celulares top de mercado. Não tenho como aprovar esta estratégia de marketing...]
Imagino que interessados por tecnologia móvel passarão a evitar estes smartphones por causa da obsolescência anunciada. Parte destes inclusive influenciarão alguns usuários não tão técnicos. Por esta lógica, as vendas atuais de Lumias, que já nem são tão altas, tenderiam a cair. Claro que ainda tem gente comprando Symbian, então isso não é tão decisivo quanto parece para o público mais geek. Além disso, o "fator obsolescência" que acabei de expor é apenas mais um que influi nas vendas, e tem que ser analisado em conjunto com o todo. Ainda assim creio que faz todo sentido dizer que, com este anúncio, a Microsoft desvalorizou a sua atual linha que está nas prateleiras, incluindo nisso toda a safra 2012 da Nokia. Dizer se foi intencional ou não, seria pura especulação. Mas como consumidor, é como se estivesse vendo de novo o mesmo filme de quando eu próprio tinha um smartphone com Windows Mobile 6 (era o Moto Q), e vi o sistema ser descontinuado, sem atualização e nem plano de compatibilidade, em favor do Windows Phone 7.
Com isso as teorias de que a Microsoft quer colocar a Nokia em cheque para depois comprá-la tomam novo fôlego. Note que para a Nokia a performance de vendas do Windows Phone é critica no curto prazo, já que ele é a opção para os smartphones top da empresa. Fico me perguntando até que ponto a alta direção da Nokia conhecia esta estratégia da Microsoft para o WP8 (quer dizer, tirando o CEO, que segundo a lenda é um agente da Microsoft com a missão secreta de afundar e depois incorporar a Nokia, etc. :-) ... ). Não estou aqui para alimentar teorias de conspiração, mas isso acontece na mesma época em que a própria Microsoft anuncia que vai fabricar tablets com sua própria marca. Ora, se tem interesse em fabricar tablet, porque não smartphones? Comprar a Nokia viria bem a calhar agora, assim eles adquiririam tecnologia e uma grande carteira de patentes. Claro que desta forma a Microsoft estaria comprando briga com diversas outras empresas, que são aliadas no modelo de negócios atual, mas isso já é assunto para outro post.
Fonte:
http://www.hardware.com.br/artigos/windows-phone/
[Update em 17-07-2012:
Comprovando o que disse no post, que "a Microsoft desvalorizou a sua atual linha que está nas prateleiras", agora a Nokia acaba de literalmente desvalorizar o preço de venda dos seus smartphones com Windows, cortando em 50% até o do último, o Lumia 900 (ou apenas US$ 50,00 no contrato):
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2012/07/nokia-reduz-preco-do-lumia-900-nos-estados-unidos.html
Quer dizer, não podendo atrair os consumidores por outros motivos, buscaram o mercado de baixo custo como salvação. E até o lançamento dos próximos Windows Phone 8 a Nokia fica sem celulares top de mercado. Não tenho como aprovar esta estratégia de marketing...]
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Diablo 3, após a dificuldade normal.
Terminei a campanha na dificuldade normal na segunda-feira passada, com um bárbaro que naquele momento estava em level 33 (agora já em 35) e com aproximadamente 36 horas jogadas. De início achei estranho o nível do personagem ao fechar a campanha, pois achei que quando terminasse estaria quase no 60, mas aí se percebe que terminar a campanha no normal é apenas uma pequena parte do jogo, que continua pelas dificuldades pesadelo, tormento e inferno... bem como no modo hardcore, conquistas (achievments), leilões e daqui a algum tempo quando lançarem, no PvP. Isto sem falar nas outras classes, claro. Por falar nisso, também recomecei a campanha com um caçador de demônios, e fiz também um bárbaro hardcore, que está em level 3...
Impressões até agora, o jogo não cansa, talvez pelo ritmo rápido da jogabilidade, em conjunto com um design bonito e bem pensado. A emoção de fazer a campanha pela primeira vez descobrindo tudo é substituída em parte pela satisfação de utilizar as habilidades aprendidas, além de descobrir mais coisas não vistas da outra vez. Muito bom. Ainda não estou levando o leilão muito a sério, até porque se consegue uma quantidade de itens muito maior do que se pode vender no limite de 10 por vez. Então muita coisa (incluindo itens raros) estou vendendo para o vendedor, do contrário teria que parar de jogar por não ter onde guardar...
Impressões até agora, o jogo não cansa, talvez pelo ritmo rápido da jogabilidade, em conjunto com um design bonito e bem pensado. A emoção de fazer a campanha pela primeira vez descobrindo tudo é substituída em parte pela satisfação de utilizar as habilidades aprendidas, além de descobrir mais coisas não vistas da outra vez. Muito bom. Ainda não estou levando o leilão muito a sério, até porque se consegue uma quantidade de itens muito maior do que se pode vender no limite de 10 por vez. Então muita coisa (incluindo itens raros) estou vendendo para o vendedor, do contrário teria que parar de jogar por não ter onde guardar...
IPv6, foi dada a largada!
Depois dos muitos testes que vem sendo feitos em diversas empresas para adoção do IPv6, hoje é o dia oficial de lançamento. Isso significa que, nestas empresas, a infraestrutura de redes necessária entrará em produção, obviamente ainda em paralelo com o IPv4. No momento as participantes são organizações de grande porte (Akamai, Cisco, Google, Yahoo!, etc.) e diretamente ligadas à Internet como atividade fim, no entanto em algum momento no futuro, todos estarão conectados via IPv6, uma vez que não há como fugir da limitação do número de endereços do IPv4.
Mais informações sobre este evento no site:
http://www.worldipv6launch.org/
Um teste simples pode ser feito para verificar se você terá acesso a estas empresas conectadas via IPv6. Clique neste link do Google, que faz este teste.
O vídeo abaixo faz uma rápida apresentação sobre a necessidade do IPv6:
Abaixo a mensagem de hoje no worldipv6launch.org:
"THE WORLD IS DIFFERENT NOW
SEE WHAT PEOPLE ARE SAYING...
Major Internet service providers (ISPs), home networking equipment manufacturers, and web companies around the world are coming together to permanently enable IPv6 for their products and services by 6 June 2012.
Organized by the Internet Society, and building on the successful one-day World IPv6 Day event held on 8 June 2011, World IPv6 Launch represents a major milestone in the global deployment of IPv6. As the successor to the current Internet Protocol, IPv4, IPv6 is critical to the Internet's continued growth as a platform for innovation and economic development."
Mais informações sobre este evento no site:
http://www.worldipv6launch.org/
Um teste simples pode ser feito para verificar se você terá acesso a estas empresas conectadas via IPv6. Clique neste link do Google, que faz este teste.
O vídeo abaixo faz uma rápida apresentação sobre a necessidade do IPv6:
Abaixo a mensagem de hoje no worldipv6launch.org:
"THE WORLD IS DIFFERENT NOW
SEE WHAT PEOPLE ARE SAYING...
Major Internet service providers (ISPs), home networking equipment manufacturers, and web companies around the world are coming together to permanently enable IPv6 for their products and services by 6 June 2012.
Organized by the Internet Society, and building on the successful one-day World IPv6 Day event held on 8 June 2011, World IPv6 Launch represents a major milestone in the global deployment of IPv6. As the successor to the current Internet Protocol, IPv4, IPv6 is critical to the Internet's continued growth as a platform for innovation and economic development."
terça-feira, 15 de maio de 2012
Dica Windows: combinações de teclas equivalentes no terminal services
Vivo esquecendo como é o equivalente do CTRL+ALT+DEL no terminal services do Windows. Para ter uma referência à mão, copio aqui uma tabela com alguns mais usados:
Key combination | Function | Similar local keys |
---|---|---|
CTRL+ALT+END | Opens the Windows Security dialog box | CTRL+ALT+DELETE |
CTRL+ALT+BREAK | Toggles the Terminal Services client display from window to full screen | NONE |
ALT+INSERT | Cycles through running programs on the remote computer | ALT+TAB |
ALT+HOME | Displays the remote computer's Start menu | |
ALT+DELETE | Displays the remote window's Control menu | ALT+SPACE BAR |
CTRL+ALT+NUMBER PAD MINUS | Places an image of active window onto the TS clipboard | ALT+PRINT SCREEN |
CTRL+ALT+NUMBER PAD PLUS | Places an image of the entire Terminal Services client on the Terminal Services clipboard | PRINT SCREEN |
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Jogos no Linux: finalmente as grandes empresas começam a se mexer
Mês passado foi anunciado que o projeto de portar o Steam para o Linux realmente existe. Agora, leio a notícia de que a EA está publicando alguns dos seus jogos casuais na loja do Ubuntu. Concordo com este artigo do link de que é uma iniciativa muito tímida, digamos. Mas só de ver algum produto de uma gigante de jogos como a EA aparecendo ali mostra que eles estão enxergando algum futuro para esta plataforma. Um projeto destes, por menor que pareça para nós usuários (e principalmente os jogadores mais hardcores que gostariam de ver as últimas versões dos jogos de tiro favoritos e MMORPGs), tem um custo para a empresa. E empresas só investem pensando em lucros futuros. Se tudo isso for indício de um investimento maior a seguir, aí o linux tem chance de finalmente sair da quase exclusão na área de jogos comerciais . E, como venho dizendo faz anos, talvez aumentar finalmente a presença em desktops domésticos, e depois corporativos. Por mais que fatores como a interface gráfica de qualidade, facilidade de uso e aplicativos sérios seja importante para popularizar um SO, o fato de ter opções de lazer na minha opinião pesa na preferência dos usuários domésticos. E quando um usuário se acostuma com um sistema em casa, caso seja formador de opinião na empresa, tende a levar essa idéia pro trabalho também.
[Update em 17-07-2012: Confirmação oficial no site da Valve:
http://blogs.valvesoftware.com/Linux/
Jogos no Linux: Agora vai... ]
[Update em 17-07-2012: Confirmação oficial no site da Valve:
http://blogs.valvesoftware.com/Linux/
Jogos no Linux: Agora vai... ]
terça-feira, 8 de maio de 2012
Dica: Como habilitar o Remote Desktop no Windows 8 Consumer Preview
Dois caminhos para habilitar o Remote Desktop no Windows 8 Consumer Preview. A forma mais rápida e direta:
(1) Abrir a linha de comando (cmd)
(2) Rodar systempropertiesremote.exe
(3) No diálogo que vai se abrir, dentro da caixa "Remote Desktop", escolher a última opção ("Allow connections ... with Network level Authentication (more secure)"
(4) Clicar "OK" ou "Apply"
A segunda opção também deve funcionar, mas não testei, ainda mais porque já diz que é menos segura.
O caminho sem usar a linha de comando (me parece mais lento, mas opção para quem detesta o cmd):
(1) Botão direito no desktop, clicar "Personalize"
(2) Clicar "Control Panel Home"
(3) Abrir System
(4) Clicar "Advanced System Settings"
(5) Aba "Remote"
(6) Passos (3) e (4) do método anterior.
Para testar, de outra máquina qualquer digite "mstsc", e entre o endereço da máquina e as credenciais. Note que para conexão fora da rede local (via internet) será preciso verificar as questões de firewall, port fowarding, etc.
(1) Abrir a linha de comando (cmd)
(2) Rodar systempropertiesremote.exe
(3) No diálogo que vai se abrir, dentro da caixa "Remote Desktop", escolher a última opção ("Allow connections ... with Network level Authentication (more secure)"
(4) Clicar "OK" ou "Apply"
A segunda opção também deve funcionar, mas não testei, ainda mais porque já diz que é menos segura.
O caminho sem usar a linha de comando (me parece mais lento, mas opção para quem detesta o cmd):
(1) Botão direito no desktop, clicar "Personalize"
(2) Clicar "Control Panel Home"
(3) Abrir System
(4) Clicar "Advanced System Settings"
(5) Aba "Remote"
(6) Passos (3) e (4) do método anterior.
