terça-feira, 20 de dezembro de 2016

[Dica] Não compre um processador AMD FX agora. Mas até quando esperar?

Com o Ryzen prometido para o início do ano, e o Kabylake também chegando, nem é preciso conhecimento profundo do mercado de processadores para PC para intuir que não é um bom momento para investir neste componente. Tenho visto ultimamente os FX em diversas promoções, ainda sendo oferecido por muitas lojas, o que me parece ser uma estratégia de queima de estoque. Mas se a linha FX da AMD (e as outras também) já estava obsoleta tecnicamente (pela litografia, consumo, IPC, performance single core, sem suporte a DDR4, etc), agora está prestes a ficar obsoleta em termos de mercado também, com a entrada da linha ZEN e os processadores Ryzen. Então mesmo a um preço competitivo, recomendo enfaticamente não comprar FX.

Na realidade, neste exato momento o melhor mesmo seria não comprar processador nenhum! Nem AMD nem Intel. Claro que existem situações específicas nas quais isso se faz necessário, mas vamos tomar como pressuposto que existe a opção, por exemplo, porque você já tem um PC funcionando relativamente bem. Este artigo tem em vista o consumidor comum de PCs gamer, e em época de Natal, que infelizmente implica em consumismo para uma grande parte da população, de presentes para os filhos, de presentes para si mesmo,  fica sensivelmente mais difícil para o entusiasta de hardware e jogos evitar as compras e upgrades. Mas este auto controle seria bem recompensado, vejamos porque em alguns argumentos em favor de esperar, lembrando (embora seja óbvio e o disclaimer desnecessário, mas tendo em vista os leitores típicos da Web, os demais me desculpem...) que se trata de um artigo opinativo, tire suas próprias conclusões e etc.

1) Cuidado com a armadilha do preço e a ideia nem sempre bem aplicada de custo/benefício. Vi esta semana em um canal do Youtube americano grande (aliás, um bom canal, que eu acompanho) em que fez esta ressalva do preço para um processador FX: "a não ser que seja uma oferta muito boa", e até chutou uma diferença de preço a partir da qual seria vantagem pegar um FX. Mas pense que um processador comprado  agora normalmente ficará com você por anos, então é inconveniente comprar algo e depois querer trocar em pouco tempo por estar insatisfeito. Imagine que em menos de um ano já esteja comparando o seu quintal com o dos vizinhos e achando que o deles está muito mais verde. Ou pior, que daqui a dois meses saiam os Zens e Kabylakes a preços relativamente vantajosos em comparação com o que você pagou. Este argumento só pode ser ignorado, como aliás todos os outros, se a pessoa tiver total consciência do que está fazendo, ou tenha facilidade para a troca ou revenda depois.

2) O abismo tecnológico entre a linha FX e a tecnologia atual é grande, e tende a ficar ainda maior. O publico consumidor nem sempre tem uma percepção clara disso, porque se fixa no custo/benefício e equaliza os correspondentes AMD-Intel pelo preço,  considerando uma escala única de performance e preço. Então é como se a AMD não tivesse um topo de linha, mas ela tem o topo da sua própria linha: vamos separar aqui a tecnologia do FX e comparar esta linha inteira com a da concorrente.  Em termos de números de performance, benchmarks e etc, já temos noção da diferença entre as linhas FX e a Intel Kabylake como um todo, e sabemos que não da pra comparar os topos das duas linhas, um FX9590 e um Core i7 6700K, isso sem considerar a linha X99 da Intel. O fato do topo da linha FX ser comparável  a um Core i5 (em boa parte dos cenário de uso, ainda), mesmo tendo 8 núcleos, já indica uma defasagem, e aqui não estou falando em preço, apenas performance. Esta diferença é consequência de uma arquitetura interna mais ineficiente, IPC (instruções por ciclo) mais baixo, consequentemente menos performance por core, sem falar da polêmica entre cores x módulos da linha FX). Com a entrada do Zen, o FX vai ficar obsoleto com relação a esta linha também, ao passo que  Kabylake vai aumentar um pouco a distância.

Mas nem tudo se traduz diretamente em performance neste quesito, todo um caminho de upgrades e acesso a tecnologias novas se torna impossível ao investir em AM3+. Falta DDR4, o socket AM3+ será abandonado, conexões para SSD na motherboard, etc. Investir em FX significa um kit com DDR3, o processador com todas as limitações e uma placa mãe  que além de não ter as tecnologias citadas, não vai mais permitir upgrade de processador. Ou seja, todo o conjunto processador-memória-motherboard se torna obsoleto, e teria que ser descartado ou revendido.