Para testar, de outra máquina qualquer digite "mstsc", e entre o endereço da máquina e as credenciais. Note que para conexão fora da rede local (via internet) será preciso verificar as questões de firewall, port fowarding, etc.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Nokia venderá divisão de celulares de luxo
Complementando o post anterior sobre os problemas da Nokia, foi divulgado hoje que a empresa venderá sua divisão de aparelhos de luxo, a Vertu. Mais do que um sinal de problemas financeiros, fico pensando que sentido teve algum dia possuir tal marca! Ou seja, quanta gente existe no mundo com ao mesmo tempo muito dinheiro e pouca inteligência a ponto de aceitar comprar um celular folheado a ouro e cravejado de pedras preciosas, mas que não é smartphone e faz apenas o básico... E mesmo que fossem smartphones top, numa área em que as coisas ficam obsoletas tão rápido, vale a pena investir em uma "joia" dessas, que em menos de um ano já estará atrás em tecnologia? Me parece totalmente bizarro. O pior é que parece que alguém vai comprar a Vertu. Um alivio para a Nokia que se livra de mais um problema... e uma pequena decisão correta, enfim.
Fonte: Engadget
Fonte: Engadget
domingo, 29 de abril de 2012
Samsung supera a Nokia e a Apple em smartphones
A Samsung superou a Nokia em fatia de mercado de smartphones, segundo notícia do G1 Tecnologia, e passou a Apple também. E não fico surpreso. Na realidade uma das apostas mais fáceis que já fiz na área de TI foi quando, no início de 2011, a Nokia anunciou estar adotando a estratégia de focar exclusivamente no Windows Phone. Minha previsão foi que eles iriam começar a encolher lentamente. Duas coisas me pareciam obvias: primeiro, que a Nokia não ganhava quase nenhuma vantagem real assumindo unicamente a plataforma da Microsoft em smartphones, em detrimento das suas duas outras plataformas próprias (Symbiam e Meego) e da possível adoção em paralelo do Android. E segundo, que onde a Nokia tinha mais força naquele momento era em feature phones ou telefones baratos, mercado que deve ser substituído por smartphones. Somando as duas coisas, a não ser que o Windows Mobile desse uma super virada de vendas em 2012, a consequência seria a perda de competitividade. E isso sabemos que não aconteceu, e dificilmente acontecerá. Se o Windows crescer a ponto de competir de verdade com iOS e Android, vai ser lentamente, ao longo de uns 2 anos. Ou isto pode nem vir a acontecer, se bem que também é difícil ver a Microsoft desistindo de um mercado tão importante.
Sobre o primeiro ponto, me pareceu loucura no início de 2011 e continua me parecendo agora que uma empresa do porte da Nokia apostasse tudo num único sistema não estabelecido no mercado, e já então com dificuldades de se firmar. Será que foi arrogância achar que com o peso do nome Nokia eles poderiam mudar o rumo das coisas tão rapidamente? Depois se soube que no acordo houve transferência de dinheiro da Microsoft para a Nokia, mas para os volumes de faturamento que estamos falando, a quantia em questão é irrelevante. Ou seja, me parece que o acordo é muito mais benéfico para a Microsoft. Seria mais lógico a Nokia fazer o que outras fabricantes de celulares fazem hoje, fornecem para mais de um sistema operacional. Meu conselho (hipotético claro, já que não espero que ninguém da Nokia leia meu blog... pior pra eles... ) seria terem mantido o Meego, não terem falado nada definitivo sobre o Symbian e adotasse o Windows Phone ou o Android como alternativas, ou pelo menos não descartar nenhum destes dois prematuramente. Eles fizeram o oposto: declararam que o fim do Symbiam seria a transição para o Windows Phone, terceirizaram o desenvolvimento do Symbian, puxaram o tapete do Meego, e ainda esnobaram publicamente o Android. Desde quando é sensato apostar em uma alternativa apenas? Agora veja a Samsung: eles vendem Windows, Android e Bada (o sistema próprio deles), por enquanto... Compra cada um desses sistemas quem quer, não é melhor deixar o povo decidir?
Sobre o segundo ponto, é só matemática. Onde eles vendem mais é justamente no mercado que tende a encolher, o de dumbphones e features phones (os celulares tradicionais, que não tem uma plataforma de desenvolvimento, variedade de aplicativos nativos, etc, ou seja, os que não são smartphones, no caso da Nokia leia-se S40 ou menos). Mesmo que a fatia da Nokia neste bolo aumente, o bolo em si está diminuindo em volume e preço unitário. Mas o mais engraçado é que continuam a campanha de marketing para vender telefones de 2 chips baratos. Aí fica difícil de entender quando um executivo diz que não vai vender smartphone Android porque ao competir num mercado saturado como o do Android não poderia oferecer um produto diferenciado. Ora, produto diferenciado só faz sentido se for para cobrar mais! A margem de lucro em dumbphones e featurephones assim tão alta? (mesmo eles sendo cada vez mais baratos?) Que mágica seria essa? E o pior, os smartphones com Windows Phone também estão saindo abaixo do preço médio, em parte também porque não estão vindo com uma configuração realmente top (cores, memória, câmeras frontais, telas grandes e etc). Isto desmonta qualquer argumento de que o objetivo era vender um produto diferenciado. Já olhando para a Samsung, eles vendem Androids baratos e caros. Aparelhos de 600,00 a 2000,00.
Concluindo, a Samsung fez o óbvio e deu certo. A Nokia embarcou numa estratégia arrojada e até agora não vi retorno positivo. Para o próximo ano minha previsão continua a mesma, ou seja, a Nokia perdendo terreno, mesmo que o Windows Phone consiga eventualmente firmar um market share razoável. Mesmo porque o Market Share do Windows Phone não será exclusivo da Nokia...
Mas não vou ficar torcendo pelo sucesso ou fracasso de empresas, elas é que tem que torcer para eu gostar das coisas que elas inventam.
Sobre o primeiro ponto, me pareceu loucura no início de 2011 e continua me parecendo agora que uma empresa do porte da Nokia apostasse tudo num único sistema não estabelecido no mercado, e já então com dificuldades de se firmar. Será que foi arrogância achar que com o peso do nome Nokia eles poderiam mudar o rumo das coisas tão rapidamente? Depois se soube que no acordo houve transferência de dinheiro da Microsoft para a Nokia, mas para os volumes de faturamento que estamos falando, a quantia em questão é irrelevante. Ou seja, me parece que o acordo é muito mais benéfico para a Microsoft. Seria mais lógico a Nokia fazer o que outras fabricantes de celulares fazem hoje, fornecem para mais de um sistema operacional. Meu conselho (hipotético claro, já que não espero que ninguém da Nokia leia meu blog... pior pra eles... ) seria terem mantido o Meego, não terem falado nada definitivo sobre o Symbian e adotasse o Windows Phone ou o Android como alternativas, ou pelo menos não descartar nenhum destes dois prematuramente. Eles fizeram o oposto: declararam que o fim do Symbiam seria a transição para o Windows Phone, terceirizaram o desenvolvimento do Symbian, puxaram o tapete do Meego, e ainda esnobaram publicamente o Android. Desde quando é sensato apostar em uma alternativa apenas? Agora veja a Samsung: eles vendem Windows, Android e Bada (o sistema próprio deles), por enquanto... Compra cada um desses sistemas quem quer, não é melhor deixar o povo decidir?
Sobre o segundo ponto, é só matemática. Onde eles vendem mais é justamente no mercado que tende a encolher, o de dumbphones e features phones (os celulares tradicionais, que não tem uma plataforma de desenvolvimento, variedade de aplicativos nativos, etc, ou seja, os que não são smartphones, no caso da Nokia leia-se S40 ou menos). Mesmo que a fatia da Nokia neste bolo aumente, o bolo em si está diminuindo em volume e preço unitário. Mas o mais engraçado é que continuam a campanha de marketing para vender telefones de 2 chips baratos. Aí fica difícil de entender quando um executivo diz que não vai vender smartphone Android porque ao competir num mercado saturado como o do Android não poderia oferecer um produto diferenciado. Ora, produto diferenciado só faz sentido se for para cobrar mais! A margem de lucro em dumbphones e featurephones assim tão alta? (mesmo eles sendo cada vez mais baratos?) Que mágica seria essa? E o pior, os smartphones com Windows Phone também estão saindo abaixo do preço médio, em parte também porque não estão vindo com uma configuração realmente top (cores, memória, câmeras frontais, telas grandes e etc). Isto desmonta qualquer argumento de que o objetivo era vender um produto diferenciado. Já olhando para a Samsung, eles vendem Androids baratos e caros. Aparelhos de 600,00 a 2000,00.
Concluindo, a Samsung fez o óbvio e deu certo. A Nokia embarcou numa estratégia arrojada e até agora não vi retorno positivo. Para o próximo ano minha previsão continua a mesma, ou seja, a Nokia perdendo terreno, mesmo que o Windows Phone consiga eventualmente firmar um market share razoável. Mesmo porque o Market Share do Windows Phone não será exclusivo da Nokia...
Mas não vou ficar torcendo pelo sucesso ou fracasso de empresas, elas é que tem que torcer para eu gostar das coisas que elas inventam.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Homenageando São Jorge e o ZX Spectrum
O Google Doogle de hoje para o site britânico (google.co.uk) homenageia São Jorge e faz uma referência sutil (ou nem tão sutil para quem viveu naquela época) ao computador de 8 bits ZX Sprectrum:
Para quem não era nascido ou tinha horror à tecnologia, note as barras coloridas no canto superior direito da imagem, que são o símbolo do ZX Spectrum (ver foto abaixo).
A referência continua pelo uso das cores bem características e da resolução da imagem. E o que isso tem a ver com St. George? Bom, ele é o santo padroeiro da Inglaterra (e do Rio de Janeiro também, motivo pelo qual é feriado aqui no Rio hoje. Será que é feriado lá? :-) ), e o ZX Spetrum foi um marco de grande sucesso dos britânicos na área de informática. Este computador vendeu milhões por vários anos, e era popular no mundo todo, inclusive no Brasil, onde era difícil de chegar legalmente por causa da reserva de mercado, mas tinha "um clone" aqui, o TK 90X. Veja na foto abaixo que copiaram inclusive as faixas coloridas:
Mais do que o sucesso comercial, o que era importante nos micros ZX Spectrum e outros similares eram as características de verdadeira inclusão digital. Eles não eram práticos, não eram muito úteis no dia-a-dia, eram na realidade as vezes bem irritantes. Mas eles expunham facilmente o seu conteúdo, os bits e bytes, a programação. Mais do que uma janelinha de acrílico no gabinete, isso realmente permitia ver como tudo funcionava. Ao ligar a máquina já se caía em um prompt de linguagem de programação, convidando a programar. A linguagem era o Basic e seus terríveis GOTOs, não havia nem como identar código, mas ainda assim era programação no sentido estrito da palavra, e era só um começo. Depois que a pessoa sofre com isso aprende até a dar valor a uma estrutura "while", a um bloco demarcado com { e }, ou begin - end, a poder identar código, poder criar funções e procedimentos ... :-) na realidade, deixar o Basic de lado e aprender o assembly do Z80 era a grande diversão, e o ZX era simples o suficiente para um usuário autodidata programar em assembly, as informações estavam todas facilmente disponíveis.
Pessoalmente meu inicio com TI e programação foi com um clone do ZX, só que não exatamente o Spectrum, e sim o anterior, o ZX 81. Também não exatamente ele, mas um clone melhorado dele, o TK 85, que já vinha com 16 KB (sim é K mesmo!!! Para quem acha pouco, o ZX 81 original vinha com apenas 1 KB) de RAM. Também tinha um teclado de borracha parecido com o do ZX Spectrum, pois o 81 original era menor e tinha um teclado liso, sem teclas físicas (nunca usei, mas era pequeno e parecia horrível). Ver abaixo uma propaganda do TK85, a mesma que eu vi em uma revista e que contribuiu para querer comprá-lo (na realidade, pedir para meu pai...):
Não teria como descrever a nostalgia que sinto ao ver esta foto... Nunca usei pessoalmente um ZX Spetrum (ou TK90X) mas os artigos que saiam em revistas de TI (que eu comprava avidamente, pois não existia Web!) mostravam que era a mesma filosofia do TK85, uma máquina aberta, simples, divertida, e o melhor, extremamente educativa, mas sem parecer um produto didático chato! Quando disse acima que esta é a verdadeira inclusão digital, foi este o sentido. Uma criança que hoje compra um tablet aprende a ser um bom usuário final, mas nada sabe da engenharia por trás das imagens coloridas, dos videos e das páginas de rede social. Ter e usar tablets e samrtphones acaba sendo o lugar comum, o que quase 100% das pessoas saberá, sendo ligadas em tecnologia ou não. Mas até que ponto uma sociedade não precisa motivar as pessoas que vão criar o hardware e os programas? Elas terão que chegar aos 18 anos e prestes a entrar na faculdade para começar a saber do que se trata? E neste momento como vão ter condições de decidir?