3) Os custos ocultos de investir em tecnologia antiga. São diversos, um que sempre se comenta, o consumo de energia. O topo da linha FX, o 9590, tem um TDP de 220W. E cada processador da linha FX consome relativamente mais do que um correspondente em performance da Intel, mesmo de gerações anteriores. Vale mais a pena neste aspecto um Intel de quarta geração. O consumo energético do sistema é acumulativo, quanto mais o PC fica ligado, mais esta diferença se torna relevante. Não conheço ninguém que faça esta conta, mas o consumo adicional está lá, e depois de um ano seria sensível. O outro custo oculto é consequência do item anterior.  No descarte prematuro de um item obsoleto se perde dinheiro, e na revenda quase sempre também. Existem outros pequenos pontos, o cooler inbox da AMD para a linha FX é muito barulhento, foi o que me levou a investir no Corsair H40 (um watercooler barato com performance equivalente a um bom air cooler, embira mais silencioso), o que foi um custo adicional. Já os coolers inbox da Intel são básicos mas não tão barulhentos, e dá pra usar até em configurações intermediárias.  O cooler Wraith da AMD supostamente veio pra resolver isso, mas não vem em todos os processadores.

"Até quando esperar..." (*)

Bom, e qual o tempo que se poderia sensatamente esperar? Não tenho um tempo certo, mas inicialmente eu diria uns 2-3 meses a partir de hoje. O mais correto seria um mês depois do lançamento do Ryzen e o Kabylake, o que ocorrer por último, para dar um tempo do mercado se estabilizar e de ver alguns comparativos entre os novos processadores e com os antigos.

Antes de mais nada, a motivação para este artigo foi que eu próprio tenho um FX-8350, comprado há uns 4 anos atrás, e que está me gerando perda de performance. Então como entusiasta-consumista-de-tecnologia gostaria muito de estar comprando um novo processador agora. Mas devido a tudo dito antes, é quase certo que iria me arrepender daqui a uns 3 meses. A escolha mais segura para meu padrão de uso e os demais componentes que já tenho seria o Core i7 6700K, só que o Kabylake está vindo  e não custa nada ver as comparações, muito embora o que já tenha sido vazado/divulgado mostre que não será grande diferença de performance com relação ao Skylake. Só que a entrada do Ryzen pode mexer com os preço Intel também. Ou não, mas só terei certeza depois do fato consumado. Além disso, é melhor começar já com uma tecnologia mais nova.

Com relação ao FX, não vejo muita justificativa para comprar um deles hoje para montagem de um PC de performance  intermediária, ou mesmo de entrada, e com perspectiva de uso por mais de um ano, tirando possíveis exceções circunstanciais ou pessoas conscientes de tudo isso e que já tem um plano particular para lidar com todas as desvantagens. Mas cuidado que estes planos muitas vezes são meras racionalizações, sem base concreta,

(*) Para quem ficou em dúvida, sim, é citação fora de contexto da Plebe Rude ... :-)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Windows 10 rodando sob ARM e emulando x86

Já tivemos o Windows RT em tablets com chip ARM rodando Windows, mas agora segundo fontes (no final do artigo) um chip ARM Snapdragon, da Qualcomm, executando Windows, completo de desktop, uma vez que poderá emular diretamente a arquitetura x86 por hardware [update 9-12-2016: novas informações levam a crer que a emulação não será por hardware do processador]. Isso pode trazer várias possibilidades para a Microsoft, aumentar a participação em novos mercados para o Windows e até possibilitar que um Windows Phone use o Continuum de forma completa, rodando todos os programas x86, o mítico Surface Phone x86.

Esta poderia ser a salvação para o segmento mobile da Microsoft, mas não deve ser só isso. Analisando e extrapolando o cenário em que este lançamento se concretize, seria uma grande mexida no mercado como um todo, incluindo notebooks e desktops corporativos. Parte do hardware que não precisa de tanta performance pode debandar dos processadores Intel e AMD. Por doutro lado, a diferença entre uma máquina de alta performance e de uso geral pode se aprofundar, e workstations e PCs gamers virarem um nicho cada vez mais restrito. 

Por outro lado os preços de hardware podem ter uma nova onde de redução, pois atualmente uma parte consideravel do custo está concentrado no processador. Os chips ARM tem um mercado com muitos mais fornecedores, e o valor da unidade, tomando por base os modelos atuais, é bem menor. Além disso veríamos dispositivos de mesa e notebook consumindo muito menos energia, e notebooks Windows com tempo de bateria muito maior. É um tópico que vale a pena acompanhar.

Fonte:
http://www.hardware.com.br/noticias/2016-12/processadores-arm-agora-podem-rodar-windows-10-em-sua-versao-para-desktop-inclusive-emulacao-de-programas-x86.html

terça-feira, 18 de outubro de 2016

[Dica] Resolvendo problemas do update no Windows 7 com WSUS Offline Update

Este artigo é para registrar uma dica de como resolver certo tipo de problema no Windows Update do Windows 7. Sintoma: estava há algumas semanas intrigado com um erro no Windows Update de uma instalação com Windows 7 Home Premium. O sistema informava que haviam 4 atualizações, eu solicitava instalar mas elas não eram baixadas, não importa quanto tempo deixasse rodando. Pesquisei na Web, no site da Microsoft, em fóruns, e depois de umas 6 a 8 horas gastas nisso (não direto claro, quem me dera ter este tempo todo) ainda nada.

Desconfiei da instalação do Windows, que tinha pouco mais de um ano de idade mas sofreu com a muitas  instalações e desinstalações,  estar corrompida ou invalidada alguma forma, e veio a tentação de reinstalar o sistema. Atualmente eu evito isso ao máximo por considerar uma solução desesperada, preguiçosa, muitas vezes desnecessária, e que também é acima de tudo, custosa em tempo. Mas depois de gastar tanto tempo pesquisando sem resultado, o investimento na atual linha de ação também estava ficando caro. Decisão difícil.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Placas de video - um retrospecto pessoal de 30 anos e perspectivas futuras

Um retrospecto pessoal por 30 anos de upgrades em placas de vídeo para PCs, a evolução tecnológica, os erros, acertos, alegrias e decepções,  seguido por uma especulação sobre o futuro deste componente.

Meu primeiro PC, que montei em 1987, tinha uma placa CGA , e o objetivo dessa placa naquela montagem era apenas mostrar alguma saída na tela, pois não havia vídeo integrado em placas mãe como opção. A verdade é que essa placa CGA era um grande retrocesso em relação à qualidade de vídeo do computador de 8 bits que eu tinha antes, um MSX. Mas o meu objetivo com o PC não era jogos e nem haviam outros usos de entretenimento viáveis para um PC, como assistir vídeo por exemplo. Não haviam drives de DVD, nem de CD, nem mp3, nem interface de usuário gráfica como o Windows. A interface com o sistema operacional era um prompt na linha de comando. E mesmo os jogos de PC eram na maioria curiosidades toscas quando comparados com outras plataformas, como o MSX já citado (que eu tive que vender para comprar o PC) e mesmo consoles de 8 bits. Com o PC eu queria basicamente poder programar e ter acesso a uma tecnologia de futuro, e consegui. Então qualquer adaptador de vídeo servia.
(foto 1: uma placa CGA, esta feita pela ATI. A minha era parecida, mas sem marca e "importabandada" de algum país asiático)

A CGA era a placa mais padrão, o mínimo, embora já existissem padrões de adaptadores de video melhores (o EGA, o sucessor da CGA, e o Hercules, que era monocromático mas tinha mais resolução que o CGA, e depois o VGA), todos com mais resolução, ou mais cores, ou ambos. Eu já era um entusiasta de tecnologia, então mesmo não sendo um jogador hardcore a cobiça por mais qualidade de vídeo existiu para mim desde sempre. Quem tiver a curiosidade de ler o link da Wikipedia verá como o CGA era super limitado, sequer justificava comprar um monitor colorido. Então durante um bom tempo praticamente desisti de jogar no PC (e qualquer outra plataforma), fora algumas exceções. Sendo um jogador casual eu jogo quando dá e quando é conveniente, mas no pouco tempo em que estou jogando quero ter uma boa experiência, ou simplesmente prefiro ir fazer outra coisa. A partir daí começa uma jornada sem fim, até agora, em busca da melhorias de vídeo. O grau de exigência subindo a cada geração, aparentemente sem limites, e é impressionante comparar a CGA inicial com a minha atual GTX 1080, e visualizar toda a escalada de upgrades entre estes dois pontos. Este é um relato pessoal, resumido e comentado dos meus próprios upgrades em placas de vídeo ao longo de 29 anos, e no final, uma especulação do que se pode esperar em termos de evolução futura nesse setor.

sábado, 24 de setembro de 2016

Comentários da semana - 24/09/2016

Paranoia ou apenas bom senso? Há uns meses rolou uma foto do Mark Zuckerberg com seu notebook, no qual a câmera estava coberta de fita adesiva. Agora o diretor do FBI, recomenda fazer o mesmo. Faz uns anos, em 2011, quando comprei meu primeiro notebook com câmera, que eu fiz exatamente isso, coloquei um pedaço de fita isolante. Se a câmera estava ali, e o driver dela instalado, o que impediria um hacker de acessar? Depois tirei a fita, me achando um paranoico, que era exagero. Depois coloquei de novo... venceu a paranóia. Tecnicamente sim, se a segurança da máquina for comprometida a câmera pode ser acessada pelo invasor. A probabilidade disso no entanto é minima para uma pessoa comum, por causa da obscuridade. Minha opinião, paranoia com segurança se justifica, desde que o exagero não esteja prejudicando sua vida.

O anúncio a arquitetura Vega da AMD, Vega 10, 20 e 11. Em resumo, a Vega 10 vem para competir com linha de alto desempenho da nVidia, a 20 seria algo em nível ainda maior, e segundo rumores já pode trazer litografia de 7 nm, enquanto que a Vega 11, ao contrário, seria um patamar inferior à Vega 10, para substituir a Polaris 10. A numeração me pareceu pouco intuitiva, com 11 sendo pior que 10, mas de qualquer modo esta é uma nomenclatura interna da AMD, e não dos produtos para o consumidor final (os nomes das placas). E tudo isso só ano que vem...
Fonte: Techpowerup

A guerra de declarações na imprensa no mercado de consoles. Logo depois dos detalhes do novo PS4 em 4K, no qual se adimite que em grande parte será por upscaling e não renderizado nativamente nesta resolução, a Microsoft afirma que o novo xBox, ao contrário, vai.