O que eu posso dizer é que ganhei o TK aos 16 anos, e aos 18 já sabia o que queria fazer. Também poderia ter detestado, mas trata-se de dar uma opção para as pessoas, não de obrigá-las a algo. E se eu tivesse que agradecer à alguma empresa por ter contribuído para minha carreira, seria a Sinclair, a Microdigital e a HP (que fez uma calculadora programável, a HP 25, que estava quebrada, mas por um dos manuais dela eu li o que seria programação. Devia ter uns 10 a 12 anos, e tive que esperar mais uns 5 anos para botar as mãos numa máquina e ver meu próprio programa funcionando).
O sucesso mundial dos seus computadores, o ZX 81 e ZX Sprectrum, foi suficiente para Sir Clive Sinclair ganhar o título de Sir. Se ganhasse o título de Santo também seria muito justo, pois o que ele fez com alguns componentes eletrônicos para produzir estas máquinas, diante de todas as limitações da época, foi um verdadeiro milagre. E a influencia que elas tiveram por gerações é prova disso.
Para quem não era nascido ou tinha horror à tecnologia, note as barras coloridas no canto superior direito da imagem, que são o símbolo do ZX Spectrum (ver foto abaixo).
A referência continua pelo uso das cores bem características e da resolução da imagem. E o que isso tem a ver com St. George? Bom, ele é o santo padroeiro da Inglaterra (e do Rio de Janeiro também, motivo pelo qual é feriado aqui no Rio hoje. Será que é feriado lá? :-) ), e o ZX Spetrum foi um marco de grande sucesso dos britânicos na área de informática. Este computador vendeu milhões por vários anos, e era popular no mundo todo, inclusive no Brasil, onde era difícil de chegar legalmente por causa da reserva de mercado, mas tinha "um clone" aqui, o TK 90X. Veja na foto abaixo que copiaram inclusive as faixas coloridas:
Mais do que o sucesso comercial, o que era importante nos micros ZX Spectrum e outros similares eram as características de verdadeira inclusão digital. Eles não eram práticos, não eram muito úteis no dia-a-dia, eram na realidade as vezes bem irritantes. Mas eles expunham facilmente o seu conteúdo, os bits e bytes, a programação. Mais do que uma janelinha de acrílico no gabinete, isso realmente permitia ver como tudo funcionava. Ao ligar a máquina já se caía em um prompt de linguagem de programação, convidando a programar. A linguagem era o Basic e seus terríveis GOTOs, não havia nem como identar código, mas ainda assim era programação no sentido estrito da palavra, e era só um começo. Depois que a pessoa sofre com isso aprende até a dar valor a uma estrutura "while", a um bloco demarcado com { e }, ou begin - end, a poder identar código, poder criar funções e procedimentos ... :-) na realidade, deixar o Basic de lado e aprender o assembly do Z80 era a grande diversão, e o ZX era simples o suficiente para um usuário autodidata programar em assembly, as informações estavam todas facilmente disponíveis.
Pessoalmente meu inicio com TI e programação foi com um clone do ZX, só que não exatamente o Spectrum, e sim o anterior, o ZX 81. Também não exatamente ele, mas um clone melhorado dele, o TK 85, que já vinha com 16 KB (sim é K mesmo!!! Para quem acha pouco, o ZX 81 original vinha com apenas 1 KB) de RAM. Também tinha um teclado de borracha parecido com o do ZX Spectrum, pois o 81 original era menor e tinha um teclado liso, sem teclas físicas (nunca usei, mas era pequeno e parecia horrível). Ver abaixo uma propaganda do TK85, a mesma que eu vi em uma revista e que contribuiu para querer comprá-lo (na realidade, pedir para meu pai...):
Não teria como descrever a nostalgia que sinto ao ver esta foto... Nunca usei pessoalmente um ZX Spetrum (ou TK90X) mas os artigos que saiam em revistas de TI (que eu comprava avidamente, pois não existia Web!) mostravam que era a mesma filosofia do TK85, uma máquina aberta, simples, divertida, e o melhor, extremamente educativa, mas sem parecer um produto didático chato! Quando disse acima que esta é a verdadeira inclusão digital, foi este o sentido. Uma criança que hoje compra um tablet aprende a ser um bom usuário final, mas nada sabe da engenharia por trás das imagens coloridas, dos videos e das páginas de rede social. Ter e usar tablets e samrtphones acaba sendo o lugar comum, o que quase 100% das pessoas saberá, sendo ligadas em tecnologia ou não. Mas até que ponto uma sociedade não precisa motivar as pessoas que vão criar o hardware e os programas? Elas terão que chegar aos 18 anos e prestes a entrar na faculdade para começar a saber do que se trata? E neste momento como vão ter condições de decidir?
O que eu posso dizer é que ganhei o TK aos 16 anos, e aos 18 já sabia o que queria fazer. Também poderia ter detestado, mas trata-se de dar uma opção para as pessoas, não de obrigá-las a algo. E se eu tivesse que agradecer à alguma empresa por ter contribuído para minha carreira, seria a Sinclair, a Microdigital e a HP (que fez uma calculadora programável, a HP 25, que estava quebrada, mas por um dos manuais dela eu li o que seria programação. Devia ter uns 10 a 12 anos, e tive que esperar mais uns 5 anos para botar as mãos numa máquina e ver meu próprio programa funcionando).
O sucesso mundial dos seus computadores, o ZX 81 e ZX Sprectrum, foi suficiente para Sir Clive Sinclair ganhar o título de Sir. Se ganhasse o título de Santo também seria muito justo, pois o que ele fez com alguns componentes eletrônicos para produzir estas máquinas, diante de todas as limitações da época, foi um verdadeiro milagre. E a influencia que elas tiveram por gerações é prova disso.
domingo, 22 de abril de 2012
N900: rodando o sistema Mer/Nemo
O Maemo 5 é um sistema excelente, ainda uso o N900 com ele e me surpreendo de como ainda hoje me parece atual. O que não tão é atual, é preciso que se diga, é a oferta de aplicativos. A comunidade Maemo continua produzindo, mas não são versões dos mesmos apps que se vê para Android e iOS nos sites de notícias (tipo Instagram, client oficial de Facebook e etc). Outra coisa de que sinto falta é de novidades no próprio sistema operacional, novas versões, features, etc. Veja aqui como instalar a última versão do Mer/Nemo, o sucessor do Meego.
Depois que a Nokia lançou aquela triste versão final do Meego (a 1.1) para N900, e logo em seguida abandonou oficialmente o Meego, achei que o ciclo de novos sistemas para o N900 tinha chegado ao fim. O último sistema utilizável é o Maemo 5 PR1.3, pois o Meego na versão final ainda estava muito ruim, nem forçando uma barra conseguiria utilizá-lo. Durante um tempo deixei o N900 quieto (ou seja, usando apenas como usuário, sem mexer no sistema) e passei a utilizar os celulares Android para a prática de testes de novos sistemas, principalmente ROM mods do próprio Android. Só que acabei dando uma parada nas mexidas no Android também, isto porque no meu aparelho atual, o Nexus S, o Google vem mantendo o sistema atualizado, e fica meio dificil justificar a instalação de mods. O Android 4.0.4 chegou faz pouco tempo, e a versão do Nexus S direto da Google na minha opinião é muito boa, não justificando um mod... ainda... então por enquanto quero deixar o Nexus S quieto, só como end-user. Com isso minha atenção de se volta para o N900 de novo. O que eu poderia instalar nele?
Acontece que, com o fim do Meego, o desenvolvimento deste sistema continuou em outras duas iniciativas, mesmo que ainda sem aplicação direta em novos aparelhos. Tem o Tizen, já mostrado aqui no blog, e o Mer. E para o N900, N950 e N9, a distribuição do Mer é chamada Nemo Mobile. Pelo que entendi até agora, o Mer seria uma coisa mais geral, e o Nemo a implementação específica para máquinas reais, no caso estes modelos da Nokia citados. Quanto à atualização, a última versão é de 12/04/2012, e já houve 5 versões este ano ( ver http://repository.maemo.org/meego/Nemo/). Note que os arquivos estão hospedados dentro do domínio do maemo.org. Ainda não entendi como ficou a parte política disso tudo, mas aparentemente o Mer é composto por voluntários vindos da comunidade Maemo, ao passo que o Tizen é patrocinado oficialmente pela "The Linux Foundation". Ainda assim, na página do Mer é citado que existe colaboração entre os dois grupos. E os aplicativos são os feitos em Qt para o Meego. Quer dizer, existe ainda uma forte integração entre Meego-Tizen-Mer, e também com a comunidade Maemo, cujo sistema também usa a ultima versão do Qt).
Rodando vários sistemas no N900
O N900 é um celular muito bom para experimentar outros sistemas. Ao contrário do Android, em que é preciso sobrescrever o firmware, no N900 é muito fácil manter o esquema de dual-boot. Existem duas formas de fazer isso, sendo a mais prática a por meio do U-Boot. (A outra é a utilizada pelo Nitdroid, que não gosto tanto, meu sonho era o Nitdroid usando U-Boot). O U-Boot é instalado pelo Maemo 5, e fornece um gerenciador de boot que permite rodar ou o próprio Maemo instalado na memória interna, ou um outro sistema instalado no SD-Card. Na inicialização do N900, se não houver um sistema instalado no SD-Card (ou se não tiver nenhum SD-Card no slot...), ele entra no Maemo. Se houver, por default ele entra no sistema do SD-Card, depois de um curto timeout de 3 segundos. Durante este tempo, pode-se também abrir o teclado, teclar qualquer coisa, e depois mandar o comando:
run noloboot
E desta forma também entrar no Maemo 5 original, instalado internamente. A beleza deste esquema é que o sistema original fica totalmente preservado, e pode ser acessado facilmente removendo o SD ou usando o comando acima. Além disso o processo de gravação das novas versões de sistemas e serem testadas podem ser feita fora do smartphone, no PC, sem risco nenhum nesta etapa. Pode-se também ter vários sistemas ou versões instalados em vários carões Micro-SD, bastando trocar o cartão para trocar o sistema.
A desvantagem é não poder utilizar ao mesmo tempo o slot micro-SD para guardar dados, mas neste caso vamos lembrar que o N900 já vem com 32 Gb internos, uma imensidão até para os dias de hoje, mais de 3 anos depois do lançamento do N900. 16 Gb ainda é o que vem na maioria dos aparelhos top... morram de inveja! :-)
Instalando o U-Boot
O único risco deste processo é na instalação do U-Boot. Pessoalmente já instalei e desinstalei duas vezes sem nenhum problema, nem ter que "flashear" de novo o firmware. A instalação em si é simples e rápida, pelo próprio gerenciador de aplicativos do Maemo 5 (esta na seção Sistema, e o repositório "extras-devel" deve estar ativado). É preciso apenas tomar cuidado de instalar sobre a versão PR1.3 original,e não ter nada que a modifique, como o Power Kernel. Li na lista de modificações do U-Boot que houve versão para corrigir esta incompatibilidade, mas eu não testei e não quis arriscar. Eu estava com o Power kernel esta semana, mas retirei antes de instalar o U-Boot (para retirar o Power kernel basta utilizar o ícone na janela de programas). Se você precisa muito do Power Kernel, o que não é meu caso, pode tentar, mas estando preparado para ter que fazer um flash do firmware completo e perder todas as configurações e instalações. E sem esquecer do backup dos dados, claro. Está implícito também que estes procedimentos são para quem tem um certo conhecimento sobre o Maemo e o N900, a ponto de fazer a recuperação se necessário sem traumas. O U-boot também pode ser desinstalado por uma linha de comando no terminal do N900:
apt-get install --reinstall kernel kernel-flasher
Já testei este comando sem problemas, mas caso não haja incompatibilidade com nenhum outro software instalado, eu sugiro deixá-lo lá mesmo não utilizando. Fora a mensagem na tela inicial e o timeout de 3 segundos, isso não afeta em nada o Maemo 5 original. E se você teve vontade de usar outro sistema uma vez, talvez queira usar de novo.
Um tutorial sobre como instalar e desisntalar o U-Boot pode ser visto aqui:
http://wiki.meego.com/ARM/N900/Install/Dual_Boot
Ele faz referência apenas ao Meego, mas como se verá, no caso do Nemo é a mesma coisa, a não ser é claro pelo arquivo de imagem do sistema a ser gravado no SD.
Uma vez que o u-boot esteja corretamente instalado, o resto do procedimento é bem tranquilo. Peguei o arquivo de imagem aqui:
http://repository.maemo.org/meego/Nemo/0.20120405.1.NEMO.2012-04-12.1/images/nemo-handset-armv7hl-n900/
O arquivo é o de extensão BZ2:
Sendo que na página acima é preciso filtrar apenas o que importa para cada situação. Para facilitar, segue o que eu fiz com o arquivo baixado acima, usando o Windows (Vista 64):
1- Extraí com o 7zip (que eu já tinha e uso sempre, e não o bzip2)
2- Renomeei o .raw para .img, tal como dito no tutorial
3- Coloquei um micro SD de 8 Gb, em um adaptador para USB no PC. Não precisa formatar nem preparar, mas o passo seguinte vai apagar todo o conteúdo anterior dele.
4- baixei e usei o Win32DiskImager, para gravar o arquivo .img anterior do passo 2 no SD
Link para download do Win32DiskImager:
https://launchpad.net/win32-image-writer/+download
Depois basta colocar o micro SD no slot do N900, fechar a tampa e ligar. Deve aparecer a mensagem do U-boot, um contador de 3 segundos, e depois o boot do Nemo, ainda com algumas mensagens meio esquisitas que podem ser ignoradas se você chegar na tela inicial.
A performance do Nemo e o SD Card
Já achei o Nemo bem melhor que o Meego para N900 em termos de performance, que restei no mesmo SD Card. Digo isso porque o cartão micro SD utilizado tem muita influência nisso. Aqui dois fatores são importantes. A classe da memória e a compatibilidade com o N900. No primeiro caso, ao comprar um SD deve-se procurar os de classe maior, que indicam mais velocidade. Por exemplo, estou usando um classe 4, que é lento, e estou para comprar um classe 10. Mas isso também não garante mais velocidade e melhor performance, pois existem casos de incompatibilidade relatados que, devidos a erros e retransmissão, fazem a performance cair muito. E não adianta reclamar com os fabricantes neste caso, pois o procedimento de dual boot via SD não é proposto para usuários finais. São os riscos inerentes a este tipo de teste, por exemplo, comprar um SD e não ficar bom para instalar um sistema. Pelo menos um SD hoje em dia tem muitas utilidades, pode ser usado em outros aparelhos, como pendrive (no adaptador, etc). Meu plano agora é tentar gravar esta imagem em um SD melhor e ver se consigo algum ganho em velocidade.
O que já fiz no Nemo
Não tive ainda muito tempo com o Nemo. o que eu fiz foi navegar um pouco na interface, o que é dificultado pelo fato dela ser bem diferente, mas se um dos objetivos é ver novidades, isso não é realmente um problema. No entanto um pouco de documentação ajudaria. O que já testei:
1- Envio e recebimento de chamadas telefônicas - OK
2- Conexão com rede WiFi - OK
3- Navegação Web - Ok (funciona, mas muito lenta)
4- Instalação de um app do Meego pela loja, via WiFi - Ok
5- Câmera fotográfica - OK
Este é o nível de usabilidade que eu esperava do Meego quando a Nokia lançou a primeira versão para desenvolvedores. Agora pode-se dizer que dá pra usar, embora sem muito conforto.
O Nemo está no meu N900 agora, e vou alternando entre ele e o Maemo 5, tentando explora-lo e ver até onde pode chegar. De tempos em tempos é bom visitar a página do projeto Mer ou do prórprio Maemo.org em busca de atualizações e novidades.
Referências:
Página do projeto Mer/Nemo Mobile
Depois que a Nokia lançou aquela triste versão final do Meego (a 1.1) para N900, e logo em seguida abandonou oficialmente o Meego, achei que o ciclo de novos sistemas para o N900 tinha chegado ao fim. O último sistema utilizável é o Maemo 5 PR1.3, pois o Meego na versão final ainda estava muito ruim, nem forçando uma barra conseguiria utilizá-lo. Durante um tempo deixei o N900 quieto (ou seja, usando apenas como usuário, sem mexer no sistema) e passei a utilizar os celulares Android para a prática de testes de novos sistemas, principalmente ROM mods do próprio Android. Só que acabei dando uma parada nas mexidas no Android também, isto porque no meu aparelho atual, o Nexus S, o Google vem mantendo o sistema atualizado, e fica meio dificil justificar a instalação de mods. O Android 4.0.4 chegou faz pouco tempo, e a versão do Nexus S direto da Google na minha opinião é muito boa, não justificando um mod... ainda... então por enquanto quero deixar o Nexus S quieto, só como end-user. Com isso minha atenção de se volta para o N900 de novo. O que eu poderia instalar nele?
Acontece que, com o fim do Meego, o desenvolvimento deste sistema continuou em outras duas iniciativas, mesmo que ainda sem aplicação direta em novos aparelhos. Tem o Tizen, já mostrado aqui no blog, e o Mer. E para o N900, N950 e N9, a distribuição do Mer é chamada Nemo Mobile. Pelo que entendi até agora, o Mer seria uma coisa mais geral, e o Nemo a implementação específica para máquinas reais, no caso estes modelos da Nokia citados. Quanto à atualização, a última versão é de 12/04/2012, e já houve 5 versões este ano ( ver http://repository.maemo.org/meego/Nemo/). Note que os arquivos estão hospedados dentro do domínio do maemo.org. Ainda não entendi como ficou a parte política disso tudo, mas aparentemente o Mer é composto por voluntários vindos da comunidade Maemo, ao passo que o Tizen é patrocinado oficialmente pela "The Linux Foundation". Ainda assim, na página do Mer é citado que existe colaboração entre os dois grupos. E os aplicativos são os feitos em Qt para o Meego. Quer dizer, existe ainda uma forte integração entre Meego-Tizen-Mer, e também com a comunidade Maemo, cujo sistema também usa a ultima versão do Qt).
Rodando vários sistemas no N900
O N900 é um celular muito bom para experimentar outros sistemas. Ao contrário do Android, em que é preciso sobrescrever o firmware, no N900 é muito fácil manter o esquema de dual-boot. Existem duas formas de fazer isso, sendo a mais prática a por meio do U-Boot. (A outra é a utilizada pelo Nitdroid, que não gosto tanto, meu sonho era o Nitdroid usando U-Boot). O U-Boot é instalado pelo Maemo 5, e fornece um gerenciador de boot que permite rodar ou o próprio Maemo instalado na memória interna, ou um outro sistema instalado no SD-Card. Na inicialização do N900, se não houver um sistema instalado no SD-Card (ou se não tiver nenhum SD-Card no slot...), ele entra no Maemo. Se houver, por default ele entra no sistema do SD-Card, depois de um curto timeout de 3 segundos. Durante este tempo, pode-se também abrir o teclado, teclar qualquer coisa, e depois mandar o comando:
run noloboot
E desta forma também entrar no Maemo 5 original, instalado internamente. A beleza deste esquema é que o sistema original fica totalmente preservado, e pode ser acessado facilmente removendo o SD ou usando o comando acima. Além disso o processo de gravação das novas versões de sistemas e serem testadas podem ser feita fora do smartphone, no PC, sem risco nenhum nesta etapa. Pode-se também ter vários sistemas ou versões instalados em vários carões Micro-SD, bastando trocar o cartão para trocar o sistema.
A desvantagem é não poder utilizar ao mesmo tempo o slot micro-SD para guardar dados, mas neste caso vamos lembrar que o N900 já vem com 32 Gb internos, uma imensidão até para os dias de hoje, mais de 3 anos depois do lançamento do N900. 16 Gb ainda é o que vem na maioria dos aparelhos top... morram de inveja! :-)
Instalando o U-Boot
O único risco deste processo é na instalação do U-Boot. Pessoalmente já instalei e desinstalei duas vezes sem nenhum problema, nem ter que "flashear" de novo o firmware. A instalação em si é simples e rápida, pelo próprio gerenciador de aplicativos do Maemo 5 (esta na seção Sistema, e o repositório "extras-devel" deve estar ativado). É preciso apenas tomar cuidado de instalar sobre a versão PR1.3 original,e não ter nada que a modifique, como o Power Kernel. Li na lista de modificações do U-Boot que houve versão para corrigir esta incompatibilidade, mas eu não testei e não quis arriscar. Eu estava com o Power kernel esta semana, mas retirei antes de instalar o U-Boot (para retirar o Power kernel basta utilizar o ícone na janela de programas). Se você precisa muito do Power Kernel, o que não é meu caso, pode tentar, mas estando preparado para ter que fazer um flash do firmware completo e perder todas as configurações e instalações. E sem esquecer do backup dos dados, claro. Está implícito também que estes procedimentos são para quem tem um certo conhecimento sobre o Maemo e o N900, a ponto de fazer a recuperação se necessário sem traumas. O U-boot também pode ser desinstalado por uma linha de comando no terminal do N900:
apt-get install --reinstall kernel kernel-flasher
Já testei este comando sem problemas, mas caso não haja incompatibilidade com nenhum outro software instalado, eu sugiro deixá-lo lá mesmo não utilizando. Fora a mensagem na tela inicial e o timeout de 3 segundos, isso não afeta em nada o Maemo 5 original. E se você teve vontade de usar outro sistema uma vez, talvez queira usar de novo.
Um tutorial sobre como instalar e desisntalar o U-Boot pode ser visto aqui:
http://wiki.meego.com/ARM/N900/Install/Dual_Boot
Ele faz referência apenas ao Meego, mas como se verá, no caso do Nemo é a mesma coisa, a não ser é claro pelo arquivo de imagem do sistema a ser gravado no SD.
Uma vez que o u-boot esteja corretamente instalado, o resto do procedimento é bem tranquilo. Peguei o arquivo de imagem aqui:
http://repository.maemo.org/meego/Nemo/0.20120405.1.NEMO.2012-04-12.1/images/nemo-handset-armv7hl-n900/
O arquivo é o de extensão BZ2:
nemo-handset-armv7hl-n900-0.20120405.1.NEMO.2012-04-12.1-mmcblk0p.raw.bz2
Depois eu segui o procedimento feito para o Meego (como dito antes, é o mesmo, a não ser pela imagem):
http://wiki.meego.com/ARM/N900/Install/MMC#Installing_Rootfs_on_external_MMC_card
Sendo que na página acima é preciso filtrar apenas o que importa para cada situação. Para facilitar, segue o que eu fiz com o arquivo baixado acima, usando o Windows (Vista 64):
1- Extraí com o 7zip (que eu já tinha e uso sempre, e não o bzip2)
2- Renomeei o .raw para .img, tal como dito no tutorial
3- Coloquei um micro SD de 8 Gb, em um adaptador para USB no PC. Não precisa formatar nem preparar, mas o passo seguinte vai apagar todo o conteúdo anterior dele.