E a Blizzard abandonando a marca e o domínio Battle.Net depois de 20 anos. Como pode ser lido aqui no site oficial. Tecnicamente não muda nada, parece ser só marketing, e os serviços e estratégia da empresa continuam os mesmos. Ou não? Pode até ser só isso mesmo, um acerto de imagem. Battle.Net reforçava o serviço online e na época tinha um ar de novidade.  Por outro lado, as outras empresas tem em geral um nome diferente para o serviço de jogos, a Valve tem o Steam, a EA tem o Origin, CD Projekt Red o GOG.  Então pode também ser mais alguma coisa, como a consolidação das franquias da Blizzard em um serviço maior, talvez incluindo a Activision. E o aplicativo Battle.Net para Windows, será que muda de nome também? Os domínios dos sites já mudaram, o nome do aplicativo ainda não.

A tendência de eliminação do conector P2 em celulares continua forte. Depois da Apple, da Lenovo-Motorola (em alguns modelos, como o Moto Z), agora surge o rumor que a HTC também está tirando o conector padrão de fones do seu próximo modelo. Ele se baseia em fotos do dispositivo divulgadas, e a verdade é que não se pode ver todas as laterais, então pode ser alarme falso. Ainda assim, com a Apple fazendo, contagem regressiva para a Samsung querer também... 
Fonte: Adrenaline

E teve o lançamento do Allo, mais uma tentativa da Google de concorrer no mercado de comunicadores instantâneos, ou melhor, de concorrer com o Whatsapp. A última delas foi o Hangouts, que unificou com o App de SMS do Android e que tem a vantagem de ser independente de linha de telefone. O Hangouts não tem a mesma penetração do Whatsapp, e este sim virou o substituto do SMS. Já instalei o Allo e estou testando, o produto é bem acabado e foi feita integração com a base de informações da Google, procurando criar um produto mais inteligente. No entanto tenho dois comentários sobre o Allo. Primeiro, que não vejo as pessoas usando múltiplos comunicadores, apenas um vai ter a hegemonia, e no momento é o Whatsapp. Então a missão é desbancá-lo, o que não vai ser fácil porque tem a inércia de uma base de usuários consolidada. Segundo que o objetivo de um produto desses é mandar mensagens, fotos, etc, para pessoas e grupos, o que o Whatsapp já faz e bem. Não sei até que ponto a integração com a IA do Google vai ser relevante ali, uma vez que já existe um assistente para isso, o Now. Então o sucesso do Allo fica na dependência dos  gestores do  Whatsapp cometerem um grande erro e ele cair em desgraça e ser abandonado em massa. Atualmente temos a polêmicas negativas rondando o Whatsapp, como a liberação de informações para o Facebook e o possível uso de anúncios, mas até agora não há indícios de uma debandada de usuários.
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sábado, 17 de setembro de 2016

Imagens vazadas do futuro socket AM4

O site WCCFTECH divulgou imagens vazadas do futuro socket AM4, da AMD. Serão 1331 pinos, em configuração µOPGA (pin grid array), com o tradicional soquete ZIF (zero insertion force), que eu particularmente prefiro ao LGA (land grid array) da Intel. Foi confirmado também que terá as mesmas dimensões do AM3+, logo a densidade de pinos será maior.

(foto 1, clique para aumentar)

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

[Review] Teclado Multilaser Warrior TC196


Vendido pela Multilaser como "Teclado Gamer Semi Mecânico", o Warrior TC196 é um teclado comum de membrana de alta qualidade que se adapta muito bem a atividades de diversão e trabalho. Com layout ABNT2 e perfil de teclas alto e desenho sóbrio, com a iluminação apagada ele é muito discreto passa facilmente por um teclado comum de escritório.  Ao mesmo tempo reúne alguns itens importantes para jogos, como bloqueio da tecla Windows, anti-ghosting e outras. Abaixo um review resumo das características principais do TC196.

(foto 1, clique para aumentar)

sábado, 27 de agosto de 2016

[Review] Gabinete Thermaltake V3 Black Edition


O gabinete Thermaltake V3 Black Edition já está há um bom tempo no mercado, mas ainda pode ser encontrado a venda, mesmo novo em lojas, além do mercado de usados. Será que ele ainda vale a pena? O preço dele geralmente é baixo, e a resposta vai depender de o uso se adequar a algumas de suas características. Tenho uma unidade dele aqui já faz alguns anos, já estava na realidade encostada. Acontece que, depois de uma nova compra, resolvi reavaliar os gabinetes em estoque, quais manter, quais me desfazer, e acabei montando um PC com o V3, aproveitando para analisá-lo. Um review depois de bastante uso não é o tipo de mais usual na Web, geralmente se pega um produto novo para analisar. Mas por isso mesmo pode ser interessante, tive tempo de ver na prática os problemas e as qualidades. Este V3 passou por muita coisa, muitas placas mãe. Confira.