4- baixei e usei o Win32DiskImager, para gravar o arquivo .img anterior do passo 2 no SD
Link para download do Win32DiskImager:
https://launchpad.net/win32-image-writer/+download
Depois basta colocar o micro SD no slot do N900, fechar a tampa e ligar. Deve aparecer a mensagem do U-boot, um contador de 3 segundos, e depois o boot do Nemo, ainda com algumas mensagens meio esquisitas que podem ser ignoradas se você chegar na tela inicial.
A performance do Nemo e o SD Card
Já achei o Nemo bem melhor que o Meego para N900 em termos de performance, que restei no mesmo SD Card. Digo isso porque o cartão micro SD utilizado tem muita influência nisso. Aqui dois fatores são importantes. A classe da memória e a compatibilidade com o N900. No primeiro caso, ao comprar um SD deve-se procurar os de classe maior, que indicam mais velocidade. Por exemplo, estou usando um classe 4, que é lento, e estou para comprar um classe 10. Mas isso também não garante mais velocidade e melhor performance, pois existem casos de incompatibilidade relatados que, devidos a erros e retransmissão, fazem a performance cair muito. E não adianta reclamar com os fabricantes neste caso, pois o procedimento de dual boot via SD não é proposto para usuários finais. São os riscos inerentes a este tipo de teste, por exemplo, comprar um SD e não ficar bom para instalar um sistema. Pelo menos um SD hoje em dia tem muitas utilidades, pode ser usado em outros aparelhos, como pendrive (no adaptador, etc). Meu plano agora é tentar gravar esta imagem em um SD melhor e ver se consigo algum ganho em velocidade.
O que já fiz no Nemo
Não tive ainda muito tempo com o Nemo. o que eu fiz foi navegar um pouco na interface, o que é dificultado pelo fato dela ser bem diferente, mas se um dos objetivos é ver novidades, isso não é realmente um problema. No entanto um pouco de documentação ajudaria. O que já testei:
1- Envio e recebimento de chamadas telefônicas - OK
2- Conexão com rede WiFi - OK
3- Navegação Web - Ok (funciona, mas muito lenta)
4- Instalação de um app do Meego pela loja, via WiFi - Ok
5- Câmera fotográfica - OK
Este é o nível de usabilidade que eu esperava do Meego quando a Nokia lançou a primeira versão para desenvolvedores. Agora pode-se dizer que dá pra usar, embora sem muito conforto.
O Nemo está no meu N900 agora, e vou alternando entre ele e o Maemo 5, tentando explora-lo e ver até onde pode chegar. De tempos em tempos é bom visitar a página do projeto Mer ou do prórprio Maemo.org em busca de atualizações e novidades.
Referências:
Página do projeto Mer/Nemo Mobile
sábado, 7 de abril de 2012
Review: Galaxy Tab 10.1 (GT-P7500)
Finalmente adquiri meu primeiro tablet, e depois de alguma pesquisa acabei comprando quase por acaso o Galaxy Tab 10.1 (modelo GT-P7500 com 3G). O Galaxy Tab nem estava entre os mais cotados na pesquisa, principalmente pelo preço nominal em geral maior que os outros, mas acabei achando uma loja vendendo por um bom preço e em 3 vezes no cartão de crédito sem plano de operadora. Não me arrependi, e neste post vou fazer um resumo do que estou achando do aparelho até agora. Acredito que foi uma boa opção para ter um aparelho de marca confiável, tela de 10.1" e ao mesmo tempo leve, e com conexão WiFi e 3G.
Impressão inicial
O aparelho passa uma boa impressão visual. É elegante e discreto, muito fino (ver foto a seguir, é mais fino que um lápis. A foto é minha: quis testar o que aparece na propaganda do site). No design externo parece não existir nada que não seja estritamente necessário, como vincos, protuberâncias, curvas, etc. Além disso ele é relativamente leve (565g). O que mais me seduz no GT-P7500 é justamente isso, um tablet de 10.1 mais leve e pequeno, muito confortável de segurar. Isso se encaixa plenamente no uso principal que tenho em mente, que é a leitura casual e navegação web, talvez algum vídeo mais curto, sentado no sofá da sala, num transporte, sala de espera, etc. O ato de segurar um objeto pesado para ler por alguns minutos acaba sendo incômodo, o que percebi imediatamente ao experimentar o Xoom (o primeiro). Por fora temos apenas dois botões físicos, o de ligar e o de volume. De interfaces, apenas a entrada de fones e do cabo de dados/carregamento. Duas câmeras uma traseira de 3.1 MP com flash LED e outra frontal, auto falantes estéreo laterais bem posicionados (na metade de cima, quando na posição landscape, que é a mais usada para videos) e microfone.
A Apple tinha razão?
Ao examinar mais atentamente o tablet não pude deixar de lembrar do processo Apple x Samsung na Alemanha, ocorrido ano passado. O Galaxy Tab é muito parecido com o iPad, para o bem e para o mal. Como já dito antes, ele é fino e leve como o aparelho da Apple, e tirando o botão frontal do iPad, visto de relance é quase idêntico. Mas infelizmente carrega algumas outras características do iPad que eu não acho tão desejáveis... Ele não tem portas USB no corpo do aparelho, a única interface é um conector proprietário, para um cabo proprietário, que termina em um conector USB para encaixar no carregador ou no PC. Igual ao iPad. Confesso que não tinha este detalhe em mente quando comprei, mas também não deixaria de comprar apenas por este motivo. Depois pesquisei e achei um adaptador USB (o fêmea) vendido separadamente por US$ 19,99, e que permite uso em host mode (ou seja, para alívio de alguns, pelo menos o sistema operacional está preparado).
A ausência das USBs pode ser até justificada pois traria um pequeno aumento de volume e peso, e neste ponto qualquer grama a mais pode fazer o aparelho passar do limite do conforto. Mais difícil seria justificar a falta do slot para micro SD, que não aumentaria quase nada o peso, mas de novo copiaram a Apple nisso: não tem. No meu caso não faço tanta questão do SD, inclusive já abri mão dele no smartphone também (o Nexus S), mas como o aparelho só tem 16 GB internos, não o acho indicado para quem quer carregar muita coisa ao mesmo tempo nele. Neste caso é melhor um dispositivo com 32 GB e/ou capacidade de expansão.
E novamente "copiando" a Apple, a bateria não é substituível pelo usuário. Isso não é um problema tão grave quanto parece, já que uma bateria destas dura mais de 2 anos sem problemas. O lado positivo disso é que a estrutura física necessária para acomodar uma bateria removível aumentaria o peso (perceba que baterias removíveis tem um invólucro de plástico rígido, encaixes mecânicos para ficar no lugar, conectores, etc, já a bateria interna não removível é uma espécie de saco plastico flexível colado na caixa e ligado por fios). Resta saber qual a dificuldade de trocá-la via manutenção, ou seja, abrindo o gabinete, já que no iPad se sabe que é muito alta (ou seja, alto preço de mão de obra). Quanto a isso não tenho muitas ilusões, tal como nos produtos da Apple, não encontrei um único parafuso de qualquer tipo no corpo do aparelho. Provavelmente não serei eu a tentar trocar a bateria, se é que alguém irá. Pelo custo de um serviço destes quando comparado a um novo aparelho, tenho dúvidas se ele vai durar mais que a sua própria bateria. Mas de novo, se este tempo for de 2 a 3 anos, está dentro do previsto. Quando este tablet já estará , espero eu, completamente obsoleto. Estranho já pensar nisso ao comprar algo novo? Procuro ser realista.
A versão do Android
O Galaxy Tab 10.1 vem de caixa com o Android 3.1, mas logo procurei atualizações nos menus de configuração e baixei a 3.2 (é preciso criar uma conta Samsung). Do ICS (o 4.0) no momento sinto falta apenas de poder instalar o Chrome para Android, que já tenho até no Smartphone (no Nexus S), e com isso sincronizar os favoritos. Ainda tenho esperança que a Samsung lance o 4.0 oficial, já que o modelo é relativamente recente (há 9 meses, considerando o mundo todo) mas já li que existe o CyanogemMod não-oficial. E a propósito, tem como desbloquear o bootloader e instalar recovery custom, root, ROM custom, etc. Não pretendo fazer nada disso tão cedo, já que meu objetivo é o uso diário. Mas quando (e se) a falta do ICS vier realmente a pesar, talvez acabe acontecendo...
Como não conheço o Honeycomb puro da Google não sei com certeza absoluta o que é ou não customização da Samsumg, mas não achei nada inconveniente na interface, que eu quisesse retirar. Existe no entanto um botão para screenshot da tela que fica muito evidente, tirei varias fotos da tela por engano até me acostumar com o ícone, que parece ser o de opções.
Quanto à compatibilidade dos apps que já usava no celular, uns 90% dos apps da minha conta rodaram sem problemas, alguns disseram não serem compatíveis com tablet, e um deles apresentou um modo de compatibilidade, ou seja, se expandiu para tomar a tela toda, mas ficou feio, aparecendo todos os pixels dos gráficos. Não faltam programas, mas nem todos utilizam bem a área de trabalho extra proporcionada pela tela maior. Alguns rodam mas os elementos ficam espaçados demais, sendo evidente que foi uma adaptação apressada. Pelo menos rodam e fazem a mesma coisa. Já outros parece que tem uma versão específica para tablet, e fica muito melhor.
Ainda sobre o Android 3.x, este foi um dos motivos pelos quais eu acabei descartando os tablets "xing-ling", que geralmente vem com o 2.x. Ao usar um pouco dá pra sentir que o sistema tem que se adaptar ao estilo de uso e dimensões de um tablet, ou seja, não recomento comprar um tablet com Android de versão menor que o 3, que não foram preparados tendo isto em mente. Fiquei aliviado por ter decidido assim, agora eu poderia estar bem arrependido quanto a isso!
Conectividade
Existe um software de conexão com o PC da Samsung, mas conectei o cabo na USB do PC (com Windows 8 CP) sem este software ou qualquer driver pré-instalado, e ele reconheceu o dispositivo e perguntou se queria acessar como dispositivo de midia ou de mass storage. Escolhendo esta última opção tudo se passa como um pendrive normal. A cópia de arquivos grandes foi bem rápida em modo USB 2.0.
O foco deste tablet no entanto é a Internet. Com 3G (850/900/1900/2100 MHz, compatível com todas as operadoras nacionais) e WiFi 802.11a/b/g/n, dificilmente se ficará offline, além do Bluetooth para os acessórios e dispositivos pessoais. A conexão HDMI requer um cabe opcional, que no meu caso nem vale a pena.
O uso
Mesmo com o uso contínuo e processamento pesado (videos, alguns PDFs com muitas figuras) o aparelho esquenta muito pouco, e apenas em uma região mais abaixo dos botões de ligar e volume. Esta era outra coisa que me preocupava no quesito conforto, tal como o peso, e só daria para saber usando por um bom tempo. Mas felizmente o Galaxy Tab se saiu bem nisso. Pensando bem, o que justifica um tablet é o conforto, senão eu poderia usar o netbook no colo e fazer quase tudo que se faz com um tablet. Então enfatizar este ponto nunca é demais.
O navegador nativo aceita flash e ao contrário do que li em alguns artigos pela Web, funciona perfeitamente, tão bem como no PC, inclusive os vídeos flv incluídos em páginas. Testei o navegador padrão, o Dolphin HD e o Firefox. Este último foi o mais estranho, o flash não estava instalado, mas também não me esforcei nem um pouco para colocar, mas o pior é como a interface é diferente em relação à versão de smartphone, que eu também uso.
Testei leitores de livros digitais, ele vem com alguns, inclusive um com assinatura trial para baixar jornais. Mas instalei e usei mais especificamente o Aldiko, pela facilidade de baixar títulos gratuitos (em inglês). Tentei usar o da Saraiva, e estava até disposto a comprar alguma coisa, mas nem o aplicativo nem o processo de compra me pareceram muito confiáveis. Também não entendi a limitação de baixar em 6 dispositivos! Mas enfim, isso já é outro assunto. O app do Kindle instalei mas não tive tempo de criar conta e usar. A leitura de PDFs depende muito do arquivo. Se ele for "pesado" (muitos gráficos), fica lento e até insuportável, mas fica lento em PCs também. Acho que livro eletrônico de verdade requer um formato próprio (como o ePub por exemplo). Além disso, depois de ler alguns jornais em meio digital, não vi nenhuma vantagem sobre os jornais ou sites de notícias em puro HTML que já estou acostumado a ler (se o conteúdo for o mesmo). Na realidade, é até bem pior! Ou seja, para jornais prefiro ler em um site web, se vai ser pago ou não é outro problema, e as versões digitais de jornais se mantém por puro saudosismo.
Testei alguns jogos 3D (por exemplo, o GT Free+ HD, um jogo de corrida 3D da Gameloft, o Star Legends, um MMO 3D) e a exibição de vídeos. O Angry Birds fica perfeito, uma vez que na tela do tablet dá pra ver a trajetória toda. Nos jogos o processador dual core Tegra 2 não permitiu lags, e percebi que a sensibilidade da tela é muito boa. Videos normais AVI e MP4, youtube e demais streaming embeded em páginas web rodaram sem problemas, bem rápido, e reconhecendo as legendas. A grande decepção veio ao tentar tocar videos de resolução maior (extensão mkv, de 720p). O player padrão pré-instalado sequer os reconhece, mas baixei outros dois players , os codecs e ficou bem lento, com lag. Não sei ainda se haveria como otimizar isso, mas esperava mais deste processador. E o pior é que ele está no nível dos demais concorrentes, ou seja, se ele não faz, qual tablet faria?
A bateria está durando bem, aguentando aproximadamente um dia, tenho usado no feriado/final de semana o dia quase todo. E isto tendo em vista que as primeiras cargas não são tão eficientes (em dois dias estou na terceira).
Acessórios
Para transportar e usar fora de casa fica evidente a necessidade de alguma capa. O adaptador USB citado antes pode ter também alguma utilidade para plugar um pendrive, mas não sei se o custo justifica, até porque a minha tendência é ir reduzindo o uso do pendrive e cabos. Por exemplo, as duas fotos no início deste artigo foram tiradas no Nexus S, compartilhadas quase imediatamente no Picasa (no Android isso é quase automático) e depois anexadas aqui. Sem pendrive, cabo, nada. Mas é certo que pode ainda acontecer do arquivo estar em pendrive, neste caso sem o adaptador se precisa passar por um PC antes. Outro dispositivo que gostaria de experimentar é o teclado da Samsung específico para este modelo (foto abaixo), até para ver a real utilidade deles em um tablet. Caso alguém tenha pensado nisso, não, eu não digitei este texto nele. O touchscreen é muito melhor que no smartphone (claro, teclas maiores), mas ainda inferior a um teclado físico de tamanho normal.
Especificações resumidas
Tela capacitiva de 10.1" (1200x800), processador dual Core Tegra 2 (isso não consta nos manuais nem no site, foi até difícil de achar, veja o link da wikipedia abaixo), 1 GB RAM, 16 GB de memória flash, sem portas USB e nem slot de expansão para SD. Android 3.1, com upgrade para 3.2 já disponível, câmera frontal e traseira, Bluetooth, WiFi (a/b/g/n), 3G (850/900/1900/2100, todas as operadoras nacionais), GPS, sensor de luminosidade.
Prós
- O preço relativamente mais baixo para um dispositivo com tela de 10", de marca e com conexão 3G
- Leve
- Design super fino
- Boa duração da bateria
Contras
- Sem interfaces USB
- Conector de dados/carregamento proprietário
- Sem slot para micro SD
- HDMI requer um cabo opcional
- Android 3.2 (por enquanto)
Links externos:
Wikipedia: Samsung Galaxy Tab 10.1
Samsung USB Adapter
Samsung Galaxy Tab 10.1 Keyboard Dock
Impressão inicial
O aparelho passa uma boa impressão visual. É elegante e discreto, muito fino (ver foto a seguir, é mais fino que um lápis. A foto é minha: quis testar o que aparece na propaganda do site). No design externo parece não existir nada que não seja estritamente necessário, como vincos, protuberâncias, curvas, etc. Além disso ele é relativamente leve (565g). O que mais me seduz no GT-P7500 é justamente isso, um tablet de 10.1 mais leve e pequeno, muito confortável de segurar. Isso se encaixa plenamente no uso principal que tenho em mente, que é a leitura casual e navegação web, talvez algum vídeo mais curto, sentado no sofá da sala, num transporte, sala de espera, etc. O ato de segurar um objeto pesado para ler por alguns minutos acaba sendo incômodo, o que percebi imediatamente ao experimentar o Xoom (o primeiro). Por fora temos apenas dois botões físicos, o de ligar e o de volume. De interfaces, apenas a entrada de fones e do cabo de dados/carregamento. Duas câmeras uma traseira de 3.1 MP com flash LED e outra frontal, auto falantes estéreo laterais bem posicionados (na metade de cima, quando na posição landscape, que é a mais usada para videos) e microfone.
A Apple tinha razão?
Ao examinar mais atentamente o tablet não pude deixar de lembrar do processo Apple x Samsung na Alemanha, ocorrido ano passado. O Galaxy Tab é muito parecido com o iPad, para o bem e para o mal. Como já dito antes, ele é fino e leve como o aparelho da Apple, e tirando o botão frontal do iPad, visto de relance é quase idêntico. Mas infelizmente carrega algumas outras características do iPad que eu não acho tão desejáveis... Ele não tem portas USB no corpo do aparelho, a única interface é um conector proprietário, para um cabo proprietário, que termina em um conector USB para encaixar no carregador ou no PC. Igual ao iPad. Confesso que não tinha este detalhe em mente quando comprei, mas também não deixaria de comprar apenas por este motivo. Depois pesquisei e achei um adaptador USB (o fêmea) vendido separadamente por US$ 19,99, e que permite uso em host mode (ou seja, para alívio de alguns, pelo menos o sistema operacional está preparado).
A ausência das USBs pode ser até justificada pois traria um pequeno aumento de volume e peso, e neste ponto qualquer grama a mais pode fazer o aparelho passar do limite do conforto. Mais difícil seria justificar a falta do slot para micro SD, que não aumentaria quase nada o peso, mas de novo copiaram a Apple nisso: não tem. No meu caso não faço tanta questão do SD, inclusive já abri mão dele no smartphone também (o Nexus S), mas como o aparelho só tem 16 GB internos, não o acho indicado para quem quer carregar muita coisa ao mesmo tempo nele. Neste caso é melhor um dispositivo com 32 GB e/ou capacidade de expansão.
E novamente "copiando" a Apple, a bateria não é substituível pelo usuário. Isso não é um problema tão grave quanto parece, já que uma bateria destas dura mais de 2 anos sem problemas. O lado positivo disso é que a estrutura física necessária para acomodar uma bateria removível aumentaria o peso (perceba que baterias removíveis tem um invólucro de plástico rígido, encaixes mecânicos para ficar no lugar, conectores, etc, já a bateria interna não removível é uma espécie de saco plastico flexível colado na caixa e ligado por fios). Resta saber qual a dificuldade de trocá-la via manutenção, ou seja, abrindo o gabinete, já que no iPad se sabe que é muito alta (ou seja, alto preço de mão de obra). Quanto a isso não tenho muitas ilusões, tal como nos produtos da Apple, não encontrei um único parafuso de qualquer tipo no corpo do aparelho. Provavelmente não serei eu a tentar trocar a bateria, se é que alguém irá. Pelo custo de um serviço destes quando comparado a um novo aparelho, tenho dúvidas se ele vai durar mais que a sua própria bateria. Mas de novo, se este tempo for de 2 a 3 anos, está dentro do previsto. Quando este tablet já estará , espero eu, completamente obsoleto. Estranho já pensar nisso ao comprar algo novo? Procuro ser realista.
A versão do Android
O Galaxy Tab 10.1 vem de caixa com o Android 3.1, mas logo procurei atualizações nos menus de configuração e baixei a 3.2 (é preciso criar uma conta Samsung). Do ICS (o 4.0) no momento sinto falta apenas de poder instalar o Chrome para Android, que já tenho até no Smartphone (no Nexus S), e com isso sincronizar os favoritos. Ainda tenho esperança que a Samsung lance o 4.0 oficial, já que o modelo é relativamente recente (há 9 meses, considerando o mundo todo) mas já li que existe o CyanogemMod não-oficial. E a propósito, tem como desbloquear o bootloader e instalar recovery custom, root, ROM custom, etc. Não pretendo fazer nada disso tão cedo, já que meu objetivo é o uso diário. Mas quando (e se) a falta do ICS vier realmente a pesar, talvez acabe acontecendo...
Como não conheço o Honeycomb puro da Google não sei com certeza absoluta o que é ou não customização da Samsumg, mas não achei nada inconveniente na interface, que eu quisesse retirar. Existe no entanto um botão para screenshot da tela que fica muito evidente, tirei varias fotos da tela por engano até me acostumar com o ícone, que parece ser o de opções.
Quanto à compatibilidade dos apps que já usava no celular, uns 90% dos apps da minha conta rodaram sem problemas, alguns disseram não serem compatíveis com tablet, e um deles apresentou um modo de compatibilidade, ou seja, se expandiu para tomar a tela toda, mas ficou feio, aparecendo todos os pixels dos gráficos. Não faltam programas, mas nem todos utilizam bem a área de trabalho extra proporcionada pela tela maior. Alguns rodam mas os elementos ficam espaçados demais, sendo evidente que foi uma adaptação apressada. Pelo menos rodam e fazem a mesma coisa. Já outros parece que tem uma versão específica para tablet, e fica muito melhor.
Ainda sobre o Android 3.x, este foi um dos motivos pelos quais eu acabei descartando os tablets "xing-ling", que geralmente vem com o 2.x. Ao usar um pouco dá pra sentir que o sistema tem que se adaptar ao estilo de uso e dimensões de um tablet, ou seja, não recomento comprar um tablet com Android de versão menor que o 3, que não foram preparados tendo isto em mente. Fiquei aliviado por ter decidido assim, agora eu poderia estar bem arrependido quanto a isso!
Conectividade
Existe um software de conexão com o PC da Samsung, mas conectei o cabo na USB do PC (com Windows 8 CP) sem este software ou qualquer driver pré-instalado, e ele reconheceu o dispositivo e perguntou se queria acessar como dispositivo de midia ou de mass storage. Escolhendo esta última opção tudo se passa como um pendrive normal. A cópia de arquivos grandes foi bem rápida em modo USB 2.0.
O foco deste tablet no entanto é a Internet. Com 3G (850/900/1900/2100 MHz, compatível com todas as operadoras nacionais) e WiFi 802.11a/b/g/n, dificilmente se ficará offline, além do Bluetooth para os acessórios e dispositivos pessoais. A conexão HDMI requer um cabe opcional, que no meu caso nem vale a pena.
O uso
Mesmo com o uso contínuo e processamento pesado (videos, alguns PDFs com muitas figuras) o aparelho esquenta muito pouco, e apenas em uma região mais abaixo dos botões de ligar e volume. Esta era outra coisa que me preocupava no quesito conforto, tal como o peso, e só daria para saber usando por um bom tempo. Mas felizmente o Galaxy Tab se saiu bem nisso. Pensando bem, o que justifica um tablet é o conforto, senão eu poderia usar o netbook no colo e fazer quase tudo que se faz com um tablet. Então enfatizar este ponto nunca é demais.
O navegador nativo aceita flash e ao contrário do que li em alguns artigos pela Web, funciona perfeitamente, tão bem como no PC, inclusive os vídeos flv incluídos em páginas. Testei o navegador padrão, o Dolphin HD e o Firefox. Este último foi o mais estranho, o flash não estava instalado, mas também não me esforcei nem um pouco para colocar, mas o pior é como a interface é diferente em relação à versão de smartphone, que eu também uso.