(foto de divulgação da Thermaltake)

A premissa de projeto do V3 Black parece ter sido fazer o menor gabinete possível que ainda pudesse ser usada como uma máquina gamer. Essa conclusão se baseia na observação de algumas economias de volume externo que foram feitas, mas ao mesmo tempo deixando espaço interno para uma placa de vídeo grande, e boas possibilidades de refrigeração. Na época ele era um dos modelos mais baratos da Thermaltake, mas apesar disso traz um acabamento interno razoável, todo pintado de preto por dentro. A impressão inicial é boa, mas as decisões de economia de espaço geraram consequências as vezes bem frustrantes. Ainda assim, com um pouco de paciência e fazendo as devidas concessões, pode ser uma base viável para um PC intermediário.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Surgem relatos que a AMD violou o padrão PCI-Express no projeto da RX 480

Estão aparecendo relatos, alguns bem tecnicamente embasados, de que a AMD violou em muito uma especificação de potência a ser fornecida pelo barramento PCI-Express. O limite seria de 75W mas está sendo ultrapassado, segundo alguns testes, em mais de 50%. Apenas para deixar claro aos menos familiarizados com hardware, esta potência limite exclui a que pode ser ou não fornecida a uma placa de vídeo por meio de outros conectores externos ligados à fonte, aqueles já conhecidos de 6 ou 8 pinos que ficam na lateral da placa. Ou seja, uma placa pode consumir muito mais, só não deve puxar mais que o limite especificado direto do barramento.

Os problemas decorrentes disso podem ser desde instabilidade do sistema até dano no slot PCI-E ou mesmo na placa mãe toda. O risco é maior em placas mais baratas e com menos proteções. Placas top e que já preveem overclock em geral aceitam mais abusos. ainda assim, existe risco. Que também vai aumentar caso o usuário tente usar duas RX 480 em Crossfire (justamente um dos meus pontos de interesse nessa placa citados no post anterior, pois sozinha ela é apenas uma intermediária que pode até vir perder da 1060 quando lançarem). Na realidade já existem também relatos de danos a placas mãe, vou deixar alguns links no final. Isso já considero mais difícil de comprovar, ainda mais agora que a notícia acaba de surgir. Seria preciso fazer alguns testes ou acompanhar mais tempo para ver a consistência desses incidentes. No momento passo também um vídeo abaixo, do canal TecLabs, no qual foram feitos os testes de laboratório indicando o excesso de carga, e só isso já comprova que o risco é real.

Deve ser notado também que as placas testadas estão usando o projeto de referência da AMD, o que ao que parece estão. Além disso obviamente não poderiam estar em overclock, o que também iria alterar os resultados. Fico imaginando também se alguém testou essas novas GTX 9xx que estão sendo anunciadas sem alimentação da fonte, e neste caso bem fora do projeto referência original.

Segue o vídeo do canal TecLabs (todos os créditos aos autores):




Apesar dos testes do vídeo acima e os demais nas fontes abaixo indicarem o excesso de carga no barramento PCI-e, ainda aguardo alguma explicação da AMD sobre os resultados. Caso tudo isso se confirme, e não haja um explicação muito boa da empresa, vai ser uma péssima propaganda para a AMD, logo no lançamento da nova linha de placas, ainda mais porque vai contra a promessa de baixo consumo e tecnologia aperfeiçoada.

Como foi comentado em alguns artigos, isso não inviabilizaria para sempre a RX 480, pois uma solução simples seria que os projetos das fabricantes parceiras (Asus, Gigabyte, etc.) incluísse mais um conector de 6/8 pinos, ou um de 8 e não de 6. Só que neste caso, novamente, isso iria contra a imagem vendida de baixo consumo. Além disso, mostraria um projeto de referência com uma falha muito grande.


Fontes:
https://www.reddit.com/r/Amd/comments/4qfwd4/rx480_fails_pcie_specification/

http://videocardz.com/61667/what-reviewers-say-about-radeon-rx-480-exceeding-pci-express-power-specifications

http://adrenaline.uol.com.br/2016/07/01/44403/testes-mostram-a-rx-480-consumindo-mais-energia-que-o-especificado-via-slot-pcie/

http://www.lazygamer.net/technology/amds-150w-rx480-uses-150w-snubbing-pci-e-specifications/

terça-feira, 14 de junho de 2016

[Atualizado|Opinião] Como fica o mercado de placas de vídeo depois da última rodada de lançamentos da AMD e nVidia

Esta semana a AMD anunciou, na E3, o lançamento de mais dois modelos de placas, a RX 460 e RX 470, que ao lado da RX 480, já lançada na Computex pouco antes, completa a linha inicial da empresa para esta nova geração (a Polaris), usando a nova tecnologia de 14 nm FINFET. Outros modelos da AMD são previstos apenas para o ano que vem, e já usando outra tecnologia. Embora até possa acontecer algum novo lançamento de modelo contrariando esta expectativa, pode-se considerar que neste momento as cartas da AMD estão na mesa. Ainda na Computex a nVidia havia lançado as GTX 1080 e 1070, usando a arquitetura Pascal, e até agora parou por aqui. Eu imagino que eles continuarão com as x60 e etc, como de costume, mas vamos imaginar que esta é a atual rodada também para a nVidia. Como fica então o mercado para as placas de mais alto desempenho?