Testei leitores de livros digitais, ele vem com alguns, inclusive um com assinatura trial para baixar jornais. Mas instalei e usei mais especificamente o Aldiko, pela facilidade de baixar títulos gratuitos (em inglês). Tentei usar o da Saraiva, e estava até disposto a comprar alguma coisa, mas nem o aplicativo nem o processo de compra me pareceram muito confiáveis. Também não entendi a limitação de baixar em 6 dispositivos! Mas enfim, isso já é outro assunto. O app do Kindle instalei mas não tive tempo de criar conta e usar. A leitura de PDFs depende muito do arquivo. Se ele for "pesado" (muitos gráficos), fica lento e até insuportável, mas fica lento em PCs também. Acho que livro eletrônico de verdade requer um formato próprio (como o ePub por exemplo). Além disso, depois de ler alguns jornais em meio digital, não vi nenhuma vantagem sobre os jornais ou sites de notícias em puro HTML que já estou acostumado a ler (se o conteúdo for o mesmo). Na realidade, é até bem pior! Ou seja, para jornais prefiro ler em um site web, se vai ser pago ou não é outro problema, e as versões digitais de jornais se mantém por puro saudosismo.
Testei alguns jogos 3D (por exemplo, o GT Free+ HD, um jogo de corrida 3D da Gameloft, o Star Legends, um MMO 3D) e a exibição de vídeos. O Angry Birds fica perfeito, uma vez que na tela do tablet dá pra ver a trajetória toda. Nos jogos o processador dual core Tegra 2 não permitiu lags, e percebi que a sensibilidade da tela é muito boa. Videos normais AVI e MP4, youtube e demais streaming embeded em páginas web rodaram sem problemas, bem rápido, e reconhecendo as legendas. A grande decepção veio ao tentar tocar videos de resolução maior (extensão mkv, de 720p). O player padrão pré-instalado sequer os reconhece, mas baixei outros dois players , os codecs e ficou bem lento, com lag. Não sei ainda se haveria como otimizar isso, mas esperava mais deste processador. E o pior é que ele está no nível dos demais concorrentes, ou seja, se ele não faz, qual tablet faria?
A bateria está durando bem, aguentando aproximadamente um dia, tenho usado no feriado/final de semana o dia quase todo. E isto tendo em vista que as primeiras cargas não são tão eficientes (em dois dias estou na terceira).
Acessórios
Para transportar e usar fora de casa fica evidente a necessidade de alguma capa. O adaptador USB citado antes pode ter também alguma utilidade para plugar um pendrive, mas não sei se o custo justifica, até porque a minha tendência é ir reduzindo o uso do pendrive e cabos. Por exemplo, as duas fotos no início deste artigo foram tiradas no Nexus S, compartilhadas quase imediatamente no Picasa (no Android isso é quase automático) e depois anexadas aqui. Sem pendrive, cabo, nada. Mas é certo que pode ainda acontecer do arquivo estar em pendrive, neste caso sem o adaptador se precisa passar por um PC antes. Outro dispositivo que gostaria de experimentar é o teclado da Samsung específico para este modelo (foto abaixo), até para ver a real utilidade deles em um tablet. Caso alguém tenha pensado nisso, não, eu não digitei este texto nele. O touchscreen é muito melhor que no smartphone (claro, teclas maiores), mas ainda inferior a um teclado físico de tamanho normal.
Especificações resumidas
Tela capacitiva de 10.1" (1200x800), processador dual Core Tegra 2 (isso não consta nos manuais nem no site, foi até difícil de achar, veja o link da wikipedia abaixo), 1 GB RAM, 16 GB de memória flash, sem portas USB e nem slot de expansão para SD. Android 3.1, com upgrade para 3.2 já disponível, câmera frontal e traseira, Bluetooth, WiFi (a/b/g/n), 3G (850/900/1900/2100, todas as operadoras nacionais), GPS, sensor de luminosidade.
Prós
- O preço relativamente mais baixo para um dispositivo com tela de 10", de marca e com conexão 3G
- Leve
- Design super fino
- Boa duração da bateria
Contras
- Sem interfaces USB
- Conector de dados/carregamento proprietário
- Sem slot para micro SD
- HDMI requer um cabo opcional
- Android 3.2 (por enquanto)
Links externos:
Wikipedia: Samsung Galaxy Tab 10.1
Samsung USB Adapter
Samsung Galaxy Tab 10.1 Keyboard Dock
sábado, 24 de março de 2012
ICS no Nexus S, será que agora vai?
No final do ano passado a Google começou a liberar o Android 4 (ICS, ou Ice Cream Sandwich) para o Nexus S, mas acabou voltando atrás e congelando a distribuição, diante de algumas reclamações de usuários sobre o consumo excessivo da bateria. Muitos chegaram a receber e devem estar com ele até hoje. Eu, que tinha feito a atualização manual para o ICS, fiz também depois de algumas semanas o downgrade manual para a 2.3.6, pois estava observando realmente um consumo excessivo. Depois disso o assunto morreu e achei estranho que a Google não tenha feito mais nenhuma tentativa de uma nova versão do ICS para o Nexus S. Mas na semana passada o Engadget noticiou que ela pode estar vindo, em "poucas semanas". Este prazo ainda é um pouco vago, e para mim quando diz "fontes confiáveis de uma empresa", sem citar o nome do porta voz, ainda fica na categoria de rumor. E que versão seria, alguma posterior ao 4.03? [update em 31/03: segundo este site, será a 4.0.4]. Quais as alterações oficiais? De qualquer modo, a mera possibilidade do ICS oficial é uma boa notícia para os proprietários do Nexus S. O sistema, fora a questão da bateria, tem muitas melhorias sobre o Gingerbread. Além disso a versão oficial não é a única opção de update, os trabalhos na versão 9 do Cyanogen Mod também continuam, e de uma forma ou de outra o Android 4 virá...
[Update 7/4/2012: a versão 4.0.4 chegou por OTA na última quarta-feira a noite (4 de abril). Tenho usado desde então, e o consumo de bateria parece que melhorou com relação ao 4.0.3, pelo menos aguenta o dia todo sem recarga. Agora já posso instalar o browser Chrome no smartphone! :-) ]
[Update 7/4/2012: a versão 4.0.4 chegou por OTA na última quarta-feira a noite (4 de abril). Tenho usado desde então, e o consumo de bateria parece que melhorou com relação ao 4.0.3, pelo menos aguenta o dia todo sem recarga. Agora já posso instalar o browser Chrome no smartphone! :-) ]
sábado, 3 de março de 2012
Testando o Windows 8 Consumer Preview
Estou a partir de hoje usando o Windows 8 Consumer Preview. Como já disse antes aqui no blog, esta versão do Windows está vindo com muitas novidades, e estou querendo começar a conferi-las pessoalmente. Chega de simplesmente ler sobre o W8 em alguma matéria escrita por alguém que também apenas leu. Neste post vou dar meu depoimento de uso pessoal do sistema.
O Windows 8 CP está disponível para download neste link:
http://windows.microsoft.com/en-US/windows-8/iso
Na mesma página vemos o product key. Escolhi a versão x64. Preferi a opção de instalação por DVD para instalar em um PC físico, e ter noção da performance e do atual estado dos drivers para dispositivos reais. Não recomendo instalar desta forma no seu único PC disponível ou na máquina principal, por ser uma versão ainda sujeita a diversos problemas, e por não ser a definitiva, o que vai obrigar provavelmente e reinstalar tudo depois do lançamento da versão final. Montei uma máquina de testes relativamente modesta:
- Placa mãe Intel DG45ID
- Processador Core 2 Duo 4300
- 4 Gb DDR2-800 (4x 1 Gb) em dual channel
- Placa de vídeo XFX - nVidia GT220
- HD SATA2 de 160 Gb
- Gravador de DVD
Na instalação removi todas as partições existentes no HD, e criei uma com tamanho máximo. Mas como primeira novidade, o instalador criou sozinho uma partição menor (seria alguma espécie de partição swap? vou pesquisar depois o motivo disso). A partir daí a instalação ocorreu sem maiores surpresas. Visualmente, no entanto, o instalador está bem mudado, as telas são mais limpas e agradáveis.
Ainda no processo de instalação, tive a grata surpresa de que o adaptador WIFI USB (um d-link dwa-110) foi reconhecido e pude conectar na rede antes mesmo de finalizar a instalação. Outra novidade, é solicitado um email de conta na Microsoft (coloquei uma conta do hotmail) que é utilizada como logon. Logo depois ele pediu minha senha do hotmail, e loguei pela primeira vez no Windows 8.
A primeira sensação é realmente de estranhamento completo. Acabou o menu iniciar, (aparentemente) acabou o desktop como o conhecemos, e entra uma interface semelhante ao do Windows Phone 7. Unificar as interfaces é uma boa idéia da Microsoft, mas a minha impressão inicial, como usuário do Windows desde a versão 3.1, é de estar completamente perdido. Mas clicando no peixinho, um dos quadrados embaixo, temos acesso ao desktop e a alguns elementos conhecidos, a barra de tarefas (que não mostra as aplicações metro, e sem o menu iniciar) e a lixeira. Um certo alívio, mas no momento eu queria era explorar a interface metro mais um pouco. Para ela voltar, basta acionar a tecla Windows (no teclado). É como se toda a tela inicial fosse agora o menu iniciar (reforçado pelo fato que também aparece um atalho para ele colocando o mouse no canto inferior esquerdo da tela, onde ficava o...? :-) ).
De volta à tela inicial, testei a aplicação do jogo Solitaire. Por acaso, uma das primeiras coisas que fiz há uns 15 anos atrás no Windows 3.1. E a primeira diferença: ele não abre uma janela, é tela cheia! Jogar foi fácil, mas não achei nada para fechar a aplicação. Intuitivamente, teclei no botão Windows do teclado, de novo. As aplicações no entanto continuam rodando, como se pode ver com ALT+TAB. Então tentei o velho ALT+F4, e o programa fechou.
O Internet Explorer também entra por default em tela cheia. A barra de endereços foi pra baixo. tentei alguns sites conhecidos, tudo ok, rápido, mas sem flash. Entrando pelo IE a partir do desktop normal temos a configuração visual conhecida do IE 10. Digitei "flash" no campo de endereços, fazendo uma busca no bing, e trouxe o endereço de instalação do flash player para 64 bits (versão 11.1). Depois entrei em uma página com elementos flash e estava tudo lá. Testei o youtube (que usa flash), e funcionou perfeito.
Na tela start, temos no canto inferior um pequeno ícone que dá acesso às configurações (deixando o mouse sobre ele), cujos icones aparecem na lateral direita da tela. Por ali se pode listar os dispositivos e acessar o Windows Update. Já tinha 5 atualizações. Instalei, e para finalizar requereu reiniciar o sistema. Tudo isso sem nada sequer parecido com o painel de controle. O painel de controle ainda existe, no entanto, está apenas um pouco escondido. A forma mais fácil de achar o velho painel de controle que eu encontrei (até agora) é clicar com botão direito no desktop, depois em "Personalize" e depois na opção "Control Panel Home" na barra esquerda. No Windows Desktop, colocando o ponteiro do mouse no canto inferior direito também mostra as opções de configurações na lateral direita.De um modo geral, achei que as interfaces Metro e desktop clássico estão convivendo bem harmonicamente no W8. Se continuar assim até a versão final será ótimo. Já estou esquecendo o tal botão iniciar ...
Um dos principais atrativos do Windows para mim é a compatibilidade com jogos para PC Resolvi então testar um jogo, e comecei por um que tenho jogado mais regularmente, o World of Warcraft Cataclysm. A instalação deste jogo é lenta, pois mesmo instalando do DVD depois ele baixa muitas atualizações. Mas para quem não sabe, basta copiar o diretório do jogo de uma outra máquina e depois puxar um atalho para o programa "launcher", que fica nesta pasta. Copiei uma instalação feita no Windows Vista 64, ou seja, de dentro da pasta "Program Files (x86)" para a pasta de mesmo nome no Windows 8. O jogo funcionou sem problemas, conforme esperado. Depois instalei o "Doom 3", via CDs, sem patch, e também rodou muito bem. Em seguida tentei um jogo de corrida um pouco mais antigo, o Need For Speed Underground (1), e desta vez tive um contratempo na instalação (parou na metade, não pediu o segundo CD, ficando em 51%, m mas trocando o CD assim mesmo a instalação prosseguiu e finalizou), mas de novo o jogo rodou sem problemas. Com estes sucessos creio que a compatibilidade com jogos feitos para Windows anteriores deve ser senão perfeita, mas pelo menos razoável.
Ao que parece todo o hardware do PC descrito no início foi reconhecido, mas ainda assim resolvi instalar o driver da placa de vídeo. Fui no site da nVidia e vi que já existe a opção para o Windows 8 64 bits. Baixei o driver e instalei. A instalação nem sequer pediu reboot, e o driver ficou operacional, com significativo ganho de performance.
A instalação básica usou 15,2 Gb do HD, e a performance geral ficou razoável para o hardware utilizado, que já é bem modesto para os padrões atuais. Ainda não sei a data limite de uso desta versão, mas deve haver ainda muito tempo para testar. Estou tentando usar a máquina com Windows 8 para o máximo de atividades possível (que não ofereçam risco de segurança, etc), de como a coletar mais informações, que serão atualizadas aqui no blog. Até a próxima!
O Windows 8 CP está disponível para download neste link:
http://windows.microsoft.com/en-US/windows-8/iso
Na mesma página vemos o product key. Escolhi a versão x64. Preferi a opção de instalação por DVD para instalar em um PC físico, e ter noção da performance e do atual estado dos drivers para dispositivos reais. Não recomendo instalar desta forma no seu único PC disponível ou na máquina principal, por ser uma versão ainda sujeita a diversos problemas, e por não ser a definitiva, o que vai obrigar provavelmente e reinstalar tudo depois do lançamento da versão final. Montei uma máquina de testes relativamente modesta:
- Placa mãe Intel DG45ID
- Processador Core 2 Duo 4300
- 4 Gb DDR2-800 (4x 1 Gb) em dual channel
- Placa de vídeo XFX - nVidia GT220
- HD SATA2 de 160 Gb
- Gravador de DVD
Na instalação removi todas as partições existentes no HD, e criei uma com tamanho máximo. Mas como primeira novidade, o instalador criou sozinho uma partição menor (seria alguma espécie de partição swap? vou pesquisar depois o motivo disso). A partir daí a instalação ocorreu sem maiores surpresas. Visualmente, no entanto, o instalador está bem mudado, as telas são mais limpas e agradáveis.
Ainda no processo de instalação, tive a grata surpresa de que o adaptador WIFI USB (um d-link dwa-110) foi reconhecido e pude conectar na rede antes mesmo de finalizar a instalação. Outra novidade, é solicitado um email de conta na Microsoft (coloquei uma conta do hotmail) que é utilizada como logon. Logo depois ele pediu minha senha do hotmail, e loguei pela primeira vez no Windows 8.
A primeira sensação é realmente de estranhamento completo. Acabou o menu iniciar, (aparentemente) acabou o desktop como o conhecemos, e entra uma interface semelhante ao do Windows Phone 7. Unificar as interfaces é uma boa idéia da Microsoft, mas a minha impressão inicial, como usuário do Windows desde a versão 3.1, é de estar completamente perdido. Mas clicando no peixinho, um dos quadrados embaixo, temos acesso ao desktop e a alguns elementos conhecidos, a barra de tarefas (que não mostra as aplicações metro, e sem o menu iniciar) e a lixeira. Um certo alívio, mas no momento eu queria era explorar a interface metro mais um pouco. Para ela voltar, basta acionar a tecla Windows (no teclado). É como se toda a tela inicial fosse agora o menu iniciar (reforçado pelo fato que também aparece um atalho para ele colocando o mouse no canto inferior esquerdo da tela, onde ficava o...? :-) ).
De volta à tela inicial, testei a aplicação do jogo Solitaire. Por acaso, uma das primeiras coisas que fiz há uns 15 anos atrás no Windows 3.1. E a primeira diferença: ele não abre uma janela, é tela cheia! Jogar foi fácil, mas não achei nada para fechar a aplicação. Intuitivamente, teclei no botão Windows do teclado, de novo. As aplicações no entanto continuam rodando, como se pode ver com ALT+TAB. Então tentei o velho ALT+F4, e o programa fechou.
O Internet Explorer também entra por default em tela cheia. A barra de endereços foi pra baixo. tentei alguns sites conhecidos, tudo ok, rápido, mas sem flash. Entrando pelo IE a partir do desktop normal temos a configuração visual conhecida do IE 10. Digitei "flash" no campo de endereços, fazendo uma busca no bing, e trouxe o endereço de instalação do flash player para 64 bits (versão 11.1). Depois entrei em uma página com elementos flash e estava tudo lá. Testei o youtube (que usa flash), e funcionou perfeito.
Na tela start, temos no canto inferior um pequeno ícone que dá acesso às configurações (deixando o mouse sobre ele), cujos icones aparecem na lateral direita da tela. Por ali se pode listar os dispositivos e acessar o Windows Update. Já tinha 5 atualizações. Instalei, e para finalizar requereu reiniciar o sistema. Tudo isso sem nada sequer parecido com o painel de controle. O painel de controle ainda existe, no entanto, está apenas um pouco escondido. A forma mais fácil de achar o velho painel de controle que eu encontrei (até agora) é clicar com botão direito no desktop, depois em "Personalize" e depois na opção "Control Panel Home" na barra esquerda. No Windows Desktop, colocando o ponteiro do mouse no canto inferior direito também mostra as opções de configurações na lateral direita.De um modo geral, achei que as interfaces Metro e desktop clássico estão convivendo bem harmonicamente no W8. Se continuar assim até a versão final será ótimo. Já estou esquecendo o tal botão iniciar ...
Um dos principais atrativos do Windows para mim é a compatibilidade com jogos para PC Resolvi então testar um jogo, e comecei por um que tenho jogado mais regularmente, o World of Warcraft Cataclysm. A instalação deste jogo é lenta, pois mesmo instalando do DVD depois ele baixa muitas atualizações. Mas para quem não sabe, basta copiar o diretório do jogo de uma outra máquina e depois puxar um atalho para o programa "launcher", que fica nesta pasta. Copiei uma instalação feita no Windows Vista 64, ou seja, de dentro da pasta "Program Files (x86)" para a pasta de mesmo nome no Windows 8. O jogo funcionou sem problemas, conforme esperado. Depois instalei o "Doom 3", via CDs, sem patch, e também rodou muito bem. Em seguida tentei um jogo de corrida um pouco mais antigo, o Need For Speed Underground (1), e desta vez tive um contratempo na instalação (parou na metade, não pediu o segundo CD, ficando em 51%, m mas trocando o CD assim mesmo a instalação prosseguiu e finalizou), mas de novo o jogo rodou sem problemas. Com estes sucessos creio que a compatibilidade com jogos feitos para Windows anteriores deve ser senão perfeita, mas pelo menos razoável.
Ao que parece todo o hardware do PC descrito no início foi reconhecido, mas ainda assim resolvi instalar o driver da placa de vídeo. Fui no site da nVidia e vi que já existe a opção para o Windows 8 64 bits. Baixei o driver e instalei. A instalação nem sequer pediu reboot, e o driver ficou operacional, com significativo ganho de performance.
A instalação básica usou 15,2 Gb do HD, e a performance geral ficou razoável para o hardware utilizado, que já é bem modesto para os padrões atuais. Ainda não sei a data limite de uso desta versão, mas deve haver ainda muito tempo para testar. Estou tentando usar a máquina com Windows 8 para o máximo de atividades possível (que não ofereçam risco de segurança, etc), de como a coletar mais informações, que serão atualizadas aqui no blog. Até a próxima!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Solução Dockstation com Ubuntu e Android
(imagem do site da Canonical) |
Pois bem, um ano depois o conceito vem reciclado pela Canonical. A mesma idéia: o smartphone é o computador, basta ligar os periféricos. E tudo, é claro, integrado via Ubuntu, que rodará no smartphone junto com o Android. A idéia não é substituir o Android, e sim usar cada sistema em um modo diferente. Voltando ao Atrix, note que a solução da Motorola precisava de um software envolvido para criar o "modo PC". Quer dizer, quando se liga o smartphone na docstation a área de trabalho muda para outra, compatível com o trabalho típico com teclado e mouse. Não é apenas a imagem do celular ampliada na tela. A interface de usuário para celular é projetada para usar naquelas proporções de tela e entrada de toque. Pelo menos a que temos na versão do Android utilizada no Atrix. Então, ao se encaixar o aparelho na docstation, o celular "muda de cara" e entra no modo PC. Para o Ubuntu seria mais ou menos o mesmo, só que ao invés do software proprietário da Motorola temos o da Canonical. O Android rodaria no modo smartphone, e ao conectar na dock, entraria o Ubuntu. Aí começa o lado difícil, este software não é um app comum, porque é preciso mais integração com o Android, é um software de baixo nível e isso requer colaboração com os fabricantes. Além do software, seria preciso algum hardware genérico e padronizado de docstation, compatível com diversos fabricantes. E por fim, os aparelhos tem que possuir alguns requisitos mínimos, como HDMI e USB host (não apenas mass storage). O projeto ainda está em desenvolvimento inicial, e como acabamos de ver, dependendo de interesses comerciais dos parceiros.
Se tudo der certo, o sonho de unificar todo o processamento pessoal em um só aparelho, e a um custo viável, pode finalmente virar realidade. Não seria mais necessário sincronizar informações entre celular e PC, tudo já estaria no lugar, sem duplicidade, sem inconsistência. A única limitação seria a diferença de capacidade de processador e do HD, mas estas estão se tornando aos poucos irrelevantes por meio de coisas como aplicativos para browser em HTML5 e serviços de nuvem. Então, por mais que eu me entusiasme com a solução doscstation descrita acima, o futuro que vai se delineando começa a tornar até isso irrelevante. Quer dizer, talvez não precise unificar tudo no smartphone, porque já vai estar tudo unificado na nuvem, e ele é apenas mais um terminal.
A visão de futuro possível é a seguinte. Conexões Internet de alta capacidade e alta disponibilidade, mesmo móvel (esqueça o 3G que temos hoje), tornam possível aplicações conectadas 100% do tempo, rodando no browser, em qualquer aparelho, móvel ou fixo. Nada é instalado localmente, nada é armazenado localmente. Qualquer fotografia tirada no smartphone é sincronizada o mais cedo possível e de forma transparente no seu serviço de armazenamento de nuvem, e o mesmo para mensagens, contatos, textos, planilhas, tudo. O processamento local necessário vai se tornar transparente também. Hoje se comemora processadores dual core em smartphones, mas no futuro isso tende a ser esquecido, assim como já está sendo esquecido nos PCs. Quer dizer, no futuro todos os processadores de celular terão "n" cores, quantos exatamente não importa, mas será o necessário para deixar o sistema, browser, decodificadores de vídeo, etc, tudo funcionando a contento. E essa capacidade de processamento irá se espalhando por todos os aparelhos de consumo em que se fizer necessária. Exemplo, minha TV LED tem entrada USB, e já permite navegar e nas pastas e arquivos do pendrive, abrir os arquivos de midia (video, fotos, musica), decodificar diversos formatos de vídeo, reconhecer legendas em arquivos txt associados. Para fazer isso é necessário computação, e o processamento já está na TV, um computador minúsculo e integrado que também está nos celulares, e pode ir para qualquer coisa, sem ocupar muito espaço e por um custo mínimo. Pode ser integrado inclusive a um monitor, um teclado, ou até ao mouse. Ou seja, quando o preço de produzir um monitor (ou teclado) com um computador integrado equivalente ao de um smartphone for quase igual ao de fazer sem isso, pra que docstation? Basta logar na sua conta de serviço em nuvem, e estará tudo lá.
Se este cenário acontecer, soluções como as do Atrix ou a proposta da Canonical seriam intermediárias, para o período de transição. Mas o que não é transitório em tecnologia? Então, torço para que dê certo, será pelo menos mais um passo na limpeza das tralhas da mesa de trabalho...
Fontes:
http://www.ubuntu.com/devices/android
http://www.hardware.com.br/noticias/2012-02/ubuntu-android-2.html
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