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Microsoft compra a LinkedIn

A Micro$oft continua abrindo a carteira e indo às compras. Desta vez foi a LinkedIn, rede social focada na área profissional, que custou 26,2 bilhões de dólares. Comparando, a Nokia custou 7,2 bilhões.  Pela primeira vez a MS investe pesadamente em redes sociais (porque Live.com ficou muito longe disso). Talvez o mais próximo de uma rede social que a MS tenha atualmente seja a comunidade do Xbox, só que esta por sua vez completamente voltada a jogos. Com o LinkedIn a Microsoft se volta para o mercado corporativo, coincidentemente o que já foi mencionado também com relação ao Windows Mobile. Espero que a Microsoft faça bom uso do LinkedIn, mantenha-o forte dentro da sua área de atuação, e gere sinergia com outros bons produtos da empresa, como o Skype. Ao mesmo tempo eles entram de vez no mercado de colecionar informações sobre pessoas, juntamente com Google e Facebook.

Fonte: Wall Street Journal

quinta-feira, 2 de junho de 2016

As novidades da AMD na Computex 2016

Estou particularmente animado pelas novidades vindas da Computex 2016 sobre a AMD. mais do que a nVidia, que já lançou a sua nova placa de vídeo antes (a GTX 1080), e da Intel, que está sempre renovando sua linha. Justamente porque a AMD já estava há muito tempo sem alguma inovação real, e sua linha de placas gráficas e principalmente processadores perdendo competitividade. Agora estão trazendo finalmente melhorias no processo de fabricação, que para a arquitetura Polaris terá 14 nm FINFET (menor que o da nVidia de 16 nm), e 28 nm nos processadores.

O modelo da nova placa da AMD, lançada no evento, a RX 480, tem desempenho inferior à GTX 1080, mas nos testes superou esta última em configuração crossfire (duas placas). Note que provavelmente esta não será nem a única e talvez não a placa mais poderosa da linha AMD. De qualquer modo, foi ressaltado que o preço de duas RX 480 para usar em crossfire (US$ 199 cada, estimado) é menor do que o de uma GTX 1080. Ou seja, é sim uma opção a se considerar seriamente, mesmo para mim que nunca tive ou simpatizei com múltiplas placas de vídeo em um PC.



Na linha de processadores temos o lançamento do novo socket AM4, que vai unificar as linhas de APUs e de processadores de alto desempenho FX. Para meu alívio, parece que fisicamente este soquete vai usar a configuração µOPGA (pin grid array), no qual os pinos ficam no processador. Como já comentei em outros posts aqui no blog, tenho uma preferência pessoal por este tipo de projeto (uma justificativa no post sobre o Skylake dobrando). O µOPGA tem uma densidade de pinos maior do que a OPGA anterior, e com isso permitindo mais pinos (1333 contra 940 anterior) mantendo o mesmo tamanho. 

A maior vantagem deste novo soquete no entanto, é que por ser único para todas as linhas de processadores facilitará os upgrades entre os mais baratos e a linha FX, usando a mesma placa mãe. Pela descrição da nova linha de processadores, todos da linha FX e de APUs terão vídeo integrado.

Fontes:
http://www.techpowerup.com/221270/more-amd-socket-am4-technical-details-emerge

http://www.hardware.com.br/noticias/2016-06/computex-2016-amd-apresenta-geracao-de-apus-seriess.html


sábado, 9 de abril de 2016

Franquia de Internet fixa: análise comercial e técnica. Perspectivas futuras

As operadoras de Internet estão ameaçando de fazer valer as franquias de consumo de dados nos planos de Internet fixa, e introduzir as franquias na renovação dos contratos antigos que não continham esta cláusula. Muitas pessoas já fizeram as contas e entraram em desespero, concluindo que os planos divulgados, mesmo os maiores, não vão ser suficientes Que provavelmente gastarão muito mais ou ficarão sem Internet. E de fato, se levar em consideração o uso cada vez maior de streaming, download de jogos e etc, uma pessoa típica usuária desses serviços ira estourar facilmente 130 GB de dados por mês do plano top. Neste momento entraria um consumo reduzido ou corte, ou pagamento de pacote adicional. Realmente, dito assim, é um retrocesso: vamos ter que voltar a assinar TV a cabo? Deixar de ver Youtube? De fato, esta perspectiva é desanimadora sim, e se tomarmos a base de preços de hoje, fica muito mais caro ter Internet. Aí entram oportunistas de plantão levantando bandeiras políticas, conclamando seguidores em redes sociais para a causa da "Internet livre", que me parece muito similar às manifestações por tarifas de transportes públicos mais baratos (ou gratuitos). Uma "causa" que só leva em conta o efeito final, que é o preço do ticket a pagar, e não todo o resto que está envolvido (inflação, custos, negociação, competição de mercado, regulação do estado, qualidade do serviço,etc.). De um lado empresas querem lucrar cada vez mais, e de outro consumidores querem mais qualidade por um preço menor, e no meio o governo deve zelar para que o relacionamento entre os dois seja justo, sem abusos de um deles, e que entrem em vigor as leis naturais de mercado. E se for assim, do ponto de vista do consumidor, me parece que não há tanto motivo para desespero. Temos, como consumidores, um bom cacife nesta negociação, mais poderoso que discursos indignados em redes sociais. Atenção, nada está garantido, mas as perspectivas são muito melhores do que os alarmistas e sensacionalistas fazem parecer. Vamos analisar porque.

quinta-feira, 17 de março de 2016

[Dica] Manipulando o resultado de SP_WHO2 no SQL Server 2000

A procedure sp_who2 (e a similar, sp_who) é muito útil na identificação de locks no banco, consumo de recursos e conexões de usuários. No entanto seu resultado é engessado, e não permite filtros e ordenações. A dica abaixo é muito simples, mas as vezes no dia a dia não paramos para pensar nestas soluções. Recentemente tomei conhecimento desta por meio de um colega de trabalho.

A dica se baseia na criação de uma tabela temporária com as mesmas colunas do resultado de sp_who2, e em seguida insert do resultado desta procedure nesta tabela. Isso obviamente tem que ser repetido a cada vez que se quiser os resultados atuais.

drop table #sp_who2 -- opcional caso a tabela temporária já exista

CREATE TABLE #sp_who2 (SPID INT,Status VARCHAR(255),
      Login  VARCHAR(255),HostName  VARCHAR(255),
      BlkBy  VARCHAR(255),DBName  VARCHAR(255),
      Command VARCHAR(255),CPUTime INT,
      DiskIO INT,LastBatch VARCHAR(255),
      ProgramName VARCHAR(255),SPIDX INT) 

INSERT INTO #sp_who2 EXEC sp_who2

 A tabela temporária (#sp_who2) resultante pode ser consultada e manipulada como se queira, ordenada, filtrada, etc. Por exemplo, obtendo apenas as conexões de determinado host:

SELECT  *
FROM    #sp_who2
where hostname = 'PC-01234'  

Ou ordenar pelo DiskIO:

SELECT  *
FROM    #sp_who2
order by diskio



terça-feira, 15 de março de 2016

Microsoft se une à Eclipse Foundation

Os movimentos da Microsoft continuam a indicar maior integração com as plataformas e tecnologias de outros fornecedores. Depois da compra da Xamarin, noticiado no post passado, que permite o desenvolvimento para Android e IOS, a Microsoft adere oficialmente ao Eclipse, em uma direção totalmente oposta, ao dar suporte à uma IDE concorrente.

Segundo o artigo do Techcrunch, a ideia da Microsoft é fortalecer seu papel no ecossistema open source e facilitar acesso veia Java e outras linguagens aos serviços da Microsoft, como Azure. Fora isso, acredito que a ideia geral desta estratégia seja diversificar oportunidades de negócio e reduzir o risco da concentração na plataforma Windows.

Para os desenvolvedores vejo isso como uma boa notícia, pois provavelmente a Microsoft disponibilizará plugins para Eclipse possibilitando acesso aos seus serviços, principalmente relativo ao uso de Java com Azure. E se poderia especular sobre o suporte ao C# dentro do Eclipse em algum momento no futuro.

Fonte: Techcrunch

segunda-feira, 7 de março de 2016

Microsoft compra a Xamarin: que conexões podemos fazer?

Muitas noticias interessantes vindas da Microsoft, e juntando as peças parece que algo maior está acontecendo. No post anterior falei da situação do Windows Phone, e na aparente aceitação da MS sobre isso. Agora recebo um email da Xamarin informando que, entre outras coisas, eles estão se unindo à Microsoft. Leia-se, Microsoft comprando mais uma empresa. Veja o post oficial no site da Xamarin, e também o do site da MS. E qual a conexão? Bem, o que a Xamarin fornece são ferramentas para desenvolvimento em iOS e Android usando .Net, com C# ou outra linguagem suportada .Net, como VB. Existe uma IDE própria da Xamarin e plugins para o Visual Studio. Inclusive por isso recebi o email, eu criei uma conta para uso do Xamarin no Visual Studio 2015. E diga-se de passagem, mesmo com as limitações da versão free, é uma ferramenta bem interessante, fácil de usar para quem já conhece C# e VS. Então, quem ainda não entendeu? Com o Windows Mobile cada vez mais inexpressivo, faz-se necessário ter uma opção de desenvolvimento para iOS e Android. A compra da Xamarin na minha opinião indica que a Microsoft está levando o Android (e o iOS) ainda mais a sério. 

O que eu espero agora é a Microsoft+Xamarin focando mais no Visual Studio, e talvez... quem sabe, revendo a política de licenciamento para desenvolvedores. Talvez o caminho para trazer os desenvolvedores de volta para a Microsoft não seja o sistema mobile e sim o Visual Studio. Que não cometam o erro passado de onerar os desenvolvedores. O que a Google faz, liberando as ferramentas gratuitamente, é facilitar a formação de exércitos de desenvolvedores Android que por sua vez, de certa forma, trabalham de graça para ela. Não que eles trabalhem de graça necessariamente, eles podem vender os apps na loja ou monetizar com anúncios. Mas qualquer desenvolvimento dentro do ecossistema Android é o fortalecimento dele, adicionando ainda a venda de anúncios nos apps, comissões na loja, e etc. É a verdadeira fonte de receita. Pouco adiantaria vender o Android Studio. Não acho tão difícil de entender. 

A outra notícia é a liberação de jogos exclusivos do XBOX para a loja do PC do Windows 10, e a unificação das plataformas. Os jogos também ficam disponíveis na loja do Windows para PC. Com a derrocada no setor mobile e poucas perspectivas futuras para o mercado de consoles (em geral, nem falo de competição), as fichas estão cada vez mais concentradas no Windows 10 e sua loja. Uma loja forte poderia no futuro fazer frente às da Apple e Google. Títulos de jogos de prestigio na loja podem atrair consumidores e depois mais desenvolvedores, que por sua vez poderiam, com alguns cuidados, produzir apps que também funcionem em dispositivos mobile, e talvez até fazer ressurgir o Windows Mobile. Para isso é preciso antes de mais nada, não perder desenvolvedores para as plataformas concorrentes, mantê-los no Visual Studio. Então a compra da Xamarin pode ser interpretada como uma jogada defensiva bem lógica.   

sábado, 27 de fevereiro de 2016

[Atualizado] Windows Mobile: morto ou em coma?

Este blog tem feito cobertura do Windows Phone (agora Mobile, de novo), mais ou menos desde a versão 8.0, e ao que parece esta plataforma chegou agora a um momento crítico ou, pela opinião de muitos, um momento final. Então considero pertinente a análise desta situação e das opiniões que estão circulando na mídia especializada.

Este início de 2016 trouxe números ainda mais desanimadores sobre as vendas e a participação de mercado do Windows Phone, e a opinião geral dos analistas é que a plataforma não tem mais chance de recuperação, que está morta. Morta, mas não oficialmente, porque afinal ainda está em catálogo, está à venda, embora poucos estejam comprando, está sendo atualizada. Então outros estão chamando de walking dead, ou zumbis, morta mas não tanto. Eu prefiro usar um conceito mais científico e médico de coma, pois ainda há alguns sinais vitais, embora para todos os efeitos não tenha vida  plena. Em meio a tantos posts dramáticos e desanimados, um artigo particularmente interessante e bem humorado é este do site Tech Crunch, que faz referencia a um conhecido quadro Monty Phyton, cujo script completo pode ser encontrado na Web. A ideia central é de um consumidor reclamando que comprou um papagaio morto, e o vendedor argumentando que não é bem assim. Mas morto é morto... Em determinado momento momento o cliente enfaticamente repete diversos termos significando morto, e termina que é um 'ex-parrot', daí o' ex-platform' do título do artigo.  Eu ainda vejo o paciente em coma, embora com quase nenhuma chance de sair dele, e com indicações de que a própria família (a Microsoft e os principais apoiadores) também já não acreditam nisso. Mas será que vão autorizar desligarem as máquinas?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Razer Core, um conceito que compete frontalmente com desktops para jogos

Notebooks geralmente não são as melhores máquinas para jogos. Existem notebooks com placas gráficas melhores, mas em geral são muito mais caros, mas o pior, sem chegar a competir com os desktops com uma ou mais placas de vídeo high-end dedicadas. Além de outras varias desvantagens destes "notebooks gamers", a primeira é não poder fazer upgrade do vídeo integrado no futuro, mas também se pode citar o aquecimento maior e a baixa duração da bateria. Processadores gráficos consomem muita energia e geram muito calor, não há como fugir disso. E gabinetes de notebook são cada vez mais compactos, finos, e portanto com pouco espaço para dissipação de calor e para acomodar baterias maiores. Não existe muita margem para compatibilizar os dois requisitos. Agora imagine que a placa de video "pulou pra fora" do notebook. Com seu próprio gabinete e fonte. Esse é o conceito do Razer Core.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Morre Ian Murdock, fundador do Debian

O ano de 2016 começou com uma péssima notícia para a comunidade de software livre. Morreu aos 42 anos, em 28 de dezembro de 2015 Ian Murdock, fundador do Debian, que emprestava o "ian" no nome da distribuição (sendo que o "Deb" vinha da antiga namorada e depois esposa). Ao que tudo indica trata-se de suicídio, logo depois de dois incidentes com a policia de San Francisco. Durante os incidentes Ian chegou a publicar uma série de twittes relatando abusos da polícia, embora erráticos e não muito esclarecedores, que podem ser vistos aqui (a conta do twitter foi desabilitada). Depois do primeiro episódio foi solto, sendo preso novamente algumas horas depois, e novamente solto sob fiança. Foi encontrado morto no dia seguinte. No momento não existem relatos detalhados do que realmente ocorreu, e o caso parece ainda estar sendo tratado sob sigilo.

O Debian foi por muito tempo uma das minhas distribuições favoritas, por se ater de perto à filosofia do software livre e ao mesmo tempo manter um bom novel de suporte. Nos últimos anos venho utilizando Ubuntu, que é uma distribuição derivada do Debian. E fui um feliz usuário do Nokia N900 (as vezes ainda o uso alguns dias, por nostalgia), que usava o sistema operacional Maemo 5, também derivado de Debian. Foram muitas distribuições baseadas nele, e a influência deste projeto se perpetuará nelas e em outros projetos de código aberto. Neste post no seu blog, Ian descreve como chegou ao Linux. Além do Debian, Ian trabalhou na Sun e na Linux Foundation, entre outras organizações